domingo, 29 de abril de 2012

Templo:Harmonia e Luz

Vimos “une plache” suíça (Le Temple, lieu sacré Alain Bernheim) que trata da Luz e da Harmonia existentes nos Templos, e como compartilhamos de pensamento idêntico ,procuraremos aqui,abordar os tópicos que mais nos chamaram atenção. Sempre acreditamos que algumas coisas não estão sujeitas as regras dos modismos, são imutáveis como se LANDMARKS’ de fato fora ,não estabelecidos por vontades ou vaidades humanas,mas algo que transcende essa vanidade que leva grande maioria a substituir orientações ou modificar comportamentos,sob certas influências .O equilibrio existente nesses tripé , parece ser parte do caldo primordial e o afastamento desse, gera um desequilibro nas esferas da árvore da vida, que afetado ofusca a Beleza enfraquece a Força e afugenta a Sapiência, pilares presentes nesses sacrossantos ambientes.Por isso,não sentimos nesses suntuosos edifícios modernos cujos os seus “construtores” abandonaram o padrão milenar de construção e que fogem dessa essência ,a Aura presente nas construções antigas onde é possível sentir vibrar as energias que ali pulsam e nos envolvem numa atmosfera espiritualizada.Nos modelos da arquitetura moderna que foge desse padrão, a inspiração da Beleza , a pujança da Força ou o discernimento da Sapiência não estão ali ... Os antigos Templos são compostos muito mais do que pedra e argamassa, eles abrigam toda a energia dos que passaram por ali e foram inspirados e compuseram orações e hinos de louvor ao Criador .Eles abrigam esperanças e fé Eles têm alma própria e é uma das casas do Senhor.Não esse senhor das religiões,mas o Senhor da religiosidade,O Senhor de todos os tempos,de todos os povos,de toda a vida animada ou não.Os Templos embora tenham sido usados pelas religiões, eles estão além desses credos .e como Jeremias ordenou que parasse o sol,muito utilizaram de carisma semelhantes para se sobrepor a essência destas e como Jeremias o sol continou a brilhar ,os Templos estão além desses e permanecem a espera que dos podem sintonizar com os seus propósitos e os entenderem...
JATeixeira

Sem o Templo, o homem seria um Ser dispersado.( Bachelard) “.O Templo como a casa ,está ali imóvel no espaço ,sempre pronto à acolher, à proteger...Ele é ponto de reparo,Estrela Polar....O Templo atrai,reúne,conserva .Mas se o Templo é uma casa,mas não é qualquer casa. Pois, para que esta casa se torne um Templo é necessário,como diz R.-A. Schwaller de Lubicz « Dar a casa a seu mestre »,isto equivale dizer :”A tornem propícia a vinda do Mestre e ele lhe dará alma...” O Templo não é a mesma coisa que uma igreja.É um lugar que leva o ser humano além de si mesmo.Dentro do Templo,o homem submetido ao que normalmente é incapaz de compreender, ele se torna consciente de um estado de ser que o pensamento racional não pode fazer ... É por isso que o templo só pode estar na imagem do universo, isto é, do Céu, o símbolo do céu e todas as suas influências ... " E embora o Templo não seja uma fortaleza inexpugnável ele oferece segurança,proteção E embora pareça ou seja um refúgio precário por não ser uma fortaleza ele transmite a sensção de proteção universal simbólica,numa " confiança cósmica”.É como se ali,assumissemos uma forma de mimetismo, em relação à confiança do mundo no universo. “Esta confiança no universo,o homem transmite no Templo,porque há uma comunicação dinâmica entre seus ocupantes e o Templo como um lugar de refúgio.O espaço simbólico do Templo se confunde com o Universo,e então o espaço habitado transcendo o espaço geométrico.” “O Templo não é só a imagem do universo,ele tem as dimensões deste. A infinitude do universo está contido no espaço limitado, ele quebra as dimensões humanas, e esta explosão geométrica é encontrado na dimensão espiritual.Isto porque as dimensões do Templo são sub-humanas,supra-humanas e o espírito de seus ocupantes pode se elevar além dos limites habituais.”
“O templo é como um acumulador de forças,no uso das forças conjugadas, daqueles ali reunidos.;realizam sobre cada um como em uma pilha atômica onde os átomos colidem para liberar a energia.No Templo, as sensibilidades colidem para avançar em direção à luz. Porque o Templo é também o símbolo de transporte do homem na obra cósmica”.Onde ,"O corpo mortal animado pelo sopro imortal, torna-se o Templo”. Este Templo microcosmo, é cada individuo cada ser humano. Pois o Templo está no Homem, no sentido de que o homem é o Templo de trabalho natural, como o Templo como uma obra humana pode ser a imagem do homem.” Aqueles reunidos no Templo deixam a dimensão habitual do espaço-tempo para se reencontrar dentro de um infinito atemporal que pode ser sentida como um centro vital,onde tudo se reúne pra se fundir em uma equivalência de unidade primordial.A síntese é feita por confrontação das diferenças ,das disparidades que se enriquecem mutuamente,atingindo a uma quase perfeição.Lá, se encontra a resposta às questões mais fundamentais,mais misteriosas.Cada um é capaz de descobrir e entender, por pouco que se deixe penetrar por essa atmosfera,por essa egrégora. . “Em todos os tempos ,os Templos foram e são ainda lugares cobertos,isto quer dizer ao abrigo da luz solar direta as espessura das suas paredes perfuradas com poucas aberturas criam uma penumbra permanente no seu interior” “Porque esta luz cujo fluxo ilumina os que ali se encontram não são os puros raios do sol.É uma luz filtrada pelos vitrais coloridos,que não deixam passar mais do que os raios suaves,os mais puros,prendendo e absorvendo os raios agressivos do sol.Já não é a luz do sol assim que penetra e ilumina seus ocupantes,é um equivalente simbólico da luz da lua,que é da iniciação e da busca espiritual.
Nesse lugar sagrado o homem é como uma massa.Após ter sofrido a ação dos três elementos que o formaram,ele vai sofrer a quarta que culminará ,por conduzi-lo a perfeição. Depois que a terra deu o trigo,de onde se extraiu a farinha,a água permitiu a transformar em massa.E assim amassado e misturado com o levedo,cresceu sob o efeito do ar que ele armazena.Então,no forno,o fogo vai completar esse trabalho da natureza e faz dessa massa indigesta, porque inacabado, um pão dourado é semelhante a um metal vulgar que o contato com a pedra filosofal o transforma em ouro.Suas qualidades gustativas e suas virtudes nutritivas vão dar ao homem a força vital que ele precisa,tudo como o conhecimento adquirido no Templo,vai o tornar forte e consciente face as aparências de um ambiente frio e hostil... Dentro do Templo,cada um é alquimista e cada um é metal.Dentro do templo,cada um se agita sobre si mesmo para melhor conduzir sua própria transmutação,para se transformar simbolicamente e moralmente em ouro”
Original frances traduzido por JATeixeira
daqui:
http://www.freimaurerei.ch/f/alpina/artikel/artikel-2003-2-02.php

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