Post Scriptum:
terça-feira, 25 de novembro de 2014
Uma história de Amor
Os pais aprendem com os filhos,que aprendem para ensinar aos
filhos.
Ela diz:-“com ela, aprendi a andar...”
Muitas vezes, são as estradas que alteram as nossas
trajetórias ou o que pensamos serem elas,que ditam os nossos caminhos , que
determinam o nosso fado e não o contrário.É como se elas já estivessem
pré-definidas e a nós coubesse
unicamente nos conduzir, da melhor maneira, entre o nosso alpha e
nosso ômega .E como dizem:-“cada palavra vã ,cada gesto equivocado,cada conduta
ultrajante,será computada e usada contra nós mesmos.Somos livres para
procedermos nesses passos e escolhas. E dependendo de como nos conduzimos,
teremos um trafegar tranquilo ou atribulado ,em um fim esperado ou repetitivo. Muitos
acham que conduzem,quando não passam de meros “burattinos’dedilhado pelos cordões invisíveis do “destino”.Existem
aqueles que contestam e acham que tudo
podem e dizem:-“posso me sentar e esperar”.Quando na verdade se resolver agir
assim,é como se estivesse na escola e resolvesse não estudar a lição e cujo
passar a frente,depende do aprendizado e da assimilação desse,enquanto não se
dedicar com empenho a tarefa,qualquer que seja, irá repeti-la num loop ad
aeternum,nem que para isso que tenha que consumir muitas vidas,passar tantas vezes
quanto for necessário nesse estágio evolutivo.
Ouvimos hoje a história de uma família de uma cidade bem próxima,cuja Ishtar ,em uma ato
sublime, nos dá mostra que não são muitas as possibilidades que indicam
como seguir a nossa trajetória e sim aquela senda única que nos coube na nossa travessia, que devemos nos submeter e suportar
nessa nossa jornada, como fado herdado, para fazer despertar o ser latente e cumprir uma lei ,que é por nós, mal compreendida,mas que está na
nossa essência ,assim como o nosso DNA.Pois assim como na Lei de transmissão
dos caracteres materiais ,está contido todo o nosso ser biológico,existe uma LEI
que determina a complexidade do nosso ser espiritual.E tudo o que fizermos ou
deixarmos de fazer nessa trajetória ,não irá alterar a rota ou a peregrinação
que devemos cumprir.Seremos premiados se desempenharmos bem o
nosso trabalho ou punidos e atrasados no
nosso desenvolvimento espiritual,se fizermos o contrário.
Se sofremos uma ação de ordem material,ela nos traz dor e desconforto e imprime
cicatrizes que debilita e pode limitar
os nossos movimentos.Da mesma forma, a dor que causamos ao nosso ser espiritual
,por atitudes débeis, são também causadores de máculas ,nódoas e cicatrizes no
nosso espírito que vai trazer limitações
aos nossos movimentos espirituais e quem sabe, dependendo da gravidade
sequelas,repetições à esse estágio evolutivo.
Mister se faz despertar o ser adormecido dentro dessa
matéria biológica e deixar que ele facilite o nosso trânsito nessa dimensão ,cujo
transporte se faz por esse ser material,arranjo de carbonos, que favorece o
nosso deslocamento nessa jornada,dando-nos uma falsa sensação de liberdade
A missão do nosso ser material,corpo,é conduzir com
segurança o ser espiritual que ele transporta do berço a tumba,não é uma
interação fácil,pois nem sempre o ser espiritual conduz as rédeas do ser biológico.E
se esse resolve se comportar de maneira
atribulada,irresponsável e pensar que ELE é o chefe,só causará dor aos
dois e irá se repetir a experiência até atingir esse propósito.
Se se estuda pouco ou se se age de maneira irresponsável na
escola ,repetiremos de ano até sabermos bem a lição.Na escola espiritual da
vida não é diferente:das nossas escolhas,dos nossos acertos depende a nosso
evolução e o nosso “passar de ano” ou de subir mais uma degrau,serão sete? Não
sabemos quantos são, mas quantos forem necessários nessa escalada, serão
conquistados muito mais com sapiência do
que com impetuosidade.Pois não é com a força do nosso grito que dirá que temos razão ou que obteremos os melhores resultados ,no nosso
aprendizado na escola,senão com dedicação e perseverança .
E o mais curioso nisso tudo é que nós iremos encontrar
muitos obstáculos para transpor, e muitas vezes até, daqueles que estão mais
próximos,dos nossos pares,é como se esses fossem as chaves das portas desse universo que precisamos transpor,pode
ser até de propósito para testar o nosso amor, a nossa fé e a resistência nessa escalada evolutiva.
Às vezes, o elemento catalisador ou a chave está contido em
outrem que devemos auxiliar ou conduzir: esse é o determinante nessa caminhada,a
nossa prova final para passar de ano na escola.Depende do nosso empenho a
obtenção dos melhores resultados.
A história que ouvimos é real e contém três
elementos:A Chave , Anti-Chave e SER-Evolutivo. A chave é o próprio elemento
que deveremos conduzir ou ajudar ,é o nosso teste,a nossa prova final é ela que
abrirá o portal ou o degrau da nossa ascensão.A anti-chave é o elemento que
cria obstáculos e tenta nos fazer desistir,nos puxa para baixo,para nos manter
eternamente como serviçal nesse plano,nesse limbo que nos aprisiona e nos causa
dor.
