segunda-feira, 13 de maio de 2013

Pensée devant ta photo






Olho essa tua foto, tão distante.
Aprisionada entre a fronteira do imaginário e do real
Penso no que foi e no que poderia ter sido
Em meio a ternos suspiros adormecidos,
Dos risos pequenos e bem guardados,
Como trinados nos fim-de-tarde, dos pardais...

E em meio  as  essas possibilidade impossíveis,
Das dimensões  entrecortadas, dos desvios,
Das  velhas sendas  e  trilhas, que preenchem
Os anseios e as casualidades outonais

Ah! Se essas entrelinhas pudessem expressar 
Os sentimentos  e os suspiros animadas 
Que como  imagens se formam, fora das retinas
São como  as pequenas colibris bailarinas 
Que esvoaçam entre as gotículas de luz casuais

Em meio a essa materialização possível
Que essa eterna magia possibilita,
Vence o tempo e se contrapõe a finitude.
Resgata o átimo e anula  a trapaça, que  vida  dita
Rompendo a barreira e restaurando o elo
Do  riso tímido e singelo e o que nos resta e nos agita...

Nesses momentos que nunca se foram...
São como luz nas aquarela,pintadas a ouro
Resplandecem teu riso e teu meigo jeito
De olhar distante, mas ali refeito
Da alegria  e pensamento incógnito
E cujo momento reconfortante é recomposto
Permanecendo para sempre o rosto,
Prisioneiro perene da retina.
JATeixeira – outono 2013

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