Líamos em uma pagina
de “La Repubblica”
considerações sobre a maneira de como nos saudamos ou nos cumprimentamos: (“Non c’ è peggior modo di salutare che dire SALVE, parola che,
di per sé fredda e sgraziata, viene quasi sempre gettata, più che detta...”)- “Não existe pior maneira de cumprimentar à alguém do que
usar SALVE,palavra que por si só é fria e desgraçada,vem quase sempre jogada,ao
invés de dita...”tradução livre.
A imagem revela a saudação articulada, elaborada e falsa
Nós acreditamos que o próprio étimo latino salutāre,por si só já indica que desejamos
saúde a outrem ,quando o cumprimentamos.Os latinos ainda expressavam-se
assim como quisesse exprimir um desejo profundo de almejar saúde,pois (salve)salvere significa dizer:esteja
bem,com boa saúde,passe bem.Ainda hoje encontramos, com bastante frequência,
pessoas de mais idade dizer quando se despedem:Passar Bem!
Mas,os rótulos,a mácula, o modismo das marcas que tingem...
nem sempre
portam as cores felizes das
tardes ensolaradas de primavera,muitos ou talvez pessoas rançosas joguem as
palavras, com diz o articulista,cumprindo um mero ritual de civilidade ou um
mal estar interior de uma noite mal dormida,ainda com hálito acre da pinga
barata.
Não importa com saudamos à alguém.A melhor saudação pode nem
ser dita.Muitas vezes
um olhar ,com
olhos vívidos e brilhantes acompanhado de um sorriso, ou em outras,um
olhar meigo e carinhoso,para a bem-amada ,revela
a “tenerezza”o que temos dentro de nós mesmos e é essa ternura
que usamos
para trocar.A saudação não é mais do que uma
troca.Não é a palavra em si que
desagrada, é a maneira como ela é dita.A
frieza não está na palavra .As palavras em si mesmas não tem nada.O tudo ou o
todo portamos nós,está contido na singeleza dos nossos gestos ou na
rigidez do nosso coração ,que exprime a frieza e a dureza que ,vem de
dentro, atravessa as retinas e fulmina ou explode em alegria e melhora os
nossos dias e dos nossos pares...
E na verdade, o que importa nisso tudo é o que nos revelamos
nesse gestual simbólico de cumprimentar e
revelando o que nós somos e se outrem,a quem cumprimentamos, não encontra-se
bem no momento desse cumprimento, pouco
importa.Nós estamos,exprimimos e manifestamos o melhor de nós mesmos e não
devemos nos curvar diante da insipidez e
malevolência de outrem ,onde o que importa é o que nós somos e não o que os outros querem nos
tornar: amargos e iguais a si mesmos. É
preciso que se aplique a onde formos, as virtudes que temos aprendido, tanto na
em elevação de templos a tais postulados que nos melhoram e nos evoluem,quanto
nos opor tenazmente aos seus contrários,cavando-lhes masmorras e enterrando no eterno esquecimento tais
atitudes mesquinhas e de estranhas bizarrices.
Às vezes,as palavras podem ser ditas com reserva
e acidez e quaisquer que sejam, até sobre o Amor,pode se revelar em
um rancor mecânico e doentio.Quando éramos criança ouvíamos os velhos
usarem essa palavra:SALVE.Para nós crianças, a associávamos a vida e a
morte.Quem está salvo?Do que ?Outros, usavam a sua correspondente latina Ave!Alguns
outros, usavam Viva! Ou sua correpondente latina: vivat.vivat aeternum vivat !
Acreditamos que a melhor maneira de saudar a alguém é com um riso farto e
franco que nos aflora os lábios ,vindo de dentro dos nossos desejos
não importando a palvra em si mesmo e sim a conotação dada,evoca,desejada e que iremos exprimir seja Salve, Viva,Bom
Dia,Olá ou simples e singelo Oi, onde o que
verdadeiramente importa é que esse
sentimento se expresse e se revele de acordo com a frequência que é emitida e vibra
dos acordes mais profundos do nosso coração!
Tenham todos um Bom Dia !
-”Ma,Salve tche! Te aprochega,índio véio!
”Puxa o banco e vai sentado!.
Pois enquanto a chaleira chia o amargo vou cevando”!*
*-do romanceiro
popular gaúcho
JATeixeira
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