terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Jeep 1954 e a síndrome de Parkinson

Depois da LAmbretta veio o passeio de Jeep 1954,capot alto

O senhor Petrolla tinha um Jeep 1954,não era a nossa paixão,pois tinha o capot alto,nós temos uma verdadeira paixão pelo Jeeps de 52 pra trás,aqueles de “capozinho” baixo.Ali na praça todas as noites o Sr. Marú,mecânico, parava o dele e ia “jogar conversa fora” e nós nos encantávamos ,pois ali tudo funcionava...o ruído era de um relógio suíço:suave e preciso,o freio de mão tinha aquela sonoridade dos pequenos entalhes que tinha na palanca.Ele puxava lentamente aquela alavanca e ela deslizava suavemente.Deixava frenado,descia e ia bater papo com os amigos.Tudo funcionava. Todos os mercadores(relógios)vacuômetro,amperimetro,voltimetro,etc.A maioria dos Jeep àquela época já não funcionavam o freio de mão e muitos diziam que nem precisava de freio de mão ,era só deixar engatado na caixa de câmbio.Ele não,era estremamente zeloso e tinha muito orgulho daquele seu Jeep e com razão.Achamos que ele cuidava mais do Jeep do que da mulher.Era uma relíquia de valor inestimável.
Bem, nós tínhamos um sonho shaspereano:Roubar o Jeep de “Seu Maru”, numa noite de verão, e ir dar umas voltas...mas isso não ia acontecer jamais ,tínhamos que nos contentar com essa realidade kafkiana de sofredor, pois de qualquer forma,pra aquela época era um dos desejos adolescentes,poder dar uma volta de carro,mesmo que às escondidas.Pegamos a chave do velho e sofrido 54 do Sr Petrola e fomos dar uns “piques” na cidade vizinha,em dia de Festa de Padroeira

Mas,fomos tão infelizes no nosso passeio por inúmeras razões:o carro não tinha freios,as rodas dianteiras estavam desalinhadas e tremia feito um paciente com síndrome de parkinson, sem sua medicação.Não tinha buzinha ou luzes.Afinal faltava quase tudo...Deixamos ele estacionado em uma praça da cidade e saímos a pé e nos sentamos em uma sorveteria para ver os “galetinhos”passar... Que passeio mais sem graça...Ah! Vamos embora,aqui não ta com nada!” resolvemos voltar pra casa e na saída da cidade tinha uma blitz.Éramos menores e nenhum de nós tinha habilitação. O policial fez sinal pra parar.Quem disse que o”parkinson” parou,até que tentei.Pisei no pedal do freio e ele desceu até o final,seco.Sem ter o que fazer,pensei vou acelerar e entrar na estrada de chão.Acelerei pra escapar e o seu remédio parou de fazer efeito e ele começou a tremer quase me tirava das mãos.Não deu tempo chegar no matadouro,onde bifurcava a estrada, e a policia continuava colada atrás...Ma não podia ultrapassar pois vinha carros em sentido contrário,quando chegamos na bifurcação, entramos para estrada de chão e eles nos ultrapassaram e já pararam na frente e fizeram sinal pra parar. Bem,freio não tinha,mesmo..Desliguei o motor e o deixei fazer vezes de freio.Daí,não tinha mais o que fazer,senão parar e ensaiar o que diríamos.

A policia: Desçam do carro .Documentos do veículo e habilitação;
-Não temos o documento do carro junto e a habilitação,não estamos com ela aqui.Pois é,disse ele vocês não pararam na blitz.E agora?Sem documentos do veículo sem habilitação,sem buzina só falta vocês me dizerem que el também está sem freios.
-Não,não,dissemos nós, o freio até que é o melhor ele tem.O problema é que ele não está dando partida.Pois é,sabes como é se a gente parasse ,não tinha como fazer ele funcionar novamente.Ele está todo “detonado”.Está sem o alternador para carregar a bateria e a bateria está “torrada”Só no empurrão.Então nós pensamos que era dia de festa e que nós estávamos atrapalhando o trânsito e o trabalho de vocês e resolvemos ir por essa estrada de chão pra não incomodar, ali na orientação da festa...Esse carro é do pai dele,apontamos pro Petrolla,e estava na oficina já a mais de três meses,resolvemos levar então para outra oficina ou pra casa ,já que o mecânico estava metido n’ “Un maledetto imbróglio” então resolvemos levar embora,mostramos as mãos todas engraxadas.E o pior é que agora vocês terão que dar uma pequena ajuda pra empurrar e não vamos mais incomodar,vamos por essas estrada de chão e a casa dele é bem ali na segunda curva...

Um deles,o mais gordo e preguiçosos, queria pelos menos uns trocos...Mas tudo que tínhamos gastamos no sorvete e na gasolina.Tiveram que se contentar com a esperança de nos encontrar uma próxima vez... Há Há HÁ Será que ainda estão esperando ???

http://tubaltrentino.blogspot.com/2011/09/lambretta.html

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

O DESAFIO

Livro a quantas mãos???


Tempos atrás recebemos um e-mail com desafio estimulante.
O desafio diz:
1. Pegue o livro mais próximo que encontrar
2. Abra-o na página 111.
3. Procure a terceira frase completa.
4. Transcreva a referida frase.
5. Não vale escolher a melhor frase, nem o melhor livro (use, obrigatoriamente ,o mais próximo).
6. Finalmente, passe o desafio a 9 pessoas.

O Livro mais próximo,a nós,nesse momento e ao alcance da mão, chama-se: "WAAAL" de Paulo Francis, da Editora CIA. das LETRAS(1996) e na pagina 111 lê-se sobre o futuro, na sua terceira frase,ele diz :

- "Se a miséria gera hoje esse massacre generalizado ,o que teremos dentro de meros dezesseis anos senão também uma progressão geométrica da violência”

Isso, o Paulo Francis escreveu em 1984 ,vaticinando(sobre o ano 2000) o futuro que fato explodiu em violência e insegurança.

Na realidade,no texto completo ,ele diz:”As hordas estão nos portões dos ricos,dos bem-de-vida,dos meramente confortáveis,ou até dos que meramente comem.E o crescimento populacional,a impossibilidade de capitalismo e (neo)sovietismo de atenderem esses povos,auguram um desfecho violento,uma série de desfecho.”

Um novo elemento complicador que talvez ele não tenha pensado ou lhe tenha ocorrido ou que não era representativo naquela ocasião,nos anos 80, é ameaça do Crescente(Islã)em franca expansão nos países ricos do norte.

