terça-feira, 30 de novembro de 2010

Odeio a Esquerda I hate the left



I hate the Left of the cantors of ideological nothingness,
of the moralists, of the intellectuals, of the philosophers
always busy giving lessons. http://www.beppegrillo.it/en/politics/

Eu odeio a Esquerda da ideologia na midia HOLLYWOODIANA nos cânticos encantados dos "Robin Hood",dos moralistas, dos intelectuais, dos filósofos sempre dando lições vencidas,perdidas.
Eu odeio a Esquerda das negociações debaixo da mesa ,da desordem, do silêncio que não revela sapiência e sim incapacidade. Da votação em Parlamento para o Grande Perdão,nas grandes abstenções corporativas e nas ausências em Parlamento para a Proteção Fiscal,Moral,Necessária
Eu odeio a Esquerda que transformou a Oposição em uma caricatura a Esquerda ego-referente que não tolera ninguém para dividir o que usurparam. Odeio diálogo que mantém nos subterfúgio com os mafiosos, Fórum das América,FARCS, Socilismo Bolivariano e PTs.Eu odeio a obtusidade e a astúcia da Esquerda a separação dos trabalhadores, dos trabalhadores "precários",a arrogância de seus jornalistas, mestres do pensamento exclusivo,da estrita conveniência
Eu odeio a Esquerda que esqueceu de trabalhadores, os trabalhadores "precários" e o desempregado,a Esquerda das Uniões para se manterem no poder, da água,estradas privatizadas e de parlamentários que ganham uma pensão depois de dois e uns semestres.
Eu odeio a Esquerda dos tesoureiros recolhendo centenas de milhões em reembolso de despesas de eleição e aquele organize festivais de festa durante o ano todo.
Eu odeio a Esquerda que não é nenhum comunista mais longo, nem Socialista que avança como candidatos mas os lerdos paquidermes que sempre existiram e devoram a seara dos tetam trabahar e viver com dignidade.
Eu odeio a Esquerda que ataca a represenação inequívoca dos que trabalham e produzem.Eu odeio a esquerda que em público agridem àqueles cujos ,beijam a mão em segredo e os matém na eterna sangria dos que tem dignidade.Eu odeio a esquerda dos que não tem de talento e ali chegaram ,por gritar mais alto. Eu odeio a Esquerda que nunca fez uma lei no conflito de interesses que não os favorecessem,ou aqueles a quem protegem

Eu odeio a Esquerda que esqueceu dos “Francelinos” e reabilitaram,Palocci,.Da morte inexplicável dos contrários(prefeitos) por suas próprias hostes por ousar contrariar...Morte misteriosa do escritor que deu bengaladas em José Dirceu.Esquerda da proteção contra o direito inalinável do TER.Esquerda rubra dos MST,das esmolas travestidas,das proteções deliquentes,do subsidio imoral
Eu odeio a Esquerda que obtém sua nutrição dos Bancos , para sobreviver,
a Esquerda que nunca discute programas mas conversas com adversários com base no percentual que isso pode representar.
Eu odeio a Esquerda das empreiteiras,a Esquerda de "trabalho, trabalhe, trabalho!" dos Sarney Barbalhos,Dirceus,Delúbios,Severinos,Anões,etc,etc,etc por gerações,gerações
Eu odeio a Esquerda do "Richelieu" terrivelmente ruim que reuniu coalizões e alianças nas sombras.A esquerda de Machiavel que venda a alma ao diabo para manter-se no poder
Eu odeio a Esquerda que, para não perder votos, sufoca os verdadeiros Movimentos dos cidadãos dentro seu racional desejo de reformas onde vacas sagradas com barbas brancas estão pastando, e se não tiver sucesso, eles inventam falsos materiais para ocupar um espaço político.
Eu odeio a Esquerda, como eu odeio o Direito, por suas habilidade em levar oxigênio de idéias, para a divisão de cidadãos em facções, Armar um contra o outro com os políticos que agem como árbitros, só para destruição dos ideais do futuro dos nossos filhos.
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A traduçao não está "ipsis litteris " tentei adaptá-la a nossa relidade ,que na verdade é uma só,não importando a latitude.A esquerda é mofada ,rancorosa e estéril.Ela se assemlha a uma praga de predadores,que quando esgotam uma seara parte pra outra.
JATeixeira

A Fábula e a Verdade



A verdade, nua,saiu um dia do seu esconderijo
Seus apelos não eram ouvidos:jovens e velhos fugiram da sua presença.
A pobre verdade morria de frio,sem encontrar um abrigo,onde pudesse viver
Todos eles podiam ver unicamente a fábula,
ricamente vestida adornada de plumas e diamentes,
falsas, mas brilhantes.

