sexta-feira, 24 de março de 2017
O alemão de Tapera em Santa Maria
Hoje cedo, aos primeiros raios da manhã,ainda com a neblina baixa,prenunciando
o calor escaldante do verão, ia na minha
frente um Gol com placas de Itaiópolis.A incidência dos raios em um pequeno “penduricalho” no espelho
retrovisor,acordaram velhas lembranças do tempo da casa do estudante da União Santamariense
de Estudantes(USE) ,em Santa Maria.
Por que será que quanto menos polido o homem, mais adereços
eles usam?Parecendo uma relação de causa e efeito.Vemos as vezes,automóveis do
interior,repleto de piduricalhos ,e quanto mais interiorano ele for, terá mais aves de plástico
dependuradas na suas janelas ou no vidro
traseiro.É como se estivesse estampado,bem a vista sua identidade e
transparecesse o grau de polimento da pedra.
Uma certa manhã, entre outras tantas,fomos matear na Laje
inacabada ,do projeto,também inconcluso, de casa de estudante de Santa Maria .Estávamos
como sempre eu,o Inácio de Tapera, o Zeux e o Giruá (Luiz Carlos Marasca)Passou
um caminhão Mercedes Benz conduzido por uma “brunette” de longas madeiras encaracoladas e com um
sorriso desses ´que fazem a gente deglutir,em seco.No seu caminhão tinha colado
no pára-brisa uma pequena mão rosada, presa em um eixo com mola de percurso
fixo,tipo vai-vem. E ele em sobressaltos dizia com euforia adolescente:-”ela
está abanando*.Mas,bah! Tche,vocês viram? Ela está abandando pra mim,vocês não
viram? “Ela abanou pra mim,ele insistia” E nós três caímos na gargalhada...
Ô Inácio,tu não
vês que aquilo é só um adereço?-Como “endereço”?,indagou
ele insistente,ela Sim,sim ,ela abanou pra mim,eu vi.Eu a conheço,ela faz a
entrega de frutas e ovos no Supermercado Baldisssera, aqui da esquina da
Acampamento,eu sempre a “encaro”,mas hoje,finalmente ela me abanou.
Em vão,tentamos explicar, mas ele era relutante em afirmar
que ela havia "abanado pra ele.E o alemão tem a fama de ser teimoso.Mas,o
pior teimoso é aquele que teima com um alemão.
Santa Maria-RS Nos Tempos da USE
* gauchês= acenando
quinta-feira, 23 de março de 2017
Os Quatro Beijos Romanos
“As orelhas são a rota por onde a virtude entra na alma dos
jovens”(Plutarco)
Os romanos diziam assim:oscula
officiorum sunt,Basia pudicorum affectuum,Savium voluptatis e Olla spiritus
virtutis est “
Os Romanos usava quatro maneiras
para se referir ao beijo:Osculum,Suavium,Basium e Olla
O Oscullum é o beijo do
respeito:para os rituais,para os ato religiosos,para os filhos.É o beijo do
dever.
Basium é o segundo,é o beijo da afeição,para
a esposa.
Suavium é o beijo do prazer,da
sensualidade,da paixão.
Olla é o beijo dados nas orelhas
Herodoto já falava da existência
dessa manifestação de afeto entra os persas ,onde era muito mais do que um
beijo ,era um gesto consagrado e institucionalizado.Mas ,o beijo na boca estava
reservado aos casais,enquanto beijar no rosto,oscular,indicava leve diferença
social.
Beijar
a mão com ternura àqueles que se quer saudar,é um testemunho do mais profundo
respeito: era assim que os antigos honravam aos seus deuses,aos seus mperadores
e as suas imagens ,é assim que eles queriam prestar uma homenagem terna e
particular. Jacere Oscula-Os cocheiros, no circo, saúdam o povo beijando o cabo
do látego : venerabatur inserìori flagella (venerramos aquele que açoita),
dizia Xiphilin, e a este beijo se chamava « osculum labratum »(o
beijo do oficio ou trabalho).
Beijar
a boca e os olhos eram muito comum entre os romanos, para cumprimentar ou para saudar
a qualquer dignidade, ou em qualquer evento feliz.
