sexta-feira, 4 de maio de 2012
Ruido&Radio Emissões
Hoje ouvíamos o jornal da Radio Jovem-Pan,como fazemos todas as manhãs, e ao meu modestíssimo modo de ver, um dos melhores jornais:imparcial,sério,atualizado,com entrevista boas e pertinentes.Tudo que se pode esperar de um bom jornal:seriedade e informação com imparcialidade e não aquelas entrevistas costumeiras apresentadas pelas redes de TV ,num sensacionalismo grotesco e vulgar:Nos lembramos de uma tal NEIDE qualquer coisa,da Globo,apresentava notícias, como quem declama uma poesia,pausada e lentamente ela dizia.:” Ah! Essa é a Sra. Fulana,ela mora naquela “casa” que foi arrastada pela enchente,ela tem três filhos,essa é a balbina,etc,etc,etc.História pra encher linguiça.Não auxiliam em nada.Nada fazem por essa que perdeu tudo a não ser a exibição das suas chagas,das suas desgraças. Notícia é notícia,poesia é poesia .O Jornal da Jovem_Pan ,não,ele se atém ao bom jornalismo.:sério e casual..,mas digo e repito aos quatro ventos(Bóreas, Austro Euro e Zéfiro)unicamente o jornal,e só.
Sempre estimulo meus amigos ouvirem o jornal da Jovem-Pan das 06: às 07:30.Mas,muitos deles me dizem :O que? Tu ouves essa emissora de Radio?Só se for o jornalismo que é diferente.Eles afirmam que o restante da programação é intragável,parece conversa de bêbado em boteco da mais baixa categoria.Entre risos e conversas desordenadas eles usam de um linguajar chulo,grosseiro,vulgar. Onde todos falam a um só tempo,não respeitam a opinião um dos outros,é um deboche só.
Certamente que devem ter ouvintes para tais programas,caso contrário não existiriam e devem ser os mesmos do BBB(lixo e luxúria).Então lhes digo: se atenham ao jornal, não extrapolem .Então tento lhes dizer da diferença entre o jornalismo ali praticado e o restante da programação,que também não escuto. Mas viva o botão OFF,Viva o Pen-Drive,com eles mudamos de Radio pra nossas músicas favoritas ,que nos acompanham, numa memória flash, sem que reclamemos ,afinal,fomos nós mesmos que as escolhemos pra companhia.
Mas, voltando ao jornal, digo também viva o botão PAUSE,com ele interrompo aquelas ridículas publicidade atuais, pra boi sonso:gravadas.Não é o fato de serem gravadas.Elas são padronizadas pelo modelo atual que operam em todas as emissoras(não sabemos se é o padrão da Rede Globo) São despersonalizados,não se sabe mais qual é a radio que estamos ouvindo,a não ser pelo prefixo que ela informa.As publicidades tem a mesmíssima encenação,tanto faz anunciarem um falecimento com um torneio de “mora”.Alguns deles,como locutores de futebol americano:Rápidos e incompreensíveis,porque o tempo urge.Ele têm pressa de despejar sua informações em poucos segundos,etc.Isso até me lembra o falecimento da mulher de Jacó.Ela morreu e ele quis fazer uma notificação para que os parentes e amigos soubessem do falecimento dela.E ele anunciou:”-Sara moreu.” Mas, Sr. Jacó,o senhor pelo mesmo preço pode anunciar até cinco palavras.Tá bem,disse ele:”-Sara morreu.Vendo Fiat 97” .
As publicidades antigas são,muitas delas inesquecíveis.Lembram da poupança Bamerindus?.”O tempo passa...O tempo voa...E a poupança Bamerindus continua num boa ?”
Certamente as publicidades obedecem a um padrão de época,mas as agências bem que poderiam fazer algo que também resistisse a ferrugem do tempo .O que achamos de mais grave nessas publicidades atuais,notadamente das emissora de rádio,são os padrões de linearidade da transmissão.Essa freqüência única ,sem flexão da palavra,pausa ou entonação.Parece uma máquina transmitindo para outras máquinas:frias,sem emoção.A natureza têm um padrão:Que é não ter nenhum padrão.É a diversificação.Temos em relação a água:regatos,poças de água,cachoeira,lagos,lagoas,orvalho,chuva,neve,granizo,geada, rio caudalosos,represas,etc,etc.e assim por diante.Em relação ao relevo do terreno,não é diferente tem as suas dezenas de variações,senão milhares.etc.etc.Tem espaço disponível pra todos.Os vendedores ,em geral,querem agradar a todos e nivela pela maioria.Há os gostem de Funk,outros gostam de polka ou música caipira.Afinal,tem gosto para tudo não fugindo dessa diversidade natural.Como uniformizar??? Por que na entonação humana seria diferente ???Nós conhecíamos a flexão de cada locutor e seus estilos de locuções eram inconfundíveis.Hoje,é cansativo,enfadonho.A rádio Guaíba era um exemplo dessa locução:pausado,sério e informava o que devia.:”Scarpin,o joalheiro da metrópole,informa:.Em Porto Alegre 19:00 horas!”como voz séria e que não nos feria os tímpanos.Atualmente a maioria das transmissões ,independente de Estado,onde o grau de contaminação é indeterminado de Norte a Sul a maioria flexiona a voz ,seja nas publicidades ou nas apresentações com aquela voz de robot:metalizada e com cordas vocais padronizadas,e o pior é que parece que essas cordas são importações da china ,via Paraguai,descartáveis .
O que se salva é aquela pequena e insignificante emissora com programação local,bem provinciana, essa identidade ainda permanece.As demais são um caldo saturado da pior espécie..A universalidade deve existir respeitando a diversidade do regionalismo.As características que nos difere , nos concede imagem própria...
Vemos e vimos nas diversas festas populares e festivais que participamos:Festas Trentinas,Oktoberfest,etc.Onde os organizadores querendo agradar aos grupos oriundos dos mais diversos lugares,passam a tocar musicas daqueles lugares,descaracterizando a festa.Se formos a festa”Trem do Forró”queremos dançar forró,queremos ouvir a música típica dali .Se estivermos nos bailes da fronteira, vamos querer dançar chamamé ...E assim por diante O turista está propenso a ouvir ,a comer a se adaptar aos costumes locais ,enquanto estiver fora de casa .Pois se fosse para ter as mesmas coisas ,nem precisaria viajar.
As emissoras de Rádio do Rio Grande ,salvo pequenas e honrosas exceções já não tem uma programação com músicas "gaudérias" como sempre tiveram,embora tenha explodido o nativismo e exportado,quase como "franquia" o CTG para os "quatro cantos do mundo" ;Mas,no que se refere a música,estão em declínio as programações com as músicas nativistas e regionalistas.O modismo universal anglófono e as duplas caipiras predominam .Quando não é um, é o outro.A única radio que escutamos que ainda oferece musica gaúcha de boa qualiade é a "liberdade FM,que podemos ouvir até via online.É lamentável tal sacrifício,tal perda de identidade! Não é evolução é matar lentamente a cultura que foi formada ao longo das gerações.
JATeixeira
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