quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Mnemosine a Chave da Memória

Mnemosine é a deusa do panteão grega para memória,daí deriva o processo mnemônico que muitos de nós utilizou ou utiliza para estudar ou relembrar nomes,lugares,coisas.É um processo associativo onde juntamos algumas palavras ou fatos comumente relacionáveis ao nosso dia à dia, para não os esquecer . Nós procuramos sempre tratar as pessoas pelos os seus nomes,tornando o relacionamento assim mais próximo,amistoso e como regra para não esquecer ,muitas vezes,nomes de difícil memorização, recorremos a Mnemosine ou seja usamos o processo associativo para tanto, relacionando o nome a fatos notórios,famosos,etc. Uma ocasião,atendíamos a uma adolescente, que a cada vez que ela vinha, tínhamos que perguntar-lhe o nome e isso nos encomodava,deixava envergonhado,pois acreditamos que é uma premissa básica num relacionamento profissional-paciente,professor aluno,mecânico-cliente,etc,etc. sabermos o nome um do outro.Um simples cumprimento de Bom Dia de forma individualizada,chamando pelo nome,revela-se em uma diferença sutil. Isto apara muitas arestas, que às vezes existem nos relacionamentos frios do anonimato.Procuramos manter um relacionamento com cumplicidade, onde ambos se beneficiam do contato.Na escola ,mantendo-se as devidas proporções de respeito e disciplina, isso aproxima o professor do aluno,gerando uma amizade que pode ser produtiva e transcende o tempo de aprendizado,perdurando para toda a vida.No relacionamento profissional-cliente,não é diferente.Preferimos aquela oficina do bairro,onde o mecânico permite que vejamos o seu trabalho e não se aborrece,mesmo quando fazemos perguntas impertinentes.Tem muitos profissionais que não saem dos seus pedestais.Parecendo que se eles tiverem um pouco mais proximidade com os seus clientes,perde,por osmose,todos os seus conhecimentos.São pavões que exibem a pontetosidade da cauda, porque os pés são disformes.Acreditamos,que exatamente no oposto,pois se diluímos ao máximo o conhecimento,ninguém pode se queixar que deixou de fazer alguma coisa ou não observou alguma regra porque não sabia.
Mas,voltando a adolescente que deu origem a este post, nome dela é Martina. Àquele dia,em uma das muitas vezes que a atendemos nos esquecemos do seu nome e então procuramos associá-lo a tenista tcheca Martina Navrátilová .Pronto,resolvemos o problema.Nunca mais esquecemos nem dela ,nem do seu nome,ou do nome do seu pai, Martin, ou da sua irmã, Marli.Temos numerosos exemplos a cerca disso,por caminhos diferente mas igualmente auxiliado por tal procedimento. Dias atrás entrou um marido de uma paciente minha para acertar uma pendência e o tratamos pelo nome:- Bom dia Sr.Stolf! Um pouco surpreso ou embaraçado, ele nos perguntou :-Você me conhece??? Claro,respondi.Já te atendemos algumas vezes,não lembras?.Não,não!Nunca nos vimos essa é a primeira vez que venho aqui e é para pagar a conta da minha mulher.Sim, nós sabemos que vieste para pagar conta dela, mas igualmente nós te conhecemos e já te atendemos, por diversas vezes:-“O seu nome é D**** Stolf, não é???” Sim,esse é o meu nome, mas nunca nos vimos antes,como você sabe até o meu primeiro nome???-Olhe,tu trabalhavas antes na Cebex,não era? –Claro.Disse-nos ele.Vamos te refrescar um pouco mais a memória.Àquela época em que trabalhaste na Cebex, engoliste uma parte da tua Prótese e nos procuraste queremos que resolvêssemos o problema,lembras? Ah! sim,sim.Agora começo a me lembrar.Isso faz muitos anos.Pois é,vês que temos boa memória.
Mas,de fato e de direito a deusa Mnemosine fez com nós associássemos o fato do acidente de deglutição da prótese, com o direito a essa lembrança armazenada e envolta nessa curiosidade. Temos diversas lembranças associadas a esse processo mnemônico. A mãe de uma paciente minha chama-se Vilse, e ela é uma “doceira-de-mão-cheia” e muitas vezes precisávamos encomendar alguma coisa e sempre esquecíamos o seu nome ,resolvemos o problema associando a uma interjeição bem conhecida :Vilse Maria !(Virgem Maria) Nas muitas vezes que ligamos pra ela, sempre usamos dizer:Vilse Maria ! Nós fomos um dia na casa dela fazer uma encomenda e imaginamos o dia em que seu pai foi registrá-la.O nome dela era para ser Ilse,nome por demais comum ,em nossa região.Mas ele havia esquecido no balcão da “bottega” entre um schnapps e outro e quando chegou no cartório, o notário lhe perguntou :- Como é o nome da menina. Bah,me esqueci.É um nome tão comum.nisso a secretária disse:- Que pai desnaturado,Virgem Maria.! Então ele respondeu.Me lembrei,é esse aí: Vilse Maria! E ficou! JATeixeira

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