terça-feira, 10 de setembro de 2013

Sentimento Tupiniquim





Vimos em uma das matérias do Diário Catarinense do dia 24 de julho, essa faceta ou sentimento de eterno colonizado; esse complexo de inferioridade bem estampado,bem visível na matéria que compara o morro da Cambirela ao Mont Blanc
 


E por que tal comparação? Ora,ela se deve mais o sentimento de perda, complexo de cão abandonado, do que propriamente ao  fenômeno raro da nevasca ,que nos aconteceu em  23 de julho de 2013.Tal  estado reflete aquele  tipo de “guapeca”  sem dono que abana a cola pra cada um que vê,na esperança de ganhar um naco de qualquer coisa que lhe amenize a fome ou quem sabe um mero olhar complacente e às vezes  até um mero afago,como quem afaga um cão  sarnento, já o deixa feliz.É como diz Jaime Caetano Braun:”a mais cruel das pobrezas  é a fome de afeto”.Esse sentimento é muito mais antigo e jamais ficaremos completamente livres deles,é como aquela tal de “Síndrome de Estocolmo” que atinge as vítimas de sequestros, entre outros expedientes estranhos que recaem nos que privados da liberdade e   acometidos de ameaças e abusos pelos sequestradores,ao invés de odiá-los passam a reverenciá-los com simpatia e dependência.

A essência e base das nações colonizadas foram forjadas pelos excluídos,marginalizados na pátria mãe: maltrapilhos,esfomeaodos,ladrões,assassinos,toda sorte de degredados e expulso para essas colônias penais.Depois que eles conseguiram se impor sobre os nativos e conquistar  essas terras ;essas nações que tem mais de madrastas,nos perdoem a comparação as boas madrastas,do que de mães,mandaram seus exército,seus governadores ,seus pregadores (padres e pastores) seus cobradores de impostos para continuar sugando os sobreviventes: esses que foram entregues a própria sorte.E não revidamos,não nos revoltamos:nos submetemos ao jugo que sempre estivemos sujeitos.Isso sim é holocausto,pois eram seus próprios filhos,sua própria gente.E hoje, tão distante desse horrendo começo que nos deram origem,a memória foi apagada e sobrevive mais uma vez essa sentimento de filho pródigo querendo ser afagado por esses achados comparativos,como se quisesse dizer:”aqui tem neve igual a casa da minha mãe!”

Pois,  tais fatos de se expressar assim, não diz respeito unicamente a neve:quando se diz que parece a Europa.E por que Europa e não o Chile ou a Argentina ou ainda Estados Unidos, Canadá,etc???.Afinal a neve não ocorre unicamente na Europa.Reforça  o nosso  ponto de vista de que se trata de um eterno ciclo de dependência  e esquecimento,daqueles que beija a mão e reverencia ,com humildade,àqueles que parecem ser os seus superiores e esquecem como diz o poeta que :”A mão que afaga é a mesma que apedreja, a toda boca que não prova engana!”

JATeixeira


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