Os escravos beijavam a mão dos seus
mestres,os soldados do general,os imperadores beijavam os seus principais
oficiais ou as pessoas mais distintas.
No mundo,o beijo, assume
características próprias. Na Europa,entre os portugueses usa-se trocar dois
beijos na face,enquanto na França,Itália,Luxemburgo prefiram o número de três.Já os espanhóis se contentam
com um só .Nas Estados Unidos o costume é um só e sempre na face direita. Um
país onde estão mudando esses hábito na Rússia.No tempo da URSS era muito frequente
o uso entre amigos homens,mas hoje dado
as inconveniências das interpretações das ambiguidades ,a prática está sendo
posta de lado. Nos países árabes e sob orientação do islam é praticamente
proibido as práticas e atitude mais calorosa entre os casais.E nos demais
países do Oriente é pouco praticado tais
gestos,enquanto para os japoneses torna-se inconveniente, porque consideram o
ato como uma intimidade ou tentativa de aproximação de conotação sexual.
Para os
Inuit (Ártico)o beijo,ou a demonstração de carinho é chamado de kunik ,assim
como para os Maoris ,nativos da Nova
Zelândia,o costume de boas vindas é o “hongi” que é o ato esfregar um nariz contra o outro a
quem se dá as boas vindas. .
JATeixeiraterça-feira, 21 de março de 2017
Armadilhas do aprendizado linguístico
Le trappole della grammatica italiana Filomena
Fuduli Sorrentino
Caríssima Mestra
“Gli stranieri non riescono a imparare l’italiano alla
perfezione e commettono spesso errori.
As armadilhas lingüísticas estão disseminadas por todas as
línguas e é realmente um grande desafio,não tropeçar ou cair nelas.E esse
problema não está restrito a língua italiana,podemos assegurar que em português(ou em brasiliano)pois,
notadamente o lusitano é seguramente diferente da língua falado e escrita no
Brasil,não unicamente nos termos usuais do dia à dia , mas também na pronúncia
desses,nas expressões idiomáticas,etc. e naturalmente em outros países que declinam
esse idioma: Angola,Moçambique,etc todas elas tem as suas particularidades
locais,para desespero de muitos que os visitam a turismo ou negócios. Por isso,
um estrangeiro nunca domina "completamente" uma língua estrangeira
como a sua própria. E quanto aos que declinam a mesma língua, sempre vão
existir aqueles que não sentem o mesmo
atrativo e a usam simplesmente para se comunicar e se dão satisfeito por isso.
Quanto as forma:
Un’altra parte di linguisti ritiene che si debba scrivere
“ci ho”, “ci hai”, “ci ha”; non si
Para um estrangeiro,neo latino,como somos, é preferível essa
forma por ser mais compreensível e mais fácil de usá-la, em comparando as forma
apocopadas.
No comparativo a outra ,invés,soa como uma distorção
equivocada e incompreensível da preguiça inominável do coloquialismo
regionalizado.( Mi spiego: il verbo è: c’ho-c’hai-c’ha-c’abbiamo-c’avete-c’hanno) Questo
verbo ciavere, che si usa nel parlato)
Porém, em tempo de Internet ,de facebook,das facilidades(?)
dos textos da telefonia móvel e dos casuísmos de quem inventa tais neologismo,
por pura preguiça ou, outros,por ignorância do léxico e ainda nos subterfúgios
da linguagem cifrada.
“... ma
finisco ricordando che se insegniamo queste differenze linguistiche gli
studenti devono essere di livello avanzato.”
Devemos salientar que embora sem ter estado em nenhuma “scuola”para estudar a vossa língua, mas a assimilamos com a mesma
facilidade que a entendemos;acreditamos que o nível de dificuldade ocorre
,basicamente,em duas circunstâncias.A primeira está presa ao interesse no
aprendizado,e a segunda refere-se a facilidade e acesso ,nem sempre compreensível,no
interesse lingüístico de cada um.Além de sentirmos motivação e interesse,procuramos
desdobrar a palavra , desconhecida,a partir da sua semântica etimológica e essa
curiosidade nos faz prosseguir e perseguir ,não unicamente o italiano ,mas qualquer
língua que me aguce essa busca.
