"Tudo flui e nada fica como é"
O rio que desce o vale
Não é o mesmo
Em que ontem me banhei.
Seu constante movimento
Renovaram suas águas.
As correntes de outrora
Fragmentaram-me o ser.
De sorte que hoje,
Não sou o mesmo
Que era antes.
Prossigo morrendo
A cada minuto que vivo.
Transformo-me velozmente,
Como que em um instante,
Num reflexo de luz.
O processo é ativo.
A marcha é contínua.
Viver é a arte da morte.
A morte uma forma de vida.
O curso é contrário.
Princípio é final.
O fim é início.
Anacronismo girante.
Nada é estável.
Heráclito de Éfeso
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