Bem,mas voltando ao “boot”inicial, não sabemos em que vai dar tudo isso,mas certamente será uma experiência e tanto ,quando no decorrer de algum tempo novas palavras,novas frases,novas idéias forem sendo acrescentadas e crescendo e tendo vontade própria(?)virar um livro estranho ,com alinhavo e alinhamento de tantas coisas ditas, tantas frases elaboradas e quantas palavras de sentidos diversos,um estranho composé a quantas mãos: as vezes escancarado, as vezes obtuso ou ate’ incompreensivas ou de sentido hermético. Devera’ ter um resultado kafkiano onde a barata(?) prossegue sua jornada com uma maça renovada as suas costas ...

Portanto,a minha sugestão e’ ao invés de unicamente publicarmos nos nossos Blogs , passemos aos nossos amigos, via Email, e peçamos que nos devolvam,no final de 12 meses para vermos o que resultou ,que formato terá tomado.
JATeixeira

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

De Cristo e do Cristianismo

Na vida vemos, no reverso dos queixumes, das perdas e lamentos o que sobrevive :o amor como a suprema revelação e sublimação das verdadeiras energias encerradas nesse corpo efêmero :elo divino que nos liga, um aos outros, a partir do caldo primordial,fruto da mesma árvore da vida,independente das cadeias impostas pela civilização, nas suas cores e matizes, pela moral e costumes que também se esvaem dia após dia;das ideologias carregadas dos ranços e infestadas de parasitas que sugam os que neles acreditam;das religiões com dogmas mergulhados na consciências dos aflitos que em vão choram, antes de serem imoladas, por suas tolas e finitas crenças, que findam com eles.Restando a única e verdadeira virtude e sublimação da vida:o amor,a face do verdadeiro Deus.
Tivemos um colóquio com alguém que parece ter perdido a crença,a fé e procura arrastar de forma sistemática e inexorável tudo que fez parte da sua formação para o mesmo funil,onde filtra de forma impiedosa as base da civilização ,nos moldes como a conhecemos.Ele se referia ou duvidava da existência do Christós ,quando na realidade o que deve prevalecer além do culto da personalidade que não fenece,é o culto a idéia:o cristianismo que transcende, não unicamente o espaço tempo, mas muito mais o efeito de evolução, que alterou por completo a marcha da civilização até então .Embora os gregos tivessem tido expoentes em filosofia e razões de sobra para nos deixarmos influenciar pelas suas escolas, tantos anos já passados,ou os assírios,caldeus ou chineses,etc.etc.Todos eles andavam de braços dados com a supremacia da força ou por luzes equivocadas .Marco Aurélio filosofava a noite e durante o dia era um brutal e cruel com seus inimigos.
Portanto todos,indubitavelmente ,na busca pelo poder trucidavam,matavam,expropriavam, escravizavam.ELE sem ter nenhum desses interesses ou prerrogativas importantes, buscava inspiração em algo que transcendesse a noite dos tempo,fosse um fóton de luz perene, inextinguível,onde todos podemos buscar dessa luz,quando a nossa perde o brilho ou se se apaga.Ali poderemos nos avivar sempre,é um fogo sagrado que não apagará jamais. e está além das meras expectativas de glória que fenece quando fechamos os olhos ou na manhã seguinte,sob novo Sol(dominum) numa constantinização irrevogável da fé(?) ou das buscas que não existem lá fora,senão dentro de cada um.E quais os valores que podem desafiar a ferrugem do tempo?O que pode ou pôde transcender 3 mil anos de história e não ser preterido e manter a civilização em eterna busca,embasada nesse valor?Os seus seguidores,ainda passíveis de corrupção ou seduzidos pela pecúnia e poder, se deixaram enganar e enganaram.Corromperam roubaram,mataram em nome de uma fé que nunca tiveram,continuaram a defender os mesmos valores que foram combatidos por ELE. Mas,os alicerces,nos moldes que Ele defendeu, estão e estarão mantidos para sempre,pois não corrompe e é incorruptível,não morre nem mata,não escraviza nem é escravizado.O amor ,essência da doutrina do verdadeiro cristianismo ainda será compreendida e praticada por toda a civilização, é o único bem não volátil e mal compreendido por religiosos:sejam os adoradores da Lua ,que querem converter a todos com o seu credo e arrastar a civilização de volta ao barbarismo ou os adoradores do Sol,que em sua eterna luta,nessa dualidade histórica,corrompe o que toca num frenético apego a valores transitórios da matéria, tão falíveis quantos eles mesmos nessas suas crenças .
Portanto,quando comemoramos o nascimento do Cristo,comemoramos muito mais a renovação nesse valor de civilização baseado no Amor. Comemoramos muito mais o Cristianismo em si mesmo, do que o próprio Cristo,para não resvalar no culto da personalidade.
JATeixeira

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Blumenau Stadt

Blumenau in Loco

"Projeto Blumenau In Loco", em fase de captação de recursos, visa através de um Documentário.

Uma Exposição Itinerante e um Portal Virtual, promover amplo acesso público a história dos últimos 20 anos da cidade de Blumenau.



veja aqui:
http://www.holidaycheck.nl/city-vakantiefotos_Blumenau-ch_ub-oid_23479.html?action=detail&detailPage=4#detailView

