quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Um Gancho ou um Ganso? Un Gàncio o una Oca?






Nos anos 1970,quando estavam construindo a ferrovia que passa por Veranópolis, ramal estendido a partir de Bento Gonçalves, construindo o Tronco Principal Sul (Lages-Vacaria-Roca Sales),um dos operadores das máquinas ,precisava de um gancho para auxiliar na retirada de algumas peças com o guindaste e como não tinham disponível e era muito demorado e distante para vir da base de operações, resolveram indagar na vizinhança se alguém não tinha um que pudesse emprestá-lo ou vendê-lo.Ali ,em Veranópolis ,bem próximo a ferrovia, morava e ainda mora, uma família de origem italiana de sobrenome Sccalvado,ou parecido com isso, que tinham uma granja com tratores e outros implementos onde era possível ter disponível um gancho pra vender ou emprestar,quem sabe. 
Os empregados foram até eles e explicaram a situação que precisavam de um gancho e perguntaram ao Sr. Sccalvado se eles não tinham um gancho que pudesse vender. 
-É e acho que podemos vender alguns. Temos bastante,disse ele, saindo para buscar .

Ocorre que os “oriundi” trocam algumas letras quando falam o brasiliano.Por exemplo a letra J em Janete ele dizem Zanete,jovem ,dizem “zóven”.Janela eles usam dizer “zanela” não é a tradução é um erro ou dificuldade de dicção.Por exemplo,janela em italiano é fenestra. Em francês é fenêtre.Em espanhol é fenestra e português também pode usar-se o mesmo substantivo para designar uma janela,que embora seja um arcaísmo linguístico continua sendo correto e designando a mesmíssima coisa. Temos, ainda, substantivos como fenestração e adjetivos como:fenestral e fenestrado. Aqui me lembro das células fenestradas das aulas de histologia , sobre o endotélio capilar,onde havia uma camada simples dessas células,que são permeáveis a passagem de água, do sangue em direção à membrana basal . Estudamos isso já fazem algumas semanas,se for medida em tempo kariós, ou alguns lustros ,se se mensurar em tempo chronos e podemos dizer a essa altura ,por ainda tê-la na memória;com certeza absoluta, não faltamos a essa aula do prof.Amaral.

Bem, mas voltando ao assunto do gancho, o Sr Sccalvado saiu para buscá-lo,a mulher que estava na cozinha e ouviu a conversa veio para porta ,quando vem vindo o Sccalvado com seu “Gancho”que gritava e esperneava na mão, para surpresa dos operadores que esperavam um gancho e viam que ele trazia um ganso.
A mulher,interrompendo, disse-lhe: che “brutta razza de Sccalvado”,stolto e pieno de stupidezza. Cosa che tu fai?
Calma, Zenoveva ,eles me pediram um ganso e “io porto quà um ganso”,non vede ???
 Calma ?? O’ !, madoma mia,aiuta no uccidere questto “strupicio”. Non vede tu, che Lui voi un gàncio, non una OCA(ganso) stùpido ?Tu che sei propio un ganso, solo te manca le piume ,zoticone ignorante. Entre le lacrime rendevano lucidi i suoi occhi e mordeva l'interno della sua bocca per impedirsi di urlare e diceva,ancora,cosi: Cosa que una donna bisogna supportare per non spacare la testa d’ un supidone, signore Dio ¡

JATeixeira

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