terça-feira, 30 de setembro de 2014

Das verdades e das gentilezas:Escolhas




Obsequium amicos, veritas odium parit,

Em tradução literal , significa  dizer: "O favor gera amigo, a verdade gera ódio"Terêncio- Andria, a. I, sc. I, verso 68)

Embora essa tenham sido um prática nefasta, não apenas em terras  tupiniquins hodiernas,mas uma constante que se perde nas brumas da história.De onde podemos  deduzir: aqueles que se dizem amigos e se aproximam no intuito do favorecimento,não podemos considerá-lo como tal.Por outro lado devemos nos preocupar com esses, diante de tais recusas ,que podem desencadear o ódio persecutório,pois como se refere Terêncio:“Veritas odium Parit”


Bem,sobre a Verdade .acreditamos que a afirmação : a”Verdade gera o ódio” ,ressoa como se a Verdade de per si  fosse a promotora do mal, isso nos parece de um rigor excessivo.Pois acreditamos que não é a verdade que faz o mal ou o bem.
Se é conveniente que um situação seja apresentada como verdadeira, embora possa trazer malefícios a alguém ,ela,a verdade, não está ajudando ao mal e sim demonstrando a característica que lhe é particular,sua própria face.Se ao contrário,o bem é objeto da questão ela não é passional e nem por isso irá gerar um benefício a esse, por se tratar do bem.Ela não favorece nem  ao bem nem ao mal.É como se fosse amorfa.Mas,no entanto ela não é amorfa. Ela tem a sua própria forma.O que ela toca,como Midas,revela a face do tocado em sua  própria essência,não a face do verdadeiro ou de seu oposto a “menzogna”.Se ela toca o bem este se revela,se toca o mal esse é exposto,pois é da sua essência essa característica intrínseca.
  


A franqueza por outro lado, tanto para o mal como para o bem no seu exercício excessivo, pode causar muito mais desajustes  ou dor do que alegrias e contentamentos.Pois ela,no ato de dizer o que acha certo. pode partir de premissas verossímeis e irreais em afirmações que crer como justa.
Os malefícios ou as benesses,por sua vez, estão atrelados uma ao outro, depende unicamente das nossas escolhas ,são como a Luz e sua sombra.
As admoestações e reprimendas,muitas vezes nos doem, mas servem muito mais para nos corrigir do que as adulações e os vãos elogios.

Quanto a Verdade,entendemos essa como a expressão sublime do UNO e o ESSE não faz o Mal ou o Bem .
Espiritualmente, os  passos  que  nós daremos  ao longo da nossa existência, é quem define o  nosso caminho e o resultado  do que essa caminhada  nos reserva:nós mesmos somos os responsáveis por tais atitudes,por tais decisões.Nós somos livres para usarmos essa “ferramentas” o Bem ou o Mal. E esses  são meros instrumentos, que dependendo das nossas escolhas,nos eleva ou arruína como consequência no destino final da caminhada.É como na parábola do semeador.Os que semeia em terra férteis, certamente terão boa colheita e pelo contrário os que desperdiçam as sementes em más  escolhas,em caminhos tortuosos terão que vencer as adversidades e repetir as experiências até que acertem,quantas vezes se faça necessário.


Então a vida passa a ser um LOOP eterno de repetições,que só são desfeitos quando se acha a sapiência,o caminho do meio para o UNO.E é nesse tripé ou triângulo que pêndulo se estabelece e que devemos nos ater, pois o caminho para ascensão,ou para sair desse Loop eterno,encontra-se no vértice da dualidade entre o bem e o mal,tentação  constante nas nossas vidas e que só atingiremos na nossa ascensão, no Equilátero: o triângulo da perfeição;

O triângulo Isóceles, representa a nossa dualidade, desses opostos que se contrapõe e nos indicam, cada um ao seu jeito o caminho diverso e oposto que devemos escolher para trilhar.E nessa Trindade, vértice formado da junção dessa duas linhas encontra-se o Sublime:O LOGOS. O triangulo de isóceles da representação do humano que nos divide entre  dualidades, que ditam as nossas escolhas, converte-se com as nossas boas escolhas e  passa a ser um equilátero, onde a representação do sublime se equaliza no pêndulo, que pende desse vértice


Os atos rebeldes em  contrariar ou contestar o que está estabelecido nos faz repetir indefinidamente as nossas ações num oroboros eterno que só será alterado quando escolhermos a senda certa,é como se fosse um quebra-cabeças que para achar a saída é preciso cumprir um ritual penitente e de  purificação alquimica e assim, o que está nos reservado  e a nós se destina, não poderá ser alterado.Todos temos o livre arbítrio para tentar contrariar essas premissa e todos, ao longo de suas vidas, repetem essas tentativas de erros e acertos até encontrarem o caminho da LUZ.Tateamos em uma via destinada unicamente a nós mesmos e instintivamente caminhamos para ela.




JATeixeira

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