Um dia desses estávamos conversando com Herr Kaemmereit e comentávamos acerca dos poloneses que conhecemos, e do grau de relacionamento que é estabelecido quando declinamos algumas palavras,mesmo que desajeitadamente,nesse idioma.E nós lhe dizíamos:Uma ocasião o velho Ostrowski entrou lá onde trabalhamos e trocamos,com ele, algumas poucas frases que sabemos em polonês: Dzień dobry,Sr. Ostrowski,como vai? Ao que ele me respondeu:"- Bem, e tu ?.E ele continuou a falar em polonês.Ao que o interropemos ao lhe dizer que todo o polonês que sabíamos usar, já o tínhamos feito.Era meramente quatro palavras,etc.etc.
Pois bem,nós comentávamos tal fato e falávamos dessa afabilidade do polonês.Ao que ele me contrariou,afirmando que não eram bem assim como estávamos pensando e avaliando de forma muito simplista.E ele nos dizia:”Se eles estão sós entre outros, que não são poloneses, se comportam assim com certa discrição mas , se eles estão entre eles mesmos e vem alguém de fora, seja quem for, de origem diferente da deles,eles exageram nas suas agressões e afrontas;e com um pouco de "wódka" na cabeça passam a ser mais agressivos ainda.
A partir desse comportamento podemos dizer que não são unicamente eles que se comportam dessa forma,parece que isso faz parte da essência animal.Até mesmo entre irmãos, podemos encontrar comportamentos semelhantes.Onde o grau de interesse em comum, faz dois ficarem juntos contra o terceiro.Tais disputas e rivalidades podemos ver entre ruas ,bairros,escolas, cidades,países.É próprio do ser humano,de sua essência atávica que o grau de sociabilidade arquiva ou retém,temporariamente, condicionado frente ao relacionamento urbano, sobre a óptica de conveniência e convivência mutua.Quando tais interesses comuns são superados, iniciam-se as disputas que levam conflitos,que levam aos tribunais,que levam as guerras.
Quem de nós não conhece as juras de amores eternos, entre casais apaixonados, que não resistem às primeiras agruras do frio invernal da vida e terminam,muitas vezes, nos tribunais com troca de acusações levianas,vulgares,grotescas ou as vezes até em crimes passionais com requintes de perversão???
Pois é,todos nós,indistintamente,fomos e somos vítimas de tais comportamentos, que nenhum decreto mudará.A única maneira de alterar tais atitudes,minimizar ou tornar mais tolerável, é através da educação,pois só ela possibilita ver as diferenças,entre nós, existentes e que cada um,individualmente,temos na nossa bagagem o que o outro não tem e que juntos, todos os instrumentos fazem uma orquestra, onde os ruídos dos que são percutidos, pelas nossas mãos, se somam aos sons obtidos pelo tocar do arco nas cordas, suavemente, de um violino ou uma carpintaria onde o serrote jamais poderá cumprir o papel de martelo.Todos,indubitavelmente,fazemos parte do mesmo propósito e esse torpor,que aliena, só será quebrado quando as asperezas das pedras que nos revestem forem aparadas, polidas e revelar a essência de LUZ que é uma só .Embora as velas tenham tamanho diferentes, a LUZ que emana da sua chama tem a mesma luminosidade.
Desde os gregos existe essa preocupação com a eutrapelia ,onde lhes parecia saudável,desde que praticada com virtude,isto é que não visasse ferir ou causar constrangimento,e ele diz que são muitas as maneiras de se externar o que agrada ou desagrada ,mesmo entre o riso.Tornando odiável ou agradável a manifestação e ficando indeterminado o que fere ou o que agrada a quem
ouve..Pois esse não é mais que um repouso temporário e necessário para o espírito.
A Ética de Aristóteles apresenta a eutrapelia como uma virtude , que leva o homem a ter bom humor na suas ações ,de modo a tornar o convívio descontraído e agradável. Onde mostra que a eutrapelia, está para o espírito humano como a destreza está para o corpo. É uma virtude da alma, esse prazer extraído do divertimento e denomina e reprime por vício os excessos do riso e escárnio atrevido :bomolochia(o Bullying de hoje)
Chega a compará-los "os que furtam no templo, tal qual abutres que ficam ao redor do templo para roubar as vísceras dos animais imolados". São inconvenientes e não se importam o que fazem aos outros nessa ânsia de despertar o riso ou saciar o seu próprio prazer com o infortúnio alheio.
Por outro lado os avessos a eutrapelia , aos quais ele chama de agroikia, são os de seriedade excessiva dos e que se irritam facilmente com os que usam do humor para se aliviarem das tensões a que se submete o espírito.São rígidos e rancorosos consigo mesmos e jamais se sentem dóceis ou brandos por esse prazer de distração.Eles em nada contribui para um intercâmbio social fazem muito mais mal a si mesmos,por não se permitirem a esse descanso do espírito,mesmo que dêem descanso ao corpo .São aqueles que se servem do ditado: “Muito riso,pouco siso!” Quanto mais extremo são as condições de sobrevivência,como no extremo norte mais vamos encontrar adeptos de tais comportamentos agroikios.
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2 comentários:
Hello,
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www.eutrapelia.fr
Sra Brad,
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Att
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JATeixeira
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