sexta-feira, 20 de junho de 2014

Luz e trevas



Luz e trevas tem sido a representação mais antiga dos nossos medos, trancafiados nos corredores e labirintos do nosso EU oculto ou manifestado em ações imprevisíveis, num conflito eterno entre consciência e inconsciência, na formação do arquétipo humano .A luz e as trevas, representam a nossa própria  ambiguidade.E é essa  a nossa face refletida no espelho existencial que nos assusta,que nos incomoda por não compreendermos , a nós mesmos no nosso oposto,será oposto? Ou meramente uma das faces obscuras e incompreendidas do nosso próprio EU,da nossa própria formação,Uma janela da nossa alma em busca de coerência primieva, que transcende e desafia a nós mesmos ,tipo:”decifra-me ou devoro-te” .   

Representa  aquele reflexo da nossa própria e incompreendida identidade, como a mesma dicotomia dos primórdios da nossa formação que numa sucessão de divisões,de mito em mitose, nos origina.É a mão sinistra relegada pela destra, numa patológica escolha,onde uma não quer saber o que a outra faz.É o rudimentar  desejo inconsciente trancafiado, que desafia a introspecção e se revela unicamente na conveniente  transitoriedade mundana,que como num desafio shakespeareano se interroga :”ser ou não ser;e o que a luz revela, as trevas consome,no eterno jogo de sombras e luz ,conflito eterno de Hórus e Set,onde não existe vencido ou vencedor, pois representa a si mesmos em momentos distintos: onde a ação e reação são faces do mesmo deus dicotomizado  e unidos pelo mesmo vértice do triângulo,que NELE  nos torna UNO

JATeixeira

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