quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

vulnerant omnes, ultima necat


As Palavras e o Destino.

Os sábios sempre insistem para que cuidemos das palavras que iremos proferir, que as mensuremos,antes de o fazer.Elas são a representação silenciosa da nossa própria morte. Ouçam mais do que falem, dizem eles: O silêncio é ouro.O Carrasco sempre pergunta:"Quais são as suas últimas palavras ???" Pense bem antes de dizer !

Quando nasce uma criança tudo nela já está definido:A sua altura,a cor da sua pele dos seus cabelos,dos seus olhos.o número de passos que dará na vida,o número de amigos que terá.A má escolha pode desperdiçar, acelerando ou retardando o fim.Pois,se deveremos andar hum milhão de passos e os desperdiçarmos por caminhos inúteis,teremos nós mesmos,apressados a nossa própria morte.Se teremos que seguir por caminhos fúteis ,desperdiçaremos a nossa própria jornada,se apostamos nas más escolhas ,soterramos a nossa própria ventura.Se escolhermos más companhias seremos atirados aos lobos do caminho do fim.
As palavras, como tudo mais,apenas assinalam como os relógios, o número horas que viveremos,o número de coisas as dizer,e não devemos desperdiçá-las, assim como as horas, em veleidades

Nas torres dos campanários da idade média,encerravam-se nos relógios a frase fatídica e ameaçadora,que marcam os destinos de todas as vidas: vulnerant omnes, ultima necat-todas elas ferem,a última mata. Por isso os velhos sábios,que não contam todos os segredos,para também não desperdiçarem suas própria horas,suas próprias vidas;eles nos falam de maneira enigmática, e teremos que aprender a ler as entrelinhas para extrair a nossa própria conclusão .No silencio está a sobrevivência das palavras, que nada mais é do que a nossa própria sobrevivência.

JATeixeira

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