Olá,diz a Fábula, Eis-me aqui!
-Bom dia, disse a verdade
O que estás fazendo aqui sozinha por esse caminho?
A Verdade responde: Veja,por si, estou congelando;
Tenho pedido em vão ,ninguém presta atenção ou me dá abrigo!,
Infelizmente, pareço assustá-los !
Parece que os velhos nada merecem.Vejo que eles não recebem nada.
A fábula diz sem vaidade:No entanto, tu és mais nova,
Eu ao contrário,em todo lugar sou muito bem recebida.
Mas,por que a senhora verdade tem que se mostrar toda nua???
Isso não está certo: Olhe, vamos resolver;
pelo interesse comum que nos une,disse a fábula,
fique sob o meu casaco, vamos caminhar juntas.

Junto aos sábios, por tua causa eu não serei rejeitada.
E por minha causa, junto aos tolos você não serás maltratada.
Servindo deste modo, cada um ao seu próprio gosto,
Graças à tua razão e à minha despretensiosidade,
Tu verás, minha irmã, que por todos ,nós passaremos de mãos dadas.
La fable et la vérité.

La vérité, toute nue,
sortit un jour de son puits.
Ses attraits par le temps étoient un peu détruits ;
jeune et vieux fuyoient à sa vue.
La pauvre vérité restoit là morfondue,(tédio)
sans trouver un asyle où pouvoir habiter.
à ses yeux vient se présenter
la fable, richement vêtue,
portant plumes et diamants,
la plupart faux, mais très brillants.
Eh ! Vous voilà ! Bon jour, dit-elle :
que faites-vous ici seule sur un chemin ?
La vérité répond : vous le voyez, je gele ;
aux passants je demande en vain
de me donner une retraite,
je leur fais peur à tous : hélas ! Je le vois bien,
vieille femme n' obtient plus rien.
Vous êtes pourtant ma cadette,
dit la fable, et, sans vanité,
par-tout je suis fort bien reçue :
mais aussi, dame vérité,
pourquoi vous montrer toute nue ?
Cela n' est pas adroit : tenez, arrangeons-nous ;
qu' un même intérêt nous rassemble :
venez sous mon manteau, nous marcherons ensemble.
Chez le sage, à cause de vous,
je ne serai point rebutée ;
à cause de moi, chez les fous
vous ne serez point maltraitée :
servant, par ce moyen, chacun selon son goût,
grace à votre raison, et grace à ma folie,
vous verrez, ma soeur, que par-tout
nous passerons de compagnie.

Jean Pierre Claris de Florian

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Favismo - Fava - Vicia faba L- dicke Bohne –Fève




“la nave cammina e la fava si cuoce” *

Favas contadas, expressão que indica a certeza de que as coisas estão decididas, e que não existe o menor risco de que elas possam ser alteradas.Essa expressão é do tempo que realizava escrutínio com esse grão :Pretas e Brancas.Existe outra expressão:Ora,vá as favas.Querendo dizer:Dane-se ! (talvez tenham a mesma origem, ao que já está decidido)

Gostamos muito de fava,desde de criança era muito comum em nossa alimentação.Aqui em SC é uma ilustre desconhecida (oxímoro)Quando morávamos em Santa Maria a D.Dalva Monteiro, lá de Caçapava do Sul ,entre outros pratos que fazia, gostávamos do aipim a milanesa ,arroz com passas de pêssego e fava ensopada. Aquela sopa de fava ainda povoa as minhas lembranças.Era uma maravilha,onde em meio aquele miúdos de porco e um “sauce” bem encorpado,espesso que com um “cacetinho”(pão francês 50g) acalmava a pior fome.
Depois,já escola superior,estudando as doenças associadas ao cromossomo X,aprendemos sobre o “favismo” ou doença causada pelo consumo de fava,devido a ausência de uma enzima:glicose 6-fosfato desidrogenase (G6PDH).Ainda bem que não sofro dessa deficiência,senão teria padecido das mil mortes de Prometheu.,num castigo redundante e eterno.