Joguetes da Infância

Carrossel(Galamarte)
Quando éramos criança,próximo de casa tínhamos o estábulo do gado, e ali bem no meio do cercado tínhamos um moirão, que era uma estaca forte e bem firme que servia para entroncar o gado: marcar ou aplicar vacinas,entre outras atividades na lida do campo. Era um tronco firme e liso de tanta corda ter passado por ali. Ele tinha a extremidade afilada como um lápis,Meu pai dizia que as estacas deviam ser assim, para evitar que retivessem água da chuva e apodrecessem . A porteira tinha grossos paus,cilíndricos com encaixes em um dos lados, que eram usados para manter o gado estabulado e tinha que ser forte o suficiente para evitar que escapassem.De um lado era suportada por aberturas também cilíndricas de diâmetro maior ,para que deslizasse bem,no lado oposto onde eram presos devia ser de encaixe pra não deslizar,ficar bem firme,pois muitos animais são manhosos e cheios de artimanhas,pra escapar.Ele forçam com as guampas até conseguirem abrir a porteira e acabam fugindo. A maioria eram zebuínos,animais pouco dóceis ou irrequietos .
Tirávamos um dos paus da porteira,o último era o mais grosso e já tinha uma concavidade preparada para se apoiar no moirão.Colocávamos,essa travessa bem centrado sobre aquela estaca,nos púnhamos um de cada lado,em equilíbrio, a girar sobre o seu próprio eixo e depois nos apoiávamos sobre ele e continuava a girar sozinho,como um carrossel até ficarmos tontos e muitas vezes cair pros lados. A única coisa que faltava para ser uma carrossel de verdade com aqueles dos filmes,era música de acordeom.Como ninguém sabia tocar e nem tinha acordeom, improvisamos com pequena harmônica de boca ,que dava no mesmo.Nos divertíamos bastante naquele carrossel rústico e simples com um mero uso de duas alavancas,como diria Arquimedes.
Nós tínhamos também um outro tipo de carrossel em que um adulto colocava os braços 90º e uma criança ficava suspensa , em cada lado em braços opostos, formava um equilíbrio com ele e então ele fazia a vez do poste e girava até ficarmos em na horizontal .Simples e ingênuo como as crianças da época.
Um dia desses ,o meu amigo Bonin e seu compadre Koepsel estiveram lá em casa.Temos três filhos.O mais velho com ajuda do pequeno colocaram uma estaca sobre uma bifurcação da “cássia fistula” do jardim e fizeram uma gangorra,e com eles se divertiram,com a construção de uma coisa tão rústica e simples de fazer.Semelhante ao nosso velho “Galamarte”da infância .
O Bonin se dizia “indignado” com os gastos que tínhamos feito para aquela construção, mostrava pro Koepsel e davam risadas...:”- Tu vês compadre,ele podendo comprar um brinquedo pros filhos,faz uma gangorra dessas... Não...Não .Não!Onde já se viu??”
Nós estávamos contentes com a engenhosidade, que eles usando da própria criatividade viram uma função para aquele velho troco,ali jogado...
Mas,voltando ao nosso carrossel,depois de tanto suar corríamos pro açude ,ali do lado,não mais do que 50 metros e fazíamos umas boas cambalhotas.Outras vezes construíamos balsas a partir de troncos de bananeira:com seis troncos e três estacas tínhamos uma balsa pronta pra cruzar o Nilo e explorar as redondezas .Mas,a maioria das vezes íamos até o meio do açude ,que era a parte mais profunda, e ali ensaiávamos os nossos saltos e mergulhos até a margem:um grupo ia para um lado,e outro para o outro,apostávamos que chegávamos mais rápido.Era trezentos metros da balsa até a margem.Haja fôlego!


Às vezes pescávamos e ali mesmo os peixes eram eviscerados e ia pro fogo.Nós tínhamos uma turbina manual,movida a manivela ,usada pelos ferreiros para avivar o fogo , nos trabalhos de ferraria .Ela estava sobre rodinhas e era transportada até a margem do açude e em poucos minutos tínhamos peixes assados nas brasas,que maravilha !

Não sabemos se éramos mais criativos do que as crianças de hoje,Achamos que a criatividade atual é diversa daquela que nós vivemos,que foi diferente das vividas por nossos pais,embora cada vez que vamos pra trás, as mudanças parecem serem menores ou serem marcadas por elementos novos .Talvez em condições semelhantes,as crianças de hoje repitam igualmente o que foi feita por tantas gerações passadas.A nossa criatividade se devia ,principalmente,ao fato de não ter nada pronto para tal fim e nós tínhamos que improvisar,construir nossos próprios brinquedos.Tudo indica que aí está o umbigo do mundo,a essência e mérito de tudo.Atualmente, encontra-se tudo pronto, as crianças não se dão ao trabalho de pensar para criar e aprender criando.Martelar alguns dedos,perder algumas unhas mas deixar um carrinho pronto e ter a alegria de se lembrar com o montou o sistema de molejo ,com velhas hastes de guarda-chuva.Não é unicamente sabor de nostalgia e o poder da criação diluído em cada centímetro de massa cinzenta que nos prepara pra equacionar os problemas que certamente todos,indistintamente,teremos que enfrentar.
JATeixeira


Vimos hoje esses peões de pedreiro desenvolver atividade semelhante com uma betoneira

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Odontologia Pediátrica e a Hello Kitty

Em Tokyo foi inaugurada uma clinica odontológica,chamada: “Hearts Dental Clinic.”
A razão de tal escolha é uma jogada de marketing interessante,pois os japoneses adoram a Hello Kitty” e a clínica utiliza desse carisma e fascínio que o personagem exerce ,principalmente, as sobre crianças para atrair esse público mais jovem, que tem medo da cadeira do Dentista.


http://nlab.itmedia.co.jp/nl/articles/1201/13/news079.html#l_msas_kitty13.jpg

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Amizade

« L'amitié totale est universelle. Et seule l'amitié universelle peut être une amitié totale. Tout lien particulier manque de profondeur, s'il n'est ouvert à l'amitié universelle. »

Nos tempo de ginasiano tivemos muitos colegas. Alguns desses colegas eram também amigos e assim mantivemos esse coleguismo e amizade durante todo esse período escolar.Entre esses amigos havia um determinado grau de cumplicidade e isso nos aproximávamos e nos tornávamos mais coesos:nos irmanavam.E mesmo que não tivéssemos o mesmo sexo, isso era o de menor importância,éramos simplesmente amigos.Amizade prescinde disso.Os alicerces em que elas se fundam,são muitas vezes incompreensíveis ao senso comum..Elas se apóiam em não ter exigências ou regras,os amigos e a amizade prescindem disso,talvez, exatamente por não ter exigências é que duram e se solidificam e são relembradas com esse ar de quem nos falta alguma coisa,um sentimento de “incompletude”.

Às vezes, de repente, alguma luz se acende e nos lembramos desses, parece que brotam do labirintos de nossas “caves”reservadas, como aquele vinho de boa safra,onde as suas fisionomias :felizes,descontraídas em meio aos risos e brincadeiras e a grande alegria permanecem ,tal qual, como aconteceu, ali não envelheceram,se conservam com o mesmíssimo jeito e “trejeito” .Quando abrimos essas velhas “garrafas” guardadas nessas “caves”com tanto carinho e protegidos da “ferrugem” do tempo que acidifica os bons vinhos,como estragam as boas amizades,Eles estão ali incólumes,e assim permanecem e permanecerão ad infinitum,enquanto mantivermos essa chama acesa nos nossos “corações”.
Betão,(Roberto de Brito)Margarida Marques e eu formávamos por algum tempo uma amizade, que me recordo com bastante saudade e carinho.E o curioso nessa amizade ,nesse triângulo que não era amoroso:dois homens e uma mulher, sem interesse escuso onde o elo dessa ligação era unicamente a amizade ,às vezes a ignição que desencadeia esse relacionamento se deve as proximidades das cadeiras ,uma matéria em comum,sentar-se lá atrás,etc.E embora hoje tanto tempo já decorrido desde então,persiste de alguma forma latente e que se manifesta ,quando menos se espera.

