quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Tecnologia e Religiosidade


"Homo homini lupus" Thomas Hobbes

 

Desde o início da sociedade industrial  as  relações sociais tem alterado sistematicamente e de forma “irreversível” as relações entre os povos “extinguindo” fronteiras ou favorecendo o relacionamento entre os povos  integrando  por força  do mercado, da economia e das benesses da tecnologia no dia a dia de suas populações .As novas sociedades passaram a ser formadas em outros moldes e fugindo das antigas características  onde prevalecia  contexto : clã , tribo ,nação. A imposição da nova economia de mercado que vende facilidades para a dia a dia, imprime também uma nova dinâmica no relacionamento do homem com o homem ,da família  com a sociedade ,como um todo.

A Segunda Onda Industrial agiu alterando as relações do homem com a o produto final industrializado e  causou   uma massificação e nivelamento nas camadas ou seguimentos sociais  no caminho  ,com um propósito  definido e massificador  convertendo o homem de indivíduo a mero consumidor e dentro desse conceito a relevância da  padronização do homem tem elevado a uma dependência ,quase que cataléptica da sociedade.

 

Na Terceira Onda Industrial o mercado aposta e avança na direção da  diversificação e globalização de  interesses e objetivos finais ;onde a oferta  de quaisquer produtos, serviços é imensurável e  a massa se sente livre e inebriada  para satisfazer suas necessidades e interesses por mais  esdrúxulo que possam parecer .Nada mais é inaceitável o conceito de conduta e comportamento passou a ser completamente livre e ditado pela caricatura do momento . Sem raízes, sem identidade própria da família ,clã  ,sociedade ou nação o homem converte-se meramente em um número e aos que pensam que formam uma nova identidade própria  nada mais fazem do que seguir um modelo pré-definido, os ditames ou as regras engendradas  como referenciais a serem seguidos. Bastando ver os mitos globais que aparecem e são seguidos por hordas acéfalas e quando já não fornecem o consumo esperado somem sem deixar vestígios ou são descartados, sem direito a reciclagem ! As novas identidades ,verificadas principalmente no jovens são construídas a partir de referenciais “plantados” onde os valores e conteúdos tradicionais são o que menos importa

 

A mídia : cinema, tv teatro, música, shows etc são os eternos serviçais do poder econômico cuja  filosofia  objetiva alcançar    e influir na massa, sobretudo nos jovens , na orientação e  consumo sem fronteiras “ em um projeto de cidadania mundial ,onde os custo e os fins justificam os quaisquer  meios .

 

A publicidade tem propagado a idéia, o vínculo e a dependência, minando o esforço dos que resistem. Torna-se portanto  imperativo a educação para exercer uma escolha legítima e pessoal . Ao mesmo tempo que a complexidade da vida urbana transforma indivíduos em  meros consumidores e faz com que os jovens se aliem e busquem um vínculo  fora... paralelamente, correndo por fora, as agencias do globalizado investem , consagram e orientam à direção a seguir na busca  de novos modelos que são “plantados” nos apelos  dos clip musicais e até ,muitas vezes, em mensagens subliminares que passam imperceptivelmente e tem guiado os passos e conduta de muitos .” Cada grupo e classe social consome objetos materiais e bens simbólicos segundo seu capital cultural: o universo cultural não é espelho uniforme mas palco de distinções e conflitos. Daí a tendência à segmentação, voltada para mercados mundializados, segundo seu modo de consumo” Bourdieu. 

As agencias do globalizado ,ciente disso ,tem investido na segmentação dos grupos  pois isso favorece a disseminação das suas idéias e domínio das massas e imposição dos seus objetivos –Quem não ouviu :A que tribo você pertence ? . A ação predatória do capitalismo selvagem  tem “plantado” e permeado a sociedade, através  dos jovens , e usa o jovem na  difusão de novos conceitos de liberdade de conduta e expressão  onde vemos jovens que se comportam  ,as vezes, de maneira acintosa ,desrespeitosa  no falar, vestir, no contato  familiar e na sociedade.

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