A deficiência dessa enzima afeta , em torno de, 200 milhões de pessoas no mundo.A estatística afirma que 13% negros americanos têm deficiência dessa enzima, e que de 5 a 40% nas populações do mediterrâneo,principalmente Grécia e Itália também sofrem dessa deficiência. É interessante observar ainda que as manifestações clínicas dessa deficiência enzimática: costumam ser mais graves na população mediterrânea, de média intensidade no Sudeste asiático e mais brandas na população africana.(Por que mais brandas ? devido a malaria endêmica)

Essa deficiência conhecida como FAVISMO,associado ao consumo ou contato com pólen da VICIA FABA, pode desencadear crises de hemólise. A deficiência da enzima G6PD é a responsável pela manifestação clínica de uma síndrome hemolítica aguda e intensa.Em alguns casos, a crise hemolítica é ligeira, mas noutros é muito acentuada e provoca uma grave situação de choque, que pode levar a óbito.

Nas regiões de malária endêmica, aos portadores dessa deficiência, encontra-se associado uma resistência aos plasmodium, causador da malária, pois esse não consegue sobreviver no interior de hemácias dos portadores de tal deficiência,pois essas hemácias, cuja habilidade para transportar oxigênio, encontra-se alterada,é fatal para eles(é o tal do mal que vem pro bem). Existem indagações que sugere tal alteração ou deficiência enzimática como uma resposta ou adaptação do organismo (mecanismo de defesa) à infecção do plasmodium.Achamos,curioso não existir a sintetização(artificial) dessa enzima

Alguns não gostam do feijão-fava devido ao seu amargor,mas gostamos de sabor amargo da fava do café,da quina,chá-preto pois,ele nos favorece na apreciação do doce,na harmonia dos contrários,como diria Pitágoras.Um prato de fava ensopada,pão feito em casa, formaggio de pecora e vinho tinto, e como sobremesa uma tigela,bem generosa e farta,de pêssego amarelo bem grandes e suculentos com “panna” fresca,Bah!,Digam o que disserem mas, é um dos prazeres simples e encantos da vida virtuosa e feliz,que procuramos cultivar.Epicuro afirmava:”As virtudes nascem de uma vida feliz,a qual,por sua vez,é inseparável das virtudes” .
Excluindo o problema do FAVISMO,pois ela,infelizmente, não pode ser consumida por todos, os privando assim de um deleite ímpar; da mesma forma os que sofrem de intolerância a lactose não podem consumir o leite(escreveremos um post sobre este assunto,pois somente começamos a ouvir de falar dessa intolerância após a pausterização, fazendo crer que o leite em natura não desencadeia tal processo)As pessoas que apresentam deficiência de G6PD ou da lactase,no caso do leite, não devem consumi-la, visto que tal deficiência provoca o rompimento das hemácias, e pode levar a morte.Como nós não temos tal deficiência,vamos consumindo e apreciando um bom prato de FAVAS e sem contá-las,o que é melhor !
SSS.
JATeixeira

Post Scriptum
Quando vieram os primeiros imigrantes italianos, pro Brasil,ele traziam fava para alimentar-se,(a fava é uma grão, que quando seco, resiste melhor as adversidades).Os navios eram movidos a vapor e eles colocavam ao lado da caldeira,um grande caldeirão com fava e enquanto a caldeira alimentava a força motriz do navio e esse se movia,cozinhavam a fava.A Nave “camina” e a fava cozinha !
"a nave cammin e a fav se coce" (la nave cammina e la zuppa di fava si cuoce).

Contos e Imaginação



Adoro uma boa história. Muitos velhos tem esse poder,esse fascínio de contar uma boa história,e hoje,já envelhecido,não aprendi a contá-las mas, ainda ,adoro ouvi-las.Elas me mantém em sobressalto,às vezes com a respiração suspensa,outras vezes sinto que o coração dispara e a respiração entrecorta... como se acompanhassem o rítimo do tropel ou nas “peleias” do campo,nas peleias da vida.Quando criança, ouvia com ouvido cauto e olhos arregalados a cada detalhe das histórias dos desertos e das sua noites claras com mil estrelas que indicavam o caminho às caravanas e me imaginava ,até pensei em me alistar para ser um “legionaire”dans la“Légion étrangère”
Quantas vezes,ao lado daquele “Gramophone” Quanto de “Sherazade das Mil e uma Noites”,Aladim, Barão de Münchhausen,Malazarte, Grimm,la Fontaine ,Fedro,histórias do coliseu e seus gladiadores,de Odisseu,Marco Pólo, Tavola Redonda e muitas outros contos maravilharam a minha infância ,me acompanham... Nós tínhamos,em casa dos meus pais,um grande Gramophone de móvel,como se fosse uma eletrola , e sentados ali ao lado,ouvíamos muitas histórias que ainda hoje povoa a minha imaginação e preenche ,silente,as entrelinhas da vida ao meu derredor.Se alguma coisa,parece não dar certo ,não me afobo ,e se me exalto, me recomponho entrando para esse mundo maravilhoso da psiquiatria dos contos do imaginário humano e dessas experiências e fantasias dali advindas,onde o heroi acaba saindo das enrascado com imaginação,coragem,bom-senso... .Ali tem o VITRIOL,a pedra filosofal ,qual panacéia cura minhas feridas,sara minhas dores,sana minhas dúvidas , saio dali recuperado e refeito para novos desafios.
JATeixeira