Quando estudávamos em Porto Alegre também formávamos idêntica amizade com Ivã(de Vacaria)e a Mara de Rio Grande (cidade).E mesmo tendo voltado pra Santa Maria e me afastado do contato e convívio deles,ainda mantivemos essa amizade por muito tempo.Depois perdemos contato,mas de qualquer forma alguma coisa ainda restou,caso contrário não nos estaríamos nos lembrando agora deles.

Tem uma musica italiana que diz:” a lontananza , como o fogo extingue os pequenos incêndios e aumenta os grandes.("la lontananza sai è come il vento
spegne i fuochi piccoli accende quelli grandi"
Com a amizade não é diferente .As grandes distâncias,no tempo, não extingue esse fogo,pelo contrário o mantém aceso e a cada momento,se sopra um vento,o bóreas suavemente,ou o Austro(minuano),avivando aquelas brasas cobertas das cinzas do tempo e assim permanecem, acesas nas nossas lembranças.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Experiencias

As nossas experiências são as manifestações mais sublimes de Deus nas nossas vidas.
Se são boas, nos alegram. Se são ruins, nos fortalecem:Nada nos afronta.

E como na parábola da borboleta: as dificuldades impostas, nos preparam para alçar vôo além do quintal que nos separa do mundo vasto e desconhecido.


E mesmo se têm alguns predadores pelo caminho saberemos nos esquivar e cumprir a nossa tarefa de ir de flor em semear o pólen colhido ao longo da nossa jornada.

JAT

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Festa das Tradições Tradycyjny Festiwal- Fest der Traditionen Festa delle tradizioni


FESTA DAS TRADIÇÕES de Benedito Novo 2012

Venite a vivere la tradizione in cui polacco, tedeschi e italiani si incontrano e formano una grande festa, dove beve, manggia, con alegria de vivere , divertirsi e festeggiare.
Venite tutti voi , nei giorni 17, 18 e 19 febbraio


Kommen Sie alle, an den Tagen 17, 18 und 19. Februar
Kommen Sie leben die Tradition, wo Polnisch, Deutsche und Italiener kommen zusammen und bilden eine einzige große Traditionsfest, wo sie essen, trinken und mit Lebensfreude zu feiern.


Venha viver a tradição onde polonese, alemães e italianos se reunem e formam uma grande festa, onde bebem, comem e festejam com alegria de viver.
Venham todos nos dias 17, 18 e 19 de Fevereiro

Przyjdź na żywo tradycję gdzie polski, Niemcy i Włosi się razem i tworzą jedną wielką imprezę, gdzie piją, jedzą i świętować radość życia.
Wszyscy się w dniach 17, 18 i 19 lutego




* * * PROGRAMAÇÃO! * * *

SEXTA-FEIRA! -- Dia 17 de fevereiro.

* 19:30h - Abertura Oficial;
* 20:30h - Sangria do 1º Barril;
* 22h - Show "Vox 3";
* 24h - Baile "Musical Novo Som".

SÁBADO! -- Dia 18 de fevereiro.

* 13h - Abertura dos Portões;
* 13:30h - Tarde Dançante para Melhor Idade "Banda Fantásticos";
* 15h - Apresentação Rudy e Wylly;
* 18h - Apresentações Culturais;
* 21h - Show Coração de Estudante - UNIASSELVI- (com Elisângela Dias);
* 23h - Baile "Banda Montreal".

DOMINGO! -- Dia 19 de fevereiro.

* 10h - Abertura dos Portões;
* 12:30h - Musical "Duplo Encanto";
* 17h - Apresentação Rudy e Wylly;
* 19h - Banda "Cavalinho Branco";
* 21h - Queima de Fogos.

Durante Toda a Programação da Festa:

* Gastronomia;
* Feira de Artesanato;
* Apresentações Culturais;
* Parque de Diversão;
* Exposição de Veículos Antigos;
* Música - Bailes e Chopp;
* Vôo Panorâmico com Helicóptero;
* Tenda Eletrônica.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Luci a San Siro - Roberto Vecchioni ed Emma Marrone


Luci a San Siro é uma apresentação primorosa de um dueto: Roberto Vicchioni e Emma Marrone,que põe toda a alma e expressividade nessa apresentação belissima e intensa.

Vejam aqui:



Luci a San Siro

(Vecchioni)
Hanno ragione, hanno ragione
mi han detto: "È vecchio tutto quello che lei fa,
parli di donne da buon costume,
di questo han voglia se non l'ha capito già"
E che gli dico:"Guardi, non posso, io quando ho amato
ho amato dentro gli occhi suoi,
magari anche fra le sue braccia
ma ho sempre pianto per la sua felicità"?
Luci a San Siro di quella sera
che c'è di strano, siamo stati tutti là:
ricordi il gioco dentro la nebbia?
Tu ti nascondi e se ti trovo ti amo là.
Ma stai barando, tu stai gridando,
così non vale, è troppo facile così
trovarti, amarti, giocare il tempo
sull'erba morta con il freddo che fa qui.
Ma il tempo emigra, mi han messo in mezzo
non son capace più di dire un solo no.
Ti vedo e a volte ti vorrei dire
ma questa gente intorno a noi che cosa fa?
Fa la mia vita, fa la tua vita
tanto doveva prima o poi finire lì
ridevi e forse avevi un fiore
non ti ho capita, non mi hai capito mai.
Scrivi, Vecchioni, scrivi canzoni
che più ne scrivi più sei bravo e fai danè
tanto che importa a chi le ascolta
se lei c'è stata o non c'è stata e lei chi è?
Fatti pagare, fatti valere
più abbassi il capo e più ti dicono di sì
e se hai le mani sporche che importa
tienile chiuse e nessuno lo saprà.
Milano mia portami via, fa tanto freddo,
ho schifo e non ne posso più,
facciamo un cambio, prenditi pure
quel po' di soldi, quel po' di celebrità
ma dammi indietro la mia Seicento,
i miei vent'anni e una ragazza che tu sai.
Milano, scusa, stavo scherzando,
luci a San Siro non ne accenderanno più.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Fantasma da Infância

Nem sempre os fantasmas que povoam nossa infância,nos aasustam,eles não são os mesmo que povoam a nossa adolescência ou idade adulta,parece que esses também amadurecem e nos acompanham durante toda a nossa existência. Acreditamos que cada um de nós,tem os seus próprios fantasmas ,aos quais vão se juntando outros e mais outros... a cada etapa da vida.

