domingo, 28 de fevereiro de 2016

Do Amor




"O homem não é infeliz porque tem paixões,mas porque elas o devoram"

No hay amor que no aflija al par que desespera
No hay amor que no se halle mezclado a su dolor
No hay amor que no espante No hay amor que no hiera
No hay amor que no viva de lágrimas y espera
Y el amor de la patria lo mismo que tu amor
      No hay ningún amor feliz

      Pero este es nuestro amor




Para Johanna Nehls


Pelo contrário Sr. Poeta,o Amor e todo e qualquer ato de verdadeiro amor é radiante,feliz e contamina a todos que se deixam tocar por ele e o eleva a um estado de sublimação incompreensível à aqueles que não foram tocados por tal sentimento,pois como pode falar da luz os que vivem das sombras e do sobejo das trevas?Pois o verdadeiro amor parte desse pressuposto: se necesário,abdicar até de sua própria felicidade para proporcionar a felicidade a outrem  e em consequência disso é feliz, pois o sacrifício e abnegação lhe permite esse altruísmo.Vê  a outrem feliz, lhe traz também a felicidade,pois essa é um estado de espiritualidade tão profundo que é intraduzível ou mensurável pelo as medidas da matéria que se usa para avaliá-lo.O que se mescla a dor e as lágrimas não é o amor e sim a paixão circunscrita pela posse,  que não se permite jamais perder...Ao amor pode até se mesclar lágrimas, mas essas estão radiantes  de  beleza que  usa dessa força para atingir a plenitude da sapiência.O Amor em si mesmo,e é tão magnânimo,tão imensurável que   não infelicita ,se assim o fizesse não seria o Amor e sim uma vulgar caricatura distorcida e cinzenta, corrompida e vulgar da realidade transitória  da matéria .O Amor não se perde, mas se completa ,se funde e  se enleva e eleva pois é o maior ato  de candura e sublimação humana,onde se revela o deus interior presente nessa criatura,criada de ato símile.


'Si tu viens, par exemple, à quatre heures de l'après-midi, dès trois heures je commencerai d'être heureux.”

O amor não exige cobrança,ele é em si e de per si  um ato puro de devoção.Se existe algum tipo de exigência,não é amor são grilhões que sufocam....Até o mesmo amor à pátria é uma doação necessária e honrosa sem esperar nada em troca,embora haja...Nenhum ato de doação voluntária é vão, seja na guerra, seja nas escolhas do caminho,pois quando o amor se fundamenta nessa convicção e desapego, sempre redunda em alguma compensação profunda durável , insofismável e insubstituível,tal qual a fonte de Marcus Aurelius quanto mais escavamos, mais ela  jorrará em profusão.Se é luz,e é,  será tão plena que jamais  poderá ser eclipsada.
Mas, se esse sentimento que presumimos amor que cede a pressões, se submete e se escraviza , de fato  não é amor é um mero simulacro de inebriante e deslumbrante delírio que fazem alguns corarem, outros tremerem  e até cometerem loucura em um frêmito de uma agitação febril, mas que se dissolve às primeira provações do dia...e as juras desse amor eterno não resiste aos primeiros raios da aurora de luz,que ilumina,direciona e conduz os que verdadeiramente  amam.

JATeixeira

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