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Il Barbiere





C’era uma volta un Orchidophilo che è andato dal barbiere, per taiglare il capello.Dopo del lavoro,domanda al barbiere il costo,voleva pagare ,ma il barbiere rifiuta i suoi denaro e dice cosi:
- “Non si preoccupi,signore , lo consideri un lavoro sociale di questa settimana e per questo,non lo costa niente.
La mattina seguente,il barbiere ricebe uma dozzina di orchidea,mai visto: la bella “Laelia purpurata” e uma nota di ringraziamento da parte del Orchidophilo
Un giorno dopo,e venuto il signore della pasticceria francese .Dopo finito il lavoro,il pasticciero voleva pagare e il barbiere rifuta più uma volta il denaro e dice cosi:
-Non vi preocupativi signore,lo consideri pure un favore socciale,alla comunità . Nell’altra mattina ,viene per lui, sorpreso .una dozzina de pasticcini insieme uma nota di ringraziamento.
Dopo altri giorni, un politico abbastanza conosciuto,com un sorriso furbo sul’labbra, vienne a tagliare il capello.Quando il baribiere finisce il taglio,rifiuta anche il soldi per suo lavoro com le stesse parole:
-”Non vi preocuparvi,consideri un aiuta alla società.(per che non a tagliato il colo,l’aiuta era incommensurabile?)
La giornata seguente,quando il barbiere apre il suo negozio si ritrova uma dozzina di polici di fronte alla sua porta...

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O Aprendiz Malazarte e a Sopa de Pedra