Trazemos atrelados os fantasmas das viagens de trem, onde ouvimos,ainda, as rodas nos seus sons de submundo, com os ruídos que acompanham os deslocar dos vagões,apitos que ecoam na alma e nos acordam em sobressaltos,como se aí estivéssemos;parece uma realidade paralela que evocamos e que o deus Hypnos nos permite vivenciar.As vezes lembramos cada minúcia como se fôra recém-ocorrida, como tentar saber a distância que nos separava dele,simplesmente encostando o nosso ouvido no trilho...Víamos cada dormente onde assentavam-se aqueles trilhos e pensávamos no trabalhos dos lenhadores e na dor daquele que abraçou o tamarindo, que tombou sob o machado bronco e não mais levantou da terra...
Ouvimos os didididis dádádádás da telegrafia nas estações,naquelas palavras que enviadas em código Morse.Imaginávamos, à época, que essas palavras saindo dos manipuladores e esses telegramas desfilavam pelos fios, indo de uma estação à outra e muitas vezes acertávamos a esses fios, na esperança de vê-las cair.Uma certa ocasião subimos no poste e quem caiu fomos nós. O dono da Farmácia o doutor “bastin”,suponho que Bastos deveria ser seu nome e carinhosamente,chamavam-no de “bastin(nho).Éramos seu freguês antigo e quando ele nos via,já dizia:-Tu, outra vez??? E saíamos dali com braço na tipóia.
Nas estações tinha tipos humanos dos mais variados: desde essa gente apressada que viaja pela primeira vez e ,meio atoleimados,olham com olhos arregalados para todos ,sem saber aonde ir... Até aqueles que fingem esperar ou se despedir de alguém... e até acenam, com esses lencinhos com bordas de rendas, numa despedida final com os olhos vermelhos e lacrimejantes.A mulher do escrivão sempre entrava em pânico quando ele viajava...Parecia a última vez.E a mulher do dono do bar se divertia...Sempre tinha mais clientes,quando ele viajava pra buscar bebida.

As primeiras vezes, em todas as experiências são imagens que não se apagam,são fantasmas que acompanham... Crianças que viram sorvetes ,no palito,pela primeira vez e o querem embrulhar para levar pra casa...Vendedores com os seus cestos,bandejas e sacos vendendo aos viajantes que passam.Nos recordamos dos “espertos” que cronometravam o tempo de parada em cada estação e quando o trem estava pra sair,eles compravam alguma coisa e dificilmente tinha dinheiro trocado,pagariam na volta,eles diziam....
Uma ocasião,um desses esperto,com o trem já em deslocamento gritava em altos brados:-”Aqui é terra de Chifrudo.Todos aqui são cornudos e vadias !Aqui não tem homem !” E tinha...De repente ele foi arrancado de dentro daquele trem.Nada mais era do que Sr José Vicente, o delegado de ofício ,que levara filho pra viajar e encontrava-se na borda da plataforma.Acreditamos que ele deve ter tido uma aulas de bons-modos e não tenha desferidos mais tais grosserias.E nos parece que ele gostou tanto dali, que passou um mês regando os canteiros da praça da cidade e não era a moleza de hoje com mangeiras e água canalizada.Eles raspavam-lhes a cabeça e levavam duas latas de água,no ombro, do rio até a praça,o dia todo...
“Gasolina”
Ainda vemos a imagem daquele veículo que chamavam “gasolina”Era um vagão em miniatura,parecia uma kombi de hoje.Paredes de madeiras e motor a gasolina.Desenvolvia uma velocidade maior que o trem a vapor.Eram os engenheiros,Inspetores ou outras figuras importantes que a utilizavam pra inspecionar as estações e a própria ferrovia.Todas essas imagens que não se diluem,ora por outra elas se mesclam a realidade presente, quando um “fischio” qualquer chamam a nossa atenção!
Hoje essas estações,não mais existem.Os seus vagões que embalaram tantos sonhos,sonos,canções também são fantasmas e quem sabe dessa forma contata aos seus antigo passageiros para relembrá-los que ela ainda permanece...Eles sufocaram as estações,suprimiram suas linhas ,transformaram suas “gare” em comércio mas,ali estão diluídos a alma de todos os milhares de passageiros que usaram esses trens para serem conduzidos a algum lugar,foram felizes nessas viagens

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

O Mar

Ne cherche pas les limites de la mer. Tu les détiens. Elles te sont offertes au même instant que ta vie évaporée. Le sentiment, comme tu sais, est enfant de la matière; il est son regard admirablement nuancé"

Os que temem não avançam...
O rio segue sempre avante, sem recuar, sem retroceder jamais. Embora a terra tente diminuir a sua marcha nos desfiladeiros,nas escarpas,estrangulando a sua passagem...


Ele se contorce, ele avança e segue altivo, sereno sabendo que o seu destino é incorporar-se ao Mar Piedoso e Pleno: berçário perpétuo de vida. Se ele parece trêmulo nos saltos e corredeira, não é de medo.
Ele tem pressa em chegar ao seu destino. Ele foi iludido por sereias de luzes ou seduzido por luzes majestosas e brilhantes do Arco-Íris e abduzido das águas do Grande Mar de quem é ,inequivocamente, parte; e precipitado distante para purificar e arrastar sais purificadores ao longo do trajeto até O Grande Pai;além de ter se derramado em benesses ao longo do caminho, ele carrega as lágrimas e promessas de todos os peregrinos que se banharam em suas águas:tépidas,passageiras...
Só perde a identidade aquele que não a tem.Ele traz impressa nas suas milhares de passagens, de todas precipitações, a marca de todos os lugares onde esteve,a marca de todas as promessas que ajudou cumprir.A lembrança eterna dos sedentos que se saciaram...
As lágrimas derramadas de todas as mães que esperam, em vão,nos cais dos portos; das noivas seduzidas pelos seus habitantes misteriosos que as vezes deixam as sua águas e saem para deixar sua gênese disseminada no trajeto. E nos dias de lua plena ,ele sente-se tentado a voltar a terra. Sente saudade dos caminhos trilhados,das sendas percorridas,das paixões do caminho e da difícil escolha em não se converter em lago e permanecer para sempre entre as devoções disseminadas.

Nas noites de lua cheia ele lança,em lamentos,grades vagas que invadem a terra e demoradamente volta,querendo permanecer entrelaçado a terra...
O renascimento não é vago,ele representa a esperança e traz na sua "matriz" os milhares de sons inaudíveis dos nascimentos e o luto negro das derrocadas funestas das perdas e lamentos.Como tudo, ele representa uma dualidade,uma contraposição entre a ordem e o caos, entre a luz e as trevas.
É a representação visível do ciclo contínuo da vida
JATeixeira.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

O Agrônomo Obstetra

Tivemos um prof. de biologia que era agrônomo,.Era um bom professor,competente e tinha um nível de aula bem assimilável e divertida.Temos boas recordações das suas aulas e com certeza,inequívoca, faz parte parte da nossa bagagem de aprendizado. Não tão somente nessa disciplina que eram as suas aulas, como também nos exemplos de experiências de sua vida.
Ele era aquele tipo amigo, bonachão e tinha a cara de um zíngaro magiar:Cabelos encaracolados,tez bruna, sorriso ébrio.sempre com um cigarro entre os dedos.Parecia sempre feliz ou estar absorto por outra realidade.
Numa determinada aula ele nos fala das células e suas proporções microscópicas e macroscópicas e citava alguns exemplos e aquele ocasião ele perguntou se alguém podia dizer qual era a maior célula vista a olho nu e um colega respondeu:Rami.,que é uma fibra natural,etc.etc.Na verdade ele queria que dissesse que era a gema do ovo.E ele se precipitou,como sempre. Ficou conhecido por Rami o resto do curso.