A chave,na história, é a criança que depende do SER que a
conduzirá ou a ajudará nas dificuldades(podendo ser a mãe ou o pai ou outrem)por
ter nascido mutilada,sem as pernas.E se não tiver um auxiliar, mãe ou pai ou outrem ,ela não irá conseguir
subsistir como ser material.Se a mãe é o
terceiro elemento que irá realizar a passagem,ela terá como contrário o pai,a anti-chave, que
fará tudo para que ela desista,mesmo sendo uma nobre missão,a ele não é
perceptível ou aceita ou até quem sabe ele esteja programado para agir assim...
A história se passa numa pequena cidade,onde um casal tem
uma filha que por ter nascido sem os membros inferiores,necessários a
locomoção,inspira cuidados e ajuda ,o
elemento CRUCIAL para que se cumpra o
seu próprio fado.
A mãe assume a nobre a tarefa de ajudar ao pequeno ser a
superar suas limitações físicas e fazer brilhar o seu talento interior
inato,que poderia ser ofuscado ou redundar em fracasso se não tivesse essa
ajuda.A Mãe em ter assumido tal atitude, desafiando as dificuldades impostas,
por muitas limitações de ordem física como distâncias,falta de pecúnia,entraves
da anti-chave(pai) que cumprindo o papel a si destinado, procurava dificultar
ao máximo a ação dessa que se doava e se sacrificava para tal tarefa.Era como
se alguém quisesse estudar para a prova e outrem apagasse a luz ou ligasse o
som em toda altura e nada disso impedisse a determinação de prosseguir...
O pai,a anti-chave,muitas vezes eles,a família, iam ao supermercado e ela,a criança, queria um
sorvete ou um iogurte e ele simplesmente perguntava:-“tu tens dinheiro? Então compre.Não tens? Então só olhe!”Tal
atitude, antes de ser mesquinharia de ordem pecuniária,reflete parte do propósito,com o escopo de revelar o
ser interior dentro de cada um de nós.São as tais pedras do caminho.Sem as
quais não poderíamos edificar nenhuma obra.São por assim dizer o “mal
necessário” para fazer brilhar o que está opaco,revelar o que está oculto,fazer acordar o SER que dorme
dentro de cada um,arrancando assim de uma letargia e sono profundo, onde
estamos mergulhados.Como na história do gênio adormecido na lâmpada,depois que
Aladim poliu a lâmpada ,o gênio se revelou,Um gênio dorme dentro de cada um e cabe a cada um
polir o seu gênio para que ele se revele.
O Ser(Mãe) ,prescinde da chave(menina) ,que irá abrir a
porta da dimensão que iremos transpor,é a pedra filosofal cujo toque irá
revelar a nossa imortalidade ,é o toque de Midas que se revela nessa transmutação alquímica que é a obra contida
nessa pirâmide, é enfim a união dos
pólos opostos num triângulo em cujo vértice encontra a conjugação final , resultando num triângulo evolutivo de
escaleno ,no seu início,a isóscele na dualidade que permeia as nossas decisões
, para Equilátero no estágio final de maturidade ascensional,a própria perfeição.
A anti-chave(pai) rejeita qualquer tentativa de se adequar
para ajudar ou facilitar a vida do Ser(Mãe) .O ser, pelo contrário, se propõe a
qualquer sacrifício para tanto.A chave(filha) é conduzida até o momento cujo o
seu propósito será abrir a porta para
transposição do Ser-Evolutivo que desde o início da jornada já galgou alguns
degraus nessa ascensão .
A mãe,o ser,saiu do interior desse pequeno município,separou-se,contra
vontade, do pai que não queria vir apesar
de todos os argumentos e tentativas e veio para sua sede do município,procurou
emprego,colocou a filha para estudar e aproveitou e também concluiu os seus
estudos.Levava a menina em cadeira de rodas para escola,para o lazer e ia as
vezes ao supermercado, onde fazia as compras e dentro das suas possibilidades, não se
furtava de fazer um pequeno mimo e gentileza para filha ,ao dizer: -“Podes
pegar um chocolate , um iogurte ou outra coisa se quiseres!” e as duas davam
risadas com aquele cadeira de rodas servindo de carrinho de supermercado, com
tantas sacolas.A mãe ,uma pequena criatura em estatura,mas revela-se em um
grande ser interior,que antes de submeter-se e se acomodar, lutou com determinação
de muitos braços,como os deuses do panteão indiano , para atingir seus
objetivos.As vezes ela ia visitar o pai ,mas ele não se dispunha a abandonar as
suas terras e ir morar na cidade juntos,preferia ficar ali,onde sempre esteve.
O pai, ficou lá no interior cuidando dos seus afazeres
materiais, presos as circunstâncias que
até para ele é desconhecida,pois o seu ser espiritual está imerso em um sono
letárgico,ele apenas cumpre um papel de ator coadjuvante, cujo desempenho é ser
o anti-herói,é isso o que lhe cabe:desempenhar um papel que lhe foi reservado
na história.Certo ou errado é parte do enredo,é parte do fado de cada um.
A menina concluiu os
seus estudos e o futuro lhe reserva,quem sabe ,algo de grandioso.A mãe
merecidamente revelou-se nessa evolução
.Se ela mesmo pudesse fazer uma análise do antes e do depois,certamente poderia
ver que a sua aura aumentou .Ela concluiu
como mérito o seu segundo grau escolar mas,certamente não é aí que reside a sua grandeza:ela obteve o prêmio
justo e perfeito que todos aspiram,que todos buscam mas bem pouco atingem.Ela
revelou-se SAPIENTE ,como Tamis , na
suas escolhas e determinações, e como Ares ela usou a FORÇA necessária para lutar e atingir seus objetivos e tendo como resultado final a
BELEZA da sua ação que jamais será
ofuscada .
JATeixeira
Post Scriptum:
Cenário: Apiúna-SC-
Personagens:vivos
Nomes:Anônimos
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