Malazarte se despediu do Mestre e saiu pelo mundo para polir a sua pedra bruta e depois de muito andar e com muita fome ele chegou a uma casa onde morava um casal muito mesquinho. Viu que eles tinham um bonito pomar,uma horta verdejante e muitos animais no estábulo,mas não compartilhava nada com ninguém
- Então ele disse : Bom Dia Sra ! Eu sou um viajante faminto e cansado. Venho andando há muitos dias e...
Interrompendo,disse-lhe a velha:
-Diga logo o que queres, meu marido saiu e eu estou muito ocupada .
Pois bem,diz ele,estou com muita fome. Será que a senhora pode me ajudar?
-Como ajudá-lo,nem o conheço e aqui não tenho nada para oferecer.
- Não, a senhora não me entendeu,não estou pedindo nada . Se eu puder usar o fogão, só preciso de uma panela e um pouco d’água,para fazer uma “Sopa-de-Pedra” .
- Sopa de pedra?
- É... – disse ele, retirando da sacola três seixos de pedras, bem polidos .
– Com estes “seixos” aqui ,tenho feito a melhor “sopa-de-pedra” do mundo.
A velha mesquinha e curiosa atendeu ao pedido do Malazarte e lhe deu uma panela de ferro.
Malazarte, encheu a panela com água,deu três batidas ritimadas com as pedras :toc.toc...toc jogando-as dentro e botou tudo no fogo. Quando a água entrou em ebulição, ele experimentou e disse:
- Hummm!!!... Esta sopa vai ficar ótima... Só está um pouco insossa .A Sra. Não tem um pouco de sal ? Sabe,Sra, o sal é o tempero da vida !
- Claro, disse-lhe,ela, lhe alcançando o saleiro
Malazarte pôs três pitadas e com uma trolha bem longa ele a agitou a “sopa”,experimentando novamente .
- Ótimo,está ficando excelente.A Sra. Não teria um pouco de tempero,tipo alho,cebola,pimenta? Isso acentuaria o sabor e a deixaria a sopa mais cheirosa e apetitosa
-Claro, tenho uma horta com tudo isso,já trarei.
- Malazarte ,acrescenta tudo de três em três ao que a mulher curiosa lhe pergunta.
-Por que sempre você acrescenta sempre de três em três ?
Ao que ele responde:
O meu mestre é o melhor “chef cuzinière do Oriente da França” e ele dizia :”três são as verdades que sai da boca de Deus:”Sabedoria,Força e Beleza” Pois com sabedoria estou fazendo essa “sopa-de-Pedra”Com a Força do Fogo eu transformo o alimento que preciso e a Beleza é o reflexo da felicidade que fica por sermos gratos, por ela nos ter saciado a fome.
A velha foi rápido buscar o que Malazarte pedia e se esmerava para observar e aprender para fazer aquela sopa de pedra,pois pensava que certamente poderia economizar bastante com receita tão simples.
Malzarte acrescentava os novos ingredientes na panela ,usava a trolha para mexer e em seguida fazia um ar de interrogação, dúvida.
- O que foi? – perguntava ela.
- Está cada vez melhor,mas parece-me que falta alguma coisa.... Quem sabe uma fatia de lingüiça ou carne...
Ela mais do que rápido já providenciava
– Se é uma sopa tão maravilhosa, não vai ser por falta de três fatias de carne que vamos alterar essa maravilha.
Malazarte repetia seu gesto mágico, de três em três, precipitando tudo na panela. E em seguido,respirando profundamente,repetia:-Tá ficando bom!
- Ela está boa de sal e tempero,portanto saborosa.O que será que o meu mestre poderia acrescentar para ela ficar com beleza?
-Ah! Já sei está faltando alguma coisa na cor,não achas?Quem sabe algumas folhas de couve ,uma fatias de cenoura, umas batatinhas,não resolveria esse impasse?
A mulher mais do que depressa providenciou o solicitado pelo Malazarte e já não se limitava a olhar, estava ajudando como um bom aprendiz,afinal ela queria saber todas as etapas daquela sopa tão maravilhosa . A sopa borbulhando espalhava no ar aquele perfume, que abre qualquer apetite,mesmo os fechados a sete chaves.
- Pronto! Agora ela está justa e perfeita! Traga-nos os pratos,ele disse.
Nisso,chega o marido e ela disse :
-Aprendi hoje a fazer a melhor sopa do mundo ,vais ver só
Ela trouxe três pratos, e ele serviu. Enquanto ela observava para ver o que ele faria com as pedras Ele as retirou ,uma a uma, as embalou cuidadosamente e as guardou . E ela perguntou.
-Queres me vender essas pedras? .
- As pedras? Não,não posso eu ainda as estou polindo.Mas,te dou três pedras brutas , quando elas estiverem polidas, já saberás fazer uma boa sopa !!!

Sapientia, Salus e Stabilitas

JATeixeira

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Felix Felicis:impressões




Quando fizemos o vestibular, muitas pessoas nos cumprimentaram por havermos passado.Tivemos um professor de Física,pequeno,”miúdo”,César, da Fortaleza de Mathias Becker,que nos perguntou,assim:Pensaste em mim,ou lembraste de alguma coisa que te ensinei,nas minhas aulas?Timidamente ou sem saber o que responder, afirmamos que sim. Então ele ,somente assim, nos congratulou. Hoje tanto tempo decorrido daquele episódio, podemos concluir que: o que resta, o que sobrevive realmente desses que marcaram as nossas vidas, são esses episódios gravados, indelevelmente, em nossas memórias.Não é o tamanho que tinham ou aparência ou quem sabes uns trejeitos estranhos ou aquele sotaque típico dos “pápa-maricos”;muito dessas ocasiões,ainda não desbotaram,permanecem incólumes e intactas,embora tantos ou tantíssimos anos já tenham passado.Ele, entre muitos, permanece redivivo nas nossas memórias.E mesmo que não tenhamos lembrado dele, naquele dia fatídico de “Angst” e sobressaltos do vestibular,a sua presença permanece intocável,inalterada nesses labirintos que nos compõe.E quando esses liames de caminhos invisíveis se abrem nos corredores e vielas das nossas memórias ,inevitavelmente,outros também surgem e os fazem companhia,parecendo querer dizer:-“Nós estamos aqui também!” Foram professores,colegas,amigos e mestres.Ainda temos anexo,em um recanto qualquer tipo “PS” ou Post Scriptum” a lembrança do telescópio.A cada vez que pensamos em “Telescópio”abre-se esse anexo, onde está gravado em negrito e sublinhado a proposta que eles nos fez : trocar um telescópio por um relógio Seiko.Que infelizmente,pra nós, não se concretizou.Mas,entre muitos professores e mestres que tivemos, um dos quais temos uma grande parcela de gratidão entremeado aos risos e boas lembranças desses momentos “Zeitgeister “ é do Mestre Felix e suas aulas de português,onde semanalmente,aos sábados ou seria sexta-feira(?),que importa o dia ,nós nos apresentávamos cantando alguma coisa para melhorar a nota e mais do que a nota essas sessões nos melhoravam...e fizeram com que déssemos passos mais seguros na vida:A apresentação pública,quebrava o receio, a timidez e disciplinava a voz e postura diante dos colegas,nessas manifestações que ainda hoje reverberam nas minhas lembranças.Tínhamos um colega “Sorriso”e o seu odor inconfundível de PHEBO, invariavelmente cantava “Yesterday”.E o Miguel,fazia o acompanhamento, magistralmente,com o violão.Digo magistralmente,pois sem nenhum ensaio,ele se contorcia pra encontrar os acordes necessários à apresentação. E hoje, embora distanciado de tudo e de todos esses “Zeitgeister” que compõe as nossas lembranças. Podemos afirmar que eles permanecem e formam um lastro importante e são revividos, vez por outra: acordam e desfilam, como se ontem fôra.E à todos esses, a nossa eterna gratidão e por terem feito parte dessa nossa jornada e contribuído,de alguma forma, nessa formação e mesmo que não nos vejamos,jamais;tal qual tijolo eles fazem parte da construção, desse arranjo de carbono, água etc., que somos todos nós.
JATeixeira