Não lembramos qual o seu time de futebol preferido,mas lembramos que se o time ganhasse ele dava nota pra todos e nos mandava pra casa,ou aumentava um ponto na nota,coisas desse tipo.Se pelo contrário o time perdesse,ele mandava fechar os livros e cadernos, isolava cada um em carteiras distantes e aplicava uma prova. pra ferrar a todos!...

Era um mitômano incorrigível e nos contou que uma certa ocasião, ele era responsável por um posto do ministério da agricultura ,no maranhão,e foi procurado por um cortador de coco-babaçú.
O Parto
O caboclo disse:”Doutor,o Senhor tem que me ajudar.A minha mulher vai ter filho e não consegue ter sozinho,o senhor tem que dar um jeito.Precisa fazer o parto.”
-“Mas,escuta aqui vivente! Eu não sou médico,não sei fazer parto.Procure um médico.”
“-Não adianta,doutor,o senhor é doutor e vai dar um jeito por bem ou por mal”Arrancando um facão de cortar coco ,encostou na cara dele e disse:” E é agora se levante e vamos.”
Bem,o que me restava fazer,diante de tanta força de persuasão e franqueza??Não tive outra escolha se não e fazer o tal parto.Sorte minha é que tinha feito três anos de medicina e de certa forma me habilitava pra fazer o tal parto.Afinal,ele na sua sabedoria cabocla,afirmava se o Sr. é um doutor não sabe fazer um parto como é que a parteira que nem estudou ,sabe?.Diante de tanta fé e convicção, não me restou alternativa. Fui lá e ajudei a criança a achar a porta de saída, só isso!”
JATeixeira

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Jogos de Infância Baladeira- L'élingue - Weapon_Sling

Baladeira
A minha Baladeira foi feita da
Goiabeira, que é a melhor madeira
Que existe ,  não vai rachar...

Atira pedra ,seixos achados no rio
E se posta, a prova, em desafio,
Nunca vai desapontar


Tem na forquilha marcas, da minha infância,
Das caçadas dos tempo de criança
E dos acertos que tive que provar


Hoje tão distante, qual fantasma adormecido
Que desperta se é chamado
São lembranças que tenho revivido
São as alegrias que tem guardado.

Arco-bodoque ,Baladeira,Estilingue, Funda.
Existe um confusão quanto ao uso dessas palavras,empregadas às vezes querendo dizer a mesma coisa,e outras vezes querendo dizer coisas diferentes.

Arco-Bodoque
Veja a demonstração do Arco-Bodoque abaixo:

É uma arma que usa como princípio de arremesso o arco.É construída com dois barbantes em paralelo, de um extremo a outro ,tendo no meio um pedaço de couro ou uma malha como anteparo, onde será colocado o projétil que será arremessado:pedra,pelotas,clicas,etc
Como usar:
Coloca-se o projétil a ser disparado no couro preso aos barbantes e puxa-se lateralizando ou inclinando o arco, quando soltar a corda.Muitas vezes, o principiante acerta mais os seus próprios dedos.Quando criança o Sr JTeixeira( pai) nos fez um arco-bodoque.Mas não nos demos bem com esse tipo de artefato,acertamos muito mais os nossos dedos, do que o objetivo do disparo Ele era um exímio atirador com arco-bodoque e funda e naturalmente com armas de fogo,não tivemos a mesma prática para que tal ocorresse .

Funda
A funda é um arma usada para arremessar pedras ou qualquer um outro artefato.Ela é constituída de dois barbantes e um pedaço couro que une as duas partes.Em um deles tem um argola feita com o mesmo material e cuja encontra-se presa ao anelar a outra extremidade encontra,temporiariamente entre o polegar e o indicador e será solta,quando do arremesso.Unindo os dois cordões há um pedaço de couro,onde fica o que queremos arremessar:pedra,argila,etc.
Como usar :coloca-se a argola ,de um dos lados, no dedo anelar e prende a outra extremidade entre o polegar e o indicador e deixa-se pendente ao longo do corpo. Mira-se o objetivo a ser atingido,gira-se a funda entre a cabeça e a lateral e imprime-se velocidade de rotação, soltando o cordão que acha-se preso entre o indicador e polegar e a pedra é arremessada contra o objetivo que se deseja atingir.Não é de fácil manejo,mas é rudimentar e de simples construção.É um dos instrumentos de caça mais antigos que existe.
O exemplo mais conhecido é a passagem bíblica, quando Davi abate o gigante Golias usando essa arma.
Baladeira-Estilingue- L'élingue - Weapon_Sling
Construída a partir de um forquilha de madeira ou ferro de construção em forma de “Y”, usa dois elásticos simétricos, unidos de uma lado a essa forquilha e na extremidade oposta a um couro ou malha onde a pelota ou pedra é colocada,para ser arremessada.
Antigamente usavam-se muito os elásticos de câmara de ar, cortadas em pequenas tiras. Atualmente a capacidade elástica desses reservatórios pneumáticos está muito reduzida, para essa finalidade, é como dizíamos: é uma “borracha cansada” As primeiras que fazíamos eram tão fortes que ,necessariamente deveriam ser longas,caso contrário não teríamos força para esticá-la ou imprimir a trajetória necessária para atingir o objetivo,geralmente pequenos animais ou aves.Véspera da caçada era o dia de recolher os seixos,quanto mais esféricos melhores.Esses não variavam a trajetória;era difícil a caça escapar depois que ela tinha sido lançada,como disse Julius Caesar :-“ alea iacta est” o “dardo” foi lançado vamos ver o que ela acerta.Para nós,que se cuidassem o que se estivesse na mira.Dia da caçada,bem cedito acordávamos e com nosso albornoz no pescoço,com muitos seixos pra trocar por caça e a baladeira bem ajustada, saíamos para enfrentar o mundo.Vendo de hoje,parecíamos “pigmeus feito heróis” cujos ímpetos atávicos têm movidos as gerações desde a aurora da humanidade.No dia que esse atavismo “adormecer”, que essa chama se apagar, a civilização estará ameaçada ou se põe de joelhos diante de uma nova horda de predadores mais vorazes.Quando os romanos pararam de crescer e ampliar as fronteiras do império,eles entraram em letargia ao consumir suas próprias “graxas” e se intoxicaram,pereceram e foram postergados.A ameaça agora é do “CRESCENTE” que se cuidem os crédulos. Não olhem só as flores ,vejam também a cara do florista, e o que ele porta embaixo delas, pode ter uma cimitarra.
JATeixeira

