terça-feira, 24 de junho de 2008

Neurônios



  

A idéia de que os neurônios morrem a cada dia que passa parece estar sendo abandonado na neurociência . Passamos então a compreender que se essas células não são destruídas com o tempo, a deterioração progressiva da inteligência e da motricidade deixa de ser obrigatória no envelhecimento e passa a ser ,se estimulada ,permanente ou adiada para uma velhice distante.

O mecanismo de memorização tem sido mapeada com rigor. Os axônios,dendritos ,neuro transmissões responsáveis pela transmissão e recepção de sinais entre neurônios começam a ser conhecidas e manipuladas. Em alguns anos, muitas deficiências cognitivas tradicionalmente associadas à idade poderão ser prevenidas, tratadas com eficácia, ou adiadas. Quem sabe?

Leia o artigo completo em http://www.drauziovarella.com.br/artigos/memoria_neuronios.asp
 

Os efeitos dos exercícios físicos já são conhecidos - a perda peso,redução na pressão
arterial e prevenção no entupimento de artérias –se isto não for suficientes para despertar o interesse por uma caminhada diária ou um exercício freqüente em uma academia, agora há uma razão a mais para abandonar o sedentarismo: exercitar-se melhora a performance cerebral

Pesquisas dos últimos cinco anos trazem fortes evidências de que o impacto da atividade física na mente é mais poderoso e complexo do que se pensava.
Exames de ressonância magnética em humanos e testes em ratos indicam que o exercício está envolvido na formação de novos neurônios - um processo que durante décadas a ciência considerava impossível -, no aumento das conexões entre eles e na sobrevivência das células nervosas. A conclusão é que a mente se torna mais rápida e eficiente com o exercício.

As descobertas podem ajudar na recuperação de lesões cerebrais e na prevenção de doenças neurodegenerativas.Os benefícios comprovados indicam que não se pode desistir da atividade física.

Uma das evidências do efeito benéfico do esporte sobre o cérebro partiu de uma pesquisa realizada na Unicamp. Ao comparar o cérebro de praticantes de judô com o de sedentários, os pesquisadores notaram um aumento das zonas ligadas ao planejamento motor.
Essas áreas tinham mais massa cinzenta (local onde os neurônios fazem suas conexões cerebrais) nos judocas do que naqueles que não praticavam exercício, o que indica que o esporte modificou a configuração do cérebro.Por trás desse fortalecimento ,acredita-se que há a ação da proteína BDNF, que tem níveis aumentados após um regime de exercícios físicos.

No início do ano, um estudo do Centro de Memória do Instituto de Pesquisas Biomédicas (IPB) da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) comprovou que essa proteína atua na formação e na duração da memória e do aprendizado. Sem ela, ratos eram incapazes de
armazenar uma informação por mais de dois dias. Induzida pelo exercício físico, essa proteína contribui para a sobrevivência e o surgimento de novos neurônios, além de atuar como uma espécie de antidepressivo natural.

Há ainda fortes evidências de que a proteína BDNF seja o agente desses benefícios.
O estimulo da produção dessa proteína poderar contribuir para tratamentos de doenças
do sistema nervoso central .

Como fortalecer a massa cinzenta


Não é preciso ser um maratonista para melhorar a memória e ter melhor desempenho do intelecto. O mínimo de esforço já é suficiente para manter as substâncias indispensáveis à atividade cerebral em níveis normais.
Um estudo da Universidade da Flórida, mostrou que ratos que caminharam o equivalente a 30 minutos por dia ficaram com neurônios mais fortes do que seus irmãos sedentários.E ainda que os mais ativos sofreram menos estresse oxidativo, processo que acelera o envelhecimento celular e pode causar estragos e morte do DNA das células dando origem a diversas doenças,inclusive ao câncer.
Os pesquisadores ,no entanto,reconhecem a dificuldade de obter os mesmos resultados com os seres humanos que resistem em abandonar o sedentarismo.

É difícil convencer pessoas a realizar exercício físicos. Para os animais, é só colocar uma roda giratória na gaiola que eles ficarão se exercitando, grande parte do tempo. Mas ter uma esteira ou uma bicicleta ergométrica em casa não significa que será usada devidamente por todos da família.

Para incluir uma atividade física na rotina, recomenda-se começar o mais cedo possível.
A prática de esportes desde a infância faz com que o hábito se torne mais denso e o praticante o sinta como indispensável na sua rotina diária,assim com o asseio corporal o escovar os dentes,etc. cria-se uma dependência onde a química do corpo exige como necessária e a performance cerebral é mantida com disciplina

Apesar de alguns benefícios serem sentidos quase que instantaneamente após uma caminhada ou uma aula de musculação, os neurônios se adaptam a essa regularidade.
Isso significa dizer que a atividade física precisa ser feita de duas a três vezes por semana por toda a vida.
Especialistas acreditam que esse “armazenamento” de saúde do cérebro adquirido com a atividade física irá protegê-lo contra doenças neurológicas e lesões na cabeça. Hoje, sabe-se que indivíduos de alta escolaridade e profissionalmente ativos têm uma maior reserva neuronal e, por esse motivo, se recuperam melhor de traumatismos cranianos e adiam para mais tarde o risco de ter Alzheimer. Ou seja, a receita perfeita para manter a saúde seria aliar atividades intelectuais, como estudo e leitura, à prática esportiva.


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