A – Hai preso il
passaporto, sì?
B – Sì sì, ho il passaporto qui nella borsa.
A – I biglietti?
B – Sì, sì, ho i
biglietti, sono nella tasca del cappotto.
A – Bene. Allora
andiamo. Ah, le chiavi delle macchina?
B – Cosa? Ma non le
hai tu?
A – No, le hai sempre
tu in qualche tasca!
B – Uhm, sì, ma ora
non le trovo. Ah sono qui, vicino la porta. Ah, le chiavi di casa?
A – Le ho io, non ti
preoccupare. Possiamo andare?
B – Spero di sì… Siamo
in ritardo!
Texto absolutamente claro e qualquer um estrangeiro que se exprima dessa forma ou que seja interrogado dessa maneira ,em
qualquer idioma,será compreendido e estabelecerá o que busca,pois querer ou presumir que poderá passar por um
nativo,será sempre um desafio inconcluso.
Portanto torna-se
difícil entender a abstração “PERFEIÇÃO”.O que é essa realmente é ou
busca?
Gli stranieri non riescono a imparare
l’italiano alla perfezione e commettono spesso errori.
Então essa perfeição estaria nas regras defectivas, no
neologismo que nasce todos os dias ou no coloquialismo viciado que dificulta a
interação e relacionamento?
Acreditamos que a facilidade de comunicar-se em outro idioma
é favorecido pela pureza desse, que está em permitir que o seu usuário se
exprima e seja compreendido e não em um linguajar obtuso, cujo oferece forma a
um vernáculo codificado e exótico ,falado por poucos e compreendidos por menos
ainda.
JATeixeira
http://www.lavocedinewyork.com/arts/lingua-italiana/2016/04/17/le-trappole-della-grammatica-italiana-ce-lho-oppure-ce-lo/
terça-feira, 14 de março de 2017
Entre a Direita e a Esquerda
Entre Pondé e Marcos
Nobre
Entrevista conduzida por Otávio Frias entre direita e
esquerda.Salvo em pequenos pontos que podemos discordar, tanto do direita como
da esquerda,diríamos tratar-se de um debate reformador / conservador que estaríamos
de acordo, e que deveria pautar qualquer relacionamento,pois, poderíamos dizer
que se trata de um diálogo civilizado e coerente,onde o representante da
esquerda ,não é o representante do esquerdismo bitolado e nulo que tem
caracterizado a esquedopatia mundial,antes pelo contrário, é lúcido e claro e
nas suas ponderações e que, em praticamente tudo, estamos de acordo e que
norteia qualquer um que tenha aprendido a pensar e não se submeta aos dogmas
impostos,seja esses políticos,ideológico ou religiosos de esquerda ou direita,
mas os combate onde discorda.É o tipo de diálogo que prima pelo aprimoramento
da sociedade.É aquele que se permite conversar para encontrar novos rumos, onde
vamos todos nós.,isso não é esquerda ou direita:é a trajetória humana, isso é o
bom senso que se permite conversar e evoluir.
E como diz,o mediador, no final para o Sr Nobre:-"Voce
não é esquerda".
Ousaria dizer que o Sr Marcos Nobre está acima da vanidade
comprometida e embolorada que caracteriza a esquerdopatia como um todo,ele
pensa por ele mesmo apoiado em alicerce de pensadores à esquerda,mas como ele
diz ,pensa em uma democracia de massa,típico caso onde a massa é a maioria que
o Estado costuma ignorar em suas decisões,tanto na direita com na
esquerda.Infelizmente,ele transparece crer que o Estado deve ser soberano
contra o povo,esse é de fato um tipico pensamento monolítico de esquerda,Afinal
Direita e Esquerda também são oriundos do mesmo parto,só que o primeiro concede
mais liberdade de pensamento e locomoção enquanto o segundo costuma se impor
como um todo,mas ambos protegem os seus pares e suga o terceiro elemento que os
mantém
JATeixeira
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