sábado, 4 de fevereiro de 2012

A Cuia e o cavalo-de-pau

Ganhamos, um dia desses,uma muda de Cuia(Crescentia cujete), e não de Porongo(Lagenaria vulgaris – Cucurbitaceae semelhante a abóbora) que também chamamos para cuia do Chimarrão e após diversas tentativas de conseguir junto a alguns vizinhos,eles sempre prometiam...só.

Nós não sabíamos que ela se reproduzia por estaquiamento, o que tornou mais fácil de obtenção da tão desejada muda,pois sabemos que através de sementes vamos depender da maturação dos frutos,ser uma boa semente e que medre fácil,etc.O processo de alporquia ou mergulhia tornam-se bem mais fácil e práticos quando temos a planta.Essa que plantamos, por exemplo,já estamos usando o processo de mergulhia para obter novas mudas,simplesmente porque ela tem hastes longas e flexíveis e já as mergulhamos na terra e daí quando tiver raízes é só proceder a devida amputação do muda obtida e transplantá-la..

E já que estamos falando nesse assunto,não custa de dizer que as plantas se multiplicam por diferentes meios:Estaquias,mergulhia,alporquia e enxertia além ,naturalmente,da semente. A estaquia consiste em podar pequenos galhos e enfiá-los na terra,quando emitirem novos brotos podemos transplantá-la no lugar definitivo,algumas plantas não multiplicadas dessa forma..A mergulhia ocorre quando mergulhamos galhos pendentes na terra e a partir desse teremos uma nova muda..A alporquia se faz envolvendo galho escolhido com uma terra e um tecido que a mantenha ali até haver emissão de raízes, após uma rega-se constante..Quando a raízes estiverem aparecendo,podemos amputar a nossa muda e plantá-la no lugar escolhido.A enxertia consiste em usar um pequeno galho amputado da árvore escolhida e usado em uma outra da mesma espécie(chamado de porta enxerto)geralmente mais rústica e o galho enxertado produzira muita mais rápido do que a partir da semente.Havendo sucesso na enxertia a arvore enxertada produzirá bem mais precocemente .Isso a grosso modo, os interessados podem pesquisar junto as HP da EMBRAPA ou em outras páginas especializadas no assunto.

Bem ,mas voltando a cuia e o seu uso na infância,de onde tudo isso derivou: dos capacetes do marcha soldado cabeça de papel”.Já não queríamos mais usar as dobras de jornal,imitando o quepe do soldado e as espadas de madeira ou o “cavalo de pau” cuja cabeaça vermelha. orelhas pontiagudas e escamas ,cuidadosamente imitando, as crinas do alazão além das cabeçadas que eram usadas para conduzir o meu poderoso cavalinho,feito de palmeira-(carnaubeira- Copernicia prunifera) ,tudo feito com tanto esmero e carinho pelo meu velho pai..Lembro ,como se fosse ontem,quando ele entalhava a cabeça do cavalinho.A folha da palmeira já tem o formato de cabeça de cavalo,triangular e voltado para baixo ,fazendo um angulação natural que imita a cabeça do eqüino.Ele procedeu aos pequenos entalhes e ajustes, configurando os olhos e com mais alguns entalhes deu um formato as orelhas, no extremos da cabeça..Ali onde prendeu as rédeas ,ele fez alguns entalhes que imitavam o focinho do meu fogoso corcel,só lhe faltou colocar um freio.Mais alguns entalhes ,lado a lado da haste ,ele conferiu o formato da cabeleira ou crinas do alazão:Je me souviens bien!Je suis encore três heureux Bien magnifique.Très magnifique !Ao relembrar esse detalhes e o ato da do trabalho ,em si,não consigo me conter diante dessas imagens que desfilam, com num filme de época,sem verter algumas lágrimas,parecem que há pouco decorreram....
Quanto a cuia,depois que vimos os soldados nos filmes de guerra e nos desfiles com capacetes verdes,queríamos imitá-los e passamos usar as cuias como capacetes até a cor eram idêntica.Fizemos uma espingarda que atiravam semente de mamona..A espingarda consistia em um pedaço de madeira cópia em miniatura de uma arma de verdade.Tinha gatilho,culatra,......na parte superior tinha um carretel de linha,cortado pela metade e fixado ao corpo da arma.Dentro desse,na parte anterior era colocado o projétil,na parte posterior havia uma pequeno cilindro de madeira mais fino do que o diâmetro do carretel que sob a tensão de um elástico,geralmente borracha de velhas câmaras de ar, atirava os projéteis,ou seja as sementes de mamona..O elástico era imobilizado a um pedaço de madeira que passava por uma furo no corpo da arma e servia de gatilho e suporte para arremessar o cilindro. Nos divertíamos muito,nunca nos machucamos seriamente e não ficamos presos aos estigmas do “politicamente-qualquer-coisa” que atribuem a tais brinquedos a agressividade do mundo hodierno

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

O Engano das Trevas


“Mesmo tateando no escuro e no caos deste mundo físico,não devemos nos desesperar,porque a luz existe.Se se cobre uma lâmpada com camadas de tecidos No final da sala haverá escuridão, mas assim mesmo a luz ainda brilha.
A sua intensidade nunca é diminuída, a única diferença se deve as camadas de tecido que a recobrem.Removendo,progressivamente,essas camadas de tecidos poderemos trazer a luz de volta para nossa vida” Yehuda Berg



“A violência do mundo não é o caos irracional, sem finalidade.Assim como a doença não é um evento fortuito.O terrorismo não é loucura casual.Todos esses fenômenos negativos nascem da obsuridade que se cria quando a nossa reatividade coletiva se separa da luz.Compreender esta difícil verdade é o pressuposto para atuar a verdadeira mudança.Isto não é fácil,mas não é de tudo impossível.”


