Nós, não vemos romantismo na fome,nela só vemos os famélicos de olhos negros, fundos e tristes , de alguém cuja morte está anunciada e não tem para onde fugir...Seja de natureza animal ou quem sabe podemos extrapolar para um vegetal,pois nós acreditamos que a vida é uma só: uma das muitas expressões da face do mesmo Criador ,diluída em milhares de formas.E a perda e a dor que causa, seja de uma planta que é desfolhada e os seus galhos se quebram um a um ,onde os parasitas invadem sugando-lhe a última seiva ou quando os frutos das árvores,outrora exuberantes, apodrecem e perdem as suas funções e as suas sementes não cumprirão o papel que lhes estavam reservado.As suas folhas,os seus galhos se retorcem,como se anunciassem sua dor e quebram com o peso dos parasitas e oportunistas...Ou quem sabe dos animais que veem as suas crias exalando um último suspiro...vêem a si mesmos tombados numa representação cênica do próprio fracasso,sentem o peso do infortúnio ou ainda talvez, das construções humanas,onde pessoas cheias de expectativas e aspirações ergueram essas paredes e fizeram planos e esses foram arruinadas e tombaram,junto com as lágrimas e a fé dos que as ergueram.
terça-feira, 3 de junho de 2014
Ruínas Frigor
Amigo Pinote !
Gutten Morgen!
Sim ,infelizmente as imagens funestas e deprimentes retratam
o que restou, do que foi outrora,não muito distante presumo, as residências dos
filhos(?)diretores(?) Não saberíamos dizer.Aber,Es dass ! so ist
das Leben
Es traurig,sehr traurig! Aber...
Mas,fazer o que ?
Só nos resta lamentar.
Como vos dizíamos pessoalmente:- Os fundamentos e alicerces
sejam das construções ou de um parto de uma jovem mãe, de um pomar que
frutifica ou ainda de um jardim florido,todos
eles, indistintamente, prenunciam um porvir, traz a esperança e a glória
radiante da espera;
enquanto os abortos,a podridão dos frutos ,as flores
despetaladas ,a morte e a carnificina representam a antítese da vida,o choro,às
vezes inconfessável, dos indefesos , dos derrotados.As ruínas,quaisquer que
sejam, nos expõem as chagas da derrocada,a dor surda da desesperança,as
lágrimas frias da perda da fé.
Definitivamente,não gostamos das ruínas pela dor do
desespero que ela traz,por todo horror que elas representam,pela vitória do
mal sobre o bem,das trevas sobre a luz,pela síntese do mal que envolve tudo
isso e nos faz curvar e gemer por nos sentirmos parte do todo que se foi,sofrer
a mutilação sem conseguir emitir um grito,ver a areia do tempo escorrer ,sem
que possamos fazer nada.Todo esse sentimento é abafado pelo mal maior que
sufoca,e esse é um grito inaudível,apenas um ruído solitário que fica preso na
garganta ,enquanto em pequenos espasmos os corpos dos q ue padecem agonizam, se contorce;onde os músculos emitem suas últimas contraturas
que deixa um amargo na boca, um sabor acre da derrota.Os olhos já sem brilho e
a testa enrugada dessa tetania neuro espástica ao assistir sem resistir,de
forma tácita e consciente a todos os “sonhos” reduzidos a cinzas,das quais não
sairão nenhuma fênix.
Conhecemos muitos
que acham as ruínas românticas:são
caricaturas de pessoas perversas e cruéis ,que não sobrevivem dali, apenas apreciam por
devaneios e são seduzidos por essas imagens da claudicação de dor e desespero e
riem dos que gemem, se exultam com desgraça e prantos alheios.
Nós, não vemos romantismo na fome,nela só vemos os famélicos de olhos negros, fundos e tristes , de alguém cuja morte está anunciada e não tem para onde fugir...Seja de natureza animal ou quem sabe podemos extrapolar para um vegetal,pois nós acreditamos que a vida é uma só: uma das muitas expressões da face do mesmo Criador ,diluída em milhares de formas.E a perda e a dor que causa, seja de uma planta que é desfolhada e os seus galhos se quebram um a um ,onde os parasitas invadem sugando-lhe a última seiva ou quando os frutos das árvores,outrora exuberantes, apodrecem e perdem as suas funções e as suas sementes não cumprirão o papel que lhes estavam reservado.As suas folhas,os seus galhos se retorcem,como se anunciassem sua dor e quebram com o peso dos parasitas e oportunistas...Ou quem sabe dos animais que veem as suas crias exalando um último suspiro...vêem a si mesmos tombados numa representação cênica do próprio fracasso,sentem o peso do infortúnio ou ainda talvez, das construções humanas,onde pessoas cheias de expectativas e aspirações ergueram essas paredes e fizeram planos e esses foram arruinadas e tombaram,junto com as lágrimas e a fé dos que as ergueram.
Há quem diga que do caos nasce uma nova ordem,mas ninguém em
sã consciência quer ser aquele que dá o primeiro passo nessa direção,pois tal
gesto, representa um atentado contra si mesmo,uma inversão contra a lei
primária de sobrevivência.É muito fácil
teorizar e criar regras para os outro praticarem,gostaríamos vê-los aplicando a
si mesmos tais postulados.Nunca esquecemos o filósofo niilista Hegesias que apregoava que a vida
não tinha sentido e dizia que o suicídio
era necessário.Quando alguém o questionou a aplicar a si mesmo a sua própria
‘insanidade’ ele dizia que não podia ,pois quem iria pregar a sua doutrina?Morreu
de morte natural aos 80 anos.
Por tudo isto, quando vemos o nascimento, o florescer da mais
simples e esquecida flor do campo ou um pequeno grão que brotou em uma greta
qualquer, a beira do caminho, ou aquela
pequena ave que abre o bico para receber o alimento regurgitado da sua
mãe,tudo representa um alento do Criador em sua criatura;respiramos
do mesmo ar e das mesmas convicções que
nos resta acreditar no propósito de todas as coisas:- “sentamos calmo e
serenamente à beira de um regato ouvindo
a canção da água e deixando que a água
lave e leve as preocupações para o mar”do esquecimento. ." "Setz dich an einen Bach und sei einfach da.
Das Lied des Wassers wird deine Sorgen aufnehmen und sie hinab zum Meer tragen
JATeixeira
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