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Péricles - Discurso aos atenienses


Propomos a todos ler e celebrar o discurso de Péricles, feito aos ateniense e embora essas plavras tenham sido escritas e pronunciadas há tanto, soa surprendemente atual,bastando substituir a Atenas para o nosso momento histórico, onde o medo não é mero simbolismo troiano
Águas turvas que podem apagar o brilho dos olhos e deixar um gosto amargo de um sentimento de perda e a sensação de abandono que se apodera das nossas esperanças mais simples..

Péricles - Discurso aos atenienses, 461 aC
Aqui em Atenas ,nós fazemos assim:
. Aqui o nosso governo favorece a muitos, em vez de alguns, a isso chamamos: democracia.
Aqui em Atenas nós fazemos assim:
-As leis asseguram justiça igual para todos nos seus litígios privados, mas nunca ignora os méritos da questão.
Quando um cidadão se distingue, então, será, em detrimento de outros, chamados a servir o Estado, mas não como um ato de privilégio, e sim como uma recompensa ao mérito e a pobreza não é um impedimento,para isto
Aqui em Atenas nós fazemos assim:
A liberdade que desfrutamos se estende também à vida diária; nós não suspeitamos uns dos outros e não nos aborrecemos nunca com os nossos próximos,se lhes agrada viver a sua maneira.
Somos livres, livres para viver como nós gostamos e mesmo assim,ainda estamos sempre prontos para enfrentar qualquer perigo.
Um cidadão ateniense não descuida dos assuntos públicos, mesmo quando atende aos seus assuntos privados, mas sobretudo não utiliza do expediente público para resolver seus assuntos particulares , pessoais.
Aqui em Atenas nós fazemos assim:
Nós temos sido ensinados a respeitar o poder judicial, e nós fomos ensinados a respeitar as leis e não esquecer nunca que devemos proteger as vítimas.
E também fomos ensinados a observar as leis,mesmo as não escritas mas que são universalizadas pela justiça e bom senso .
Aqui em Atenas fazemos assim:
Um homem que não se preocupa com o Estado,nós não o consideramos inofensivo, mas sim inútil, e poucos são incapazes de dar a vida ao Estado e aqui em Atenas nós podemos julgá-lo.
Nós não consideramos a discussão como um obstáculo no caminho da democracia.
Nós acreditamos que a felicidade é fruto da liberdade, mas a liberdade é apenas o fruto do valor.dessa mesma liberdade .
Em suma, eu proclamo que de Atenas é a escola da Hélade, e que cada ateniense cresce desenvolvendo em si uma feliz versatilidade: a fé em si mesmo, e o preparo para enfrentar qualquer situação e é por isso que nossa cidade está aberta para o mundo e nós não expulsamos nunca nenhum estrangeiro .
Aqui em Atenas nós fazemos assim..
Péricles - Discurso aos atenienses, 461 aC