segunda-feira, 14 de março de 2016
Sêneca Atualíssimo
“Então, feliz o homem
dotado de reto juízo; feliz quem se contenta com seu estado e condição qualquer
que seja, e aprecia o que é de sua posse; feliz quem confia à razão a gerência
de toda a sua vida.”
Esse é um homem fiel e confiável!Sêneca
Stultorum infinitus est numerus...
Acreditamos que as estultices e crenças de um povo estão
igualmente presas na própria realidade em que vivem. Em todas as épocas foi
assim e acreditamos que será assim “ad infinitum”... Pois quanto mais ignorante
é um povo, menos ele pensa e quanto menos ele pensa mais facilmente será manipulado.
Se um governante contribui de alguma forma para melhorar ou estreitar essa distorção
pode, como consequência, perder esse apoio que o mantém acima dessa massa informe;
ele sairá do pedestal que o mantinha, artificialmente, acima dos outros. Se ele
não ajuda, ela pode ser corrompida,assediada e perder igualmente esse apoio que
o mantém nessa reserva e status de magnificência e veleidades de uma casta que
tem se perpetuado no poder desde os tempo imemoriais,a custa dos argumentos
que,embora as variáveis de cada época,os permitem usufruir do luxo e do poder:o
poder derivado ora dos Céus, dos oráculos,Pitonisas ,deuses e que só a esses,
ele deve explicação;ora do jogo de forças,ora da falta de escrúpulos,magia,etc,etc.O
que fazer?Se se ajuda e desmistifica,quebra a magia e perde,se não ajuda perde também. É um estranho e cruel paradoxo. Mas os
governantes não irão contribuir em nada para minorar isso. Afinal eles estão
ali por essas razões: escolhas equivocadas, trôpegas de uma plebe órfã.
Esses
órfãos são infiéis aos seus próprios dirigentes, pois os colocaram ali por conta
de uma cegueira alienável a“pecúnia do dia-à-dia” ou por serem tão estultos que não sabem
escolher,e só os mantém ali enquanto não acharem uma seara mais cativante, que
os saciem .Só são fieis, aqueles que sabem o que a fidelidade representa:
virtude onde se alicerça o seu próprio destino.Esses sabem decidir e escolher,
e sabem mensurar as razões e consequência dessas escolhas.Não são cegos,nem se
ofuscam ou sentem torpor diante do
brilho da purpurina com suas falsas promessas:Sabem que se cedem a oferta de
hoje,ele viverá sob um jugo, cujo o peso e duração poderá ser o destino das
gerações seguintes:O futuro dos seus próprios filhos.Ele sabe como,quando e
porque fez a escolha e essa não se prende a um mero jogos de palavras ou brilho
de espelho.Mas ele é um número irrisório e clama num deserto árido.Por isso,
como diz Sêneca,”O POVO,PRIVADO DE BOM SENSO,SE FAZ DEFENSOR DO SEU PRÓPRIO
MAL”.É a eterna política de “pão e circo” dos romanos.Eles,o povo,pensam que
conduzem.Não são mais do que marionetes sob os títeres do poder. Por isso,se
faz necessário que de quando em quando as árvores altas e velhas, que com sua
sombra provoca a aridez do solo, sejam derrubadas,para que entrem mais luz na
floresta e possam nascer novas espécies.Assim, na floresta humana não é
diversa.É preciso que o mesmo ocorra:Caiam esses mitos que turvam a visão e
cerceiam as escolhas.Gerando um sociedade de néscios patética e submissa.Sempre
do Caos surge uma nova ordem.E mesmo na contra-mão ,nada nos surpreende que na
decorrência dos tempos e dos povos esse realidade triste e sombria seja
alterada. Continuamos, talvez,ingenuamente a crer que o único meio de salvar o
povo, de si mesmo, é através da sua escolarização.
JATeixeira
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