segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Felix Felicis:impressões




Quando fizemos o vestibular, muitas pessoas nos cumprimentaram por havermos passado.Tivemos um professor de Física,pequeno,”miúdo”,César, da Fortaleza de Mathias Becker,que nos perguntou,assim:Pensaste em mim,ou lembraste de alguma coisa que te ensinei,nas minhas aulas?Timidamente ou sem saber o que responder, afirmamos que sim. Então ele ,somente assim, nos congratulou. Hoje tanto tempo decorrido daquele episódio, podemos concluir que: o que resta, o que sobrevive realmente desses que marcaram as nossas vidas, são esses episódios gravados, indelevelmente, em nossas memórias.Não é o tamanho que tinham ou aparência ou quem sabes uns trejeitos estranhos ou aquele sotaque típico dos “pápa-maricos”;muito dessas ocasiões,ainda não desbotaram,permanecem incólumes e intactas,embora tantos ou tantíssimos anos já tenham passado.Ele, entre muitos, permanece redivivo nas nossas memórias.E mesmo que não tenhamos lembrado dele, naquele dia fatídico de “Angst” e sobressaltos do vestibular,a sua presença permanece intocável,inalterada nesses labirintos que nos compõe.E quando esses liames de caminhos invisíveis se abrem nos corredores e vielas das nossas memórias ,inevitavelmente,outros também surgem e os fazem companhia,parecendo querer dizer:-“Nós estamos aqui também!” Foram professores,colegas,amigos e mestres.Ainda temos anexo,em um recanto qualquer tipo “PS” ou Post Scriptum” a lembrança do telescópio.A cada vez que pensamos em “Telescópio”abre-se esse anexo, onde está gravado em negrito e sublinhado a proposta que eles nos fez : trocar um telescópio por um relógio Seiko.Que infelizmente,pra nós, não se concretizou.Mas,entre muitos professores e mestres que tivemos, um dos quais temos uma grande parcela de gratidão entremeado aos risos e boas lembranças desses momentos “Zeitgeister “ é do Mestre Felix e suas aulas de português,onde semanalmente,aos sábados ou seria sexta-feira(?),que importa o dia ,nós nos apresentávamos cantando alguma coisa para melhorar a nota e mais do que a nota essas sessões nos melhoravam...e fizeram com que déssemos passos mais seguros na vida:A apresentação pública,quebrava o receio, a timidez e disciplinava a voz e postura diante dos colegas,nessas manifestações que ainda hoje reverberam nas minhas lembranças.Tínhamos um colega “Sorriso”e o seu odor inconfundível de PHEBO, invariavelmente cantava “Yesterday”.E o Miguel,fazia o acompanhamento, magistralmente,com o violão.Digo magistralmente,pois sem nenhum ensaio,ele se contorcia pra encontrar os acordes necessários à apresentação. E hoje, embora distanciado de tudo e de todos esses “Zeitgeister” que compõe as nossas lembranças. Podemos afirmar que eles permanecem e formam um lastro importante e são revividos, vez por outra: acordam e desfilam, como se ontem fôra.E à todos esses, a nossa eterna gratidão e por terem feito parte dessa nossa jornada e contribuído,de alguma forma, nessa formação e mesmo que não nos vejamos,jamais;tal qual tijolo eles fazem parte da construção, desse arranjo de carbono, água etc., que somos todos nós.
JATeixeira

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