quinta-feira, 10 de abril de 2014

Non multa,sed multum





Embora o ditado diga que :“a Roupa não faz o monge”,ao vermos alguém vestido de monge, presumimos que elo o seja,de fato e de direito e não apenas de hábito.Mas de qualquer forma,  nós acreditamos que o esmero com que nos vestimos, seja a roupagem ,propriamente dita, que reveste o nosso corpo de forma material,a vestimenta de um ponto de vista mais profundo,não é unicamente tão simples,pois se atentarmos para o fato que por traz dela, tem uma cadeia de construção envolvida, desde o plantio da semente que gerou o linho que gerou a fibra,que produziu o fio ,que foi tecido que foi tocado , pensado,modelado e cortado por mãos hábeis que o converteram em roupas por modelos planejados que nos vestiram e nos adequaram aos mais diversos ambientes:pomposos ou humildes,fabris,ou ociosos ,quentes ou gelados.em todos estão inserido parte da energia de cada um envolvido no processo.

Essa é a parte exotérica : vestimentas , comportamentos,gestos  e movimento nessa sinfonia universal .É imprescindível as atitudes que nos condicionam e imprimem ações  que foram pensados e que nos  prepara para a escalada que devemos enfrentar, que nos guiam no desenvolver da nossa caminhada...que nos disciplinam exotéricamente, e esotericamente nos lapidam.
É preciso,no entanto,não nos atermos unicamente  a esses ícones e símbolos  exotéricos ,eles representa apenas um dos portais que devemos atravessar nas nossas buscas,e é necessário transpor muitos outros  obstáculos que as retinas não vêem,essa é  a parte esotérica que devemos dar maior atenção;De que adianta  está vestido de monge e  genuflexo,onde os lábios murmuram apenas ruídos,pois o coração não saber rezar?? ?

Não são as pedras de uma fortaleza que a tornam inexpugnável,senão a determinação, coragem e intrepidez dos seus guerreiros. Assim também, não são as pedras das Igrejas  que dão plenitude e sustentação  a essas,senão as orações dos seus crentes mais fiéis.
O nosso templo interior   não é diferente ,não importa se as nossas fortalezas ou os nossos templos são construídos com os materiais sólidos e duráveis ou  que estejamos nós impávidos e vestidos a rigor ,como os que perfilados aguardam a revista.Nada adianta ,se ali não se encontra o Logos na essência  dos seus fieis escudeiros. Sem essas emanações mais sublimes tudo irá ruir. Exotéricamente, as fundações irão desmoronar , e esotericamente eles irão implodir. pois não atingiram seus propósitos:a semente rompeu a terra, mas o broto feneceu. Pois o que torna um templo eterno, não são as pedras que dão forma e sustentação a esse, senão  a essência dos nossos propósitos,a harmonia da egrégora que se forma em cada encontro,em cada oração proferida.Essa sustentação está no prana universal  da nossa aura, que deixamos  impregnado nas suas paredes com a fidelidade e pureza da nossa fé.
“...Preparemos-nos  para ENTRAR no Templo de Dentro...”

O templo de dentro não é o espaço físico que se encontra  separado pelas  paredes do atrium, e sim o nosso templo interior,onde reside a quinta essência.É preciso que nos deixemos envolver por essa energia que emite uma freqüência una e que equaliza todas as essências dispersas, fazendo com que essas vibrem em um acorde único, na sintonia da freqüência universal.E mesmo que entre nós, encontre-se  alguma vela apagada ou com a luz enfraquecida, as luzes das outras ,mesmo a de fervor mais plangente, a inflamarão,e juntas terão mais força, vigor  e a se converterão em único vórtice de luz que chegará até o princípio de todas as coisas,pois se encontram assim consoante  com ele.


Portanto não são as pedras que fortalecem os templos,senão a essência de seus construtores,que a perenizam dia após dia, impregnando as suas paredes de Luz


O templo interior também precisa de sustentação,que são dadas pelas pedras que encontramos ao longo do caminho ,na nossa caminhada.As usamos para fazer os degraus da nossa escalada ,mas não antes de desbastar as suas asperezas,não antes de as polirmos para que se encaixem uma a uma para que  se  assentem e se ajustem perfeitamente e dêem a sustentabilidade necessária à nossa ascensão.

JATeixeira











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