“Por exemplo: um homem come três cachorros-quentes por dia. Mesmo se seu pai ou seu avô morreram de infarto,e se em sua família tem um problema hereditário de colesterol alto.Todavia ele vive uma longa e boa saúde.Como pode isto?Porque se a pessoa está conectada com a luz não deverá adoecer.Pelo contrário,quando um homem está envolvido com a obscuridade,ele é escravo do seu ego,é dominado pela ódio e pela hostilidade nascidos de um comportamento imprudente,cria um terreno fértil para doença.Esta é a cauda dos distúrbios físicos e dos conflitos,porque gera obscuridade ao nível espiritual,e a disfunção física ou distúrbio emocional a nível material.”

O que é a doença?É um dom precioso, é como uma lâmpada vermelha indicando que as nossas escolhas estão equivocadas.


“A doença é uma chance que a vida nos oferece porque nos indica que questões não resolvidas sobre as quais deveremos prestar mais atenção nas mudanças,por isso é um don precioso.
A sombra foi criada,para nos estimular no processo de busca da Luz e para dar significado a satisfação de quando a encontramos unicamente com o nosso esforço.Obviamente teremos obstáculos nessa busca,a sombra poderá usar o tempo para retardar o momento da recompensa pelas boas ações,para nos convencer que a bondade não vale a pena.E assim começamos a pensar que a vida é injusta.”

“Cabe,portanto,a nós a escolha do caminho que resultará finalmente numa eterna paz no mundo:
Em uma maneira de viver centrado e indulgente para consigo mesmo ou com essa transformação espiritual”.
Yehuda Berg

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

O Auto contemplador

“A força do silêncio está acima da palavra ; a busca do entendimento tem que ser no silêncio e em silêncio”
Se o silêncio estivesse, de fato, acima da articulação da palavra, O Criador não nos teria dotado desse sentido. E se assim fosse ,a oralidade declinaria e com ela toda a nossa capacidade de articulação , formação e informação que se deram unicamente por essa via e trouxeram consequente evolução.Se assim fosse, estaríamos condenando a música,elo de proximidade entre Criador e criatura,estaríamos condenando o riso e suas emanações de júbilo , alegria e louvor.Se assim fosse, estaríamos julgando e condenando o Ato da Criação em si ,pois Ele contemplou a sua obra e a benedisse ! Por outro lado, os sons e harmonia do universo vibram numa frequência em equilíbrio,quando há desequilíbrio na emissão dessa frequência ou desses sons teremos apenas ruídos, o mesmo ocorrendo com a manifestação da palavra e no seu cerceamento, pois nem todos temos o dom da escrita ou a capacidade de se fazer compreender através desta. Os latinos têm uma frase que diz: Ex abundanctia enim cordis os loquitur(a boca exprime o que é abundante no coração).Portanto,o silencio verdadeiro deve se impor sobre as maledicência da alma corrompida pela ausência de virtudes. Mas, acreditamos que ,indubitavelmente,todos são dotados de algum propósito alheio e incompreensível as nossas próprias vontades, nessas trilhas e sendas que chamamos de vida ou experiência cármica ou qualquer outra nome que possamos adotar para esse breve interlúdio de tempo, que estamos presos,como unidades plasmadas, nessa dimensão e nessa cadeia de carbono universal, dispersos neste planeta minúsculo, sob as benesses de uma estrela que nos fornece LUZ ,o deus Sol.Acreditamos,com convicção, nos propósitos além da nossa compreensão e por esses propósitos o universo se rege e gira indiferente as esses devaneios filosóficos que tem consumido a muitos, na tentativa vã de compreendê-lo.


Entendemos que se o voto de silêncio, tão absoluto ,como dogma dos pitagóricos,não tivesse sido obedecido, mais coisas teríamos aprendidos e a aprender destes.E esse silêncio e o seu significado não teria ficado apenas no espaço da imaginação especulativa.Se Pitágoras não tivesse tornado publico as suas proporções áureas,teoremos,Pi entre outra contribuições,talvez tivéssemos levado muito mais tempo para descobrir tais ensinamentos, que contribuíram para que gerações dessem saltos na evolução.Por analogia acreditamos,que se tal voto de silêncio tão absoluto e perdido nas divagações da noites dos tempos tivessem sido quebrados, teríamos mais, muito mais dessas almas vocacionados,cujo objetivo era elevar o patamar da evolução humana.


Além do mais, acreditamos ser presunção, crer que em silencio trabalha a natureza.Aquele que assim pensa,nunca esteve próximo dela:As correntezas,não trabalham em silencio quando arrastam quem tenta estrangulá-la ou não existe silêncio nas modificações da fisiografia, operado pela os derramentos vulcânicos.Ou até mesmo no canto mavioso de um sabiá ,num final de tarde de primavera ou quando o novo nascituro vem ao mundo.É preciso estar atento e aprender a usar o diapasão interior e aprender a distinguir entre a música e o ruído ,entre o bem e o mal.Pois não é a palavra que se contrapõe ao silêncio e sim o desequilíbrio na frequencia da emissão. Nós não temos o ouvido cauto para tanto, e esse silêncio se configura meramente como uma metáfora do que não se compreende e coloca na natureza o que gostaria de ver,ouvir .Como diante de um espelho,espera ter de volta seu próprio reflexo, como Narciso,onde a ecografia nem deveria existir,pois o silêncio não gera eco
JATeixeira

Il Silenzio - Melissa Vanema


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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Porco Zio !

Um certo criador de porcos em Mato Grosso do Sul, de origem italiana, teve que viajar com a família e deixou um caboclo cuidando da pocilga.Criava várias raças de porcos da mais pura linhagem e entre eles tinha um capiau brasileiro,pelo duro, feio de dar medo.

Olhe aqui Chico,disse o patrão,cuida bem da porcada se chegar alguém pra me visitar ,tu dizes que fui viajar e que só volto no final do mês.E podes mostrar as estalas dos porcos e matrizes. .
Dois dias depois chegou uma parentada ,vindo de Nova Bassano,cidade próxima a Caxias do Sul, na Serra Gaúcha.E o caboloco,com recomendou o patrão, leva os parentes visitantes pra ver o plantel de porcos de raça.

O visitante vai perguntando as raças e o Chico vai respondendo:Esse é Duroc,esse Large White,aquele ali é Landrace e vão indo,quando de repente vêem um porco magro e feio dando saltos e grunhindo no fundo da estala.
Bah! “Ma que che brutta razza de porco ,madona!”E aquele ali,Chico,que raça de maledetto tão feio é aquele “strupiccio”?

Pois eu acho que esse ali é o tal de “Porco Zio”,que o patrão sempre chama:Esse Porco Zio!,Aquele porco Zio!

Porco zio é uma forma de amenizar a blasfêmia:"Porco Dio"
Zio é tio em lingua italiana.E tante volte, c'è tanto zio che sono veramente porco,io chiedo scusa per lui(porco) per questa comparazioni,questo veramente mi dispiaci.