segunda-feira, 1 de junho de 2009
Gesticulando
“Não há palavras que possa exprimir a muda eloquência expressa nos teus gestos”
Torquato Tasso
O relacionamento entre seres humanos usando as mãos ou os gestos como meios de expressão ou complemento de comunicação talvez seja tão universal e antigo quanto o próprio homem no planeta ; não me refiro aqui aos sinais surdo-mudo, de desenvolvimento relativamente recente , mas a própria comunicação em si desde os tempos mais remotos ;quem sabe nas primeiras reuniões familiares,nas aglomerações humanas quando os primitivos habitantes sentiram ser mais seguros a vida grupal e perceberam a necessidade de estabelecer algumas normas para se comunicarem, para se fortalecerem, para sobreviverem... Começava ali os princípios mais rudimentares estabelecidos pelo homem, que ainda desconhecia termos político e social mas, já iniciaram os primeiros passos nesse sentido, sentados a beira do fogo ou mesmo antes do advento e uso deste, reunidos para relatar o dia a dia; isto feito através de sinais ,mímicas, gestos, urros ,berros ,sons guturais arrancados de suas gargantas primitivas. Tudo que permitisse estabelecer um “contrato social”: vínculo , forma de contato que possibilitasse o entendimento entre eles, uma linguagem que traduzisse suas necessidade mais prementes: alimentação, água, animais perigosos ,outros grupos humanos, fugas, medo, cavernas, abrigos, inimigos.
As primeiras mensurações, usadas ainda hoje, o palmo, a polegada ou ainda os acenos das despedidas, o riso, as bandeiras de comunicação entre navios, os sinaleiros para pouso e orientação na aviação ,os gestos dos pregões nas bolsas de valores entre tantos outros atuais, são oriundos desse embrionário sistema de comunicação; ou seja era preciso estabelecer uma forma de diálogo, linguagem que facilitasse a aproximação, estreitasse os laços de contato e o entendimento entre eles; e mesmo com a linguagem oral tendo se sofisticado, criado palavras e expressões que favoreceram o desenvolvimento e a comunicação entre os homens muitos séculos ou milênios depois; os gestos continuam atuais, nunca foram abandonados e ainda favorecem uma melhor comunicação e relacionamento entre as pessoas. Muitas vezes eles falam por si , exprime muito mais convincentemente ou com mais ênfase que as próprias palavras e na maioria das vezes não passa de um ato reflexo ou instintivo onde tornamos mais enfático nosso pensamento utilizando tais sinais ou mímicas .É a exteriorização do pensamento através de sinais gesticulados permite um contato, um relacionamento entre indivíduos que não expressam a mesma língua, tornando muito mais abrangente e universal que qualquer forma de comunicação oral ou escrita. Mantendo, dessa forma, sua eficiência em estabelecer contatos entre pessoas que não declinam o mesmo idioma oral ou escrito, provando ser portanto universais ou quase .
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