O relacionamento humano à humano ou humano para com os
demais membros dos outros reinos sempre é feita com base em conceitos, rótulos, parâmetros que muitas
vezes,presunçosamente,estabelecemos esquecendo que cada um,em si mesmo, é único
e nada ou ninguém pode comparar-se ou ser objeto de comparação,sem fugir da
verdade primeva. As comparações às vezes são tão esdrúxulas que beira o
ridículo, para não dizer a insanidade; A força, o poder,o domínio, entre si
mesmos, nos outros “reinos “se estabelece por si só ,sem bajulação,sem
sofismas:As grandes árvores abafam as pequenas sem questionamentos, reverências
ou perseguições.Mas cá em baixo, do alto dessas copas, as outras espécies se
diferenciam em milhares de outras atitudes,que não seja o de arranhar o céu, em um Zigurati arbóreo
Quem nomeou Quem ou Qual para ser rei e superior, aos demais?Ou,
ainda, por que questionar tal fato ou submeter-se a tal imposição?
Quais membros dos outros ”reinos” prestam tal reverência ou
exigem submissão um dos outros?Se essa existe e existe ,ocorre por conta de um
equilíbrio e subsistência,necessários.
E quanto à perfeição? Somos perfeitos ou imperfeitos?O
Criador teria feito uma criatura imperfeita?Que critério se usa para definir ou
avaliar?
Acreditamos que todos nós somos perfeitos.Obra de um Criador
que forjou criaturas perfeitas para
tal estágio evolutivo ou,pelo
menos,parte de processo contínuo de uma evolução diferenciada,mas adaptável a
tal estágio em que vive.
A tal validação ou aceitação tácita dessa diferenciação de
entes iguais, mas
aceitos como “superior
” implica em uma submissão voluntária,por desconhecer a si mesmo(Nosce te ipsum),
Nenhuma
criatura dos outros “reinos” são submissas,elas são perfeitas para o propósito
e estágio evolutivo que vivem ,são diferenciadas e perfeitas e se aceitam como
tal,cada uma dentro do seu próprio espaço.A grama forma um, tapete que pode
recobrir e impedir a germinação das sementes que lhe esconde o sol.Mas a sombra
formada pela “Majestade Frondosa”não a persegue ou propositadamente lhe tira a
luz.Existe um grau de tolerância
numérica nesse convivência.Fecunda-se sempre
menos
sementes da frondosa sequóia do
que das gramíneas. Tal parâmetro ocorre para os outros reinos estabelecidos por
uma processo de adaptação ao longo da vida no planeta.
O grande problema não está na elite em si mesma.Essa sempre
irá existir em qualquer “reino”, pois elite é aquele que se diferencia mais do que os outros indivíduos do seu
próprio “reino”,com os humanos não é
diferente; os sábios são muitos mais silentes do que aqueles que vociferam e pregam o ódio e a carnificina .O
grande e crucial problema está na maneira como isto afeta os demais e como esses
vêem tais diferenças, onde não se incluem.Alguns desses, nem notam as diferenças
mas, são motivados por aqueles que notam tal discrepância , e os estimulam no lado mais sombrio e não por admiração ou
por querer ajudá-los mas apenas para mostrar as suas chagas e infinita pequenez,São
aqueles que brigam para que mantenham a porta aberta,mas após cruzá-la é o
primeiro a mantê-la fechada ;esse agem
muito mais um espírito de revolta por perceber
que não está inserido naquele contexto,
que pensa ser merecedor, e procura fomentar ,criar diásporas entre os
mais humildes.Esses não procuram alavancar a si mesmo para mudar de degrau e
sim serrar a escada daqueles que vêem como mais altos,procura nivelar os demais por si mesmo.
Há quem diga que os degraus da ascensão existem não
necessariamente para mostrar que um está mais alto do que o outro em cada
degrau, e sim, se trata de uma preparação que nos amadurece para o degrau seguinte e assim
mesmo,embora possa parecer que estacionamos,nunca demoramos mais do que o
necessário para mudar de degrau.
Mas,muitos desses intrigantes, procuram em oposto ao esforço e determinação de ascensão minar o
modelo estabelecido,não por vontade dos
diferenciados e sim por milhares de anos de evolução, e esses do lado sombrio e
paralelo que nos seguem, assim o fazem por despeito,por não poder chegar ali. Não
reverencia aos que estudaram,se esforçaram e evoluíram.Assim o fazem pelo fato
de não ter procedido assim e não ter conseguido tal ascensão e mesmo assim, não
está satisfeito com a condição que vive e se não pode subir ,quer puxar os
outros para baixo,para o seu próprio degrau.E,por outro lado não se aceita,
como sem as condições fornecidas pela própria matriz primordial , para tanto. E
sente-se inferior e são ruidosos como uma caixa vazia,pois a proporção que a
caixa se torna plena ,menos barulho ela emite.
Ora ,mesmos entre esses é preciso que se dêem conta que
mesmo que se sinta pequeno e inferior é um vencedor, pois quantos milhões de
células primárias foram descartadas e só uma única fecunda?Muitas vezes, não são
esses os verdadeiros fomentadores da disputa.Aqules que se pode chamar de “despertos”são
muitos mais ardilosos e escondem suas reais pretensões, em usar a esses como
aríetes das sua vis pretensões, em investidas que parecem querer glorificar os
deserdados,mas de fato estão interessados
no espólio da viúva e não defendê-la;mas faz pensar a esses menos favorecidos, que se
ofuscam com brilho da purpurina ou da
pirita, e que se vêem abandonados e passam a perseguir as miragens como reais,a
atacar os moinhos ,onde vêem dragões e
não os responsáveis pelas mós que moem o trigo que os alimenta .E por trás da
queda de cada moinho,explode a alegria do algoz. E as bestas usadas nessas
manobras,não se sentem marionetes eternamente usadas.Quem sabe acordem quando
não tiverem mais trigo para o seu próprio pão.
JATeixeira