terça-feira, 7 de abril de 2009

Arte e Anti Arte



Realmente é gratificante saber que não estamos sós, nessa imensidão de universo, mesmo que esse nosso habitat esteja num interior provinciano, longe dos Louvres,Maspes ,tertúlias literárias ou quaisquer meios, eventos ou lançamentos. Embora estejamos rodeados por gente com um sotaque carrrrregado e viciado; mas assim mesmo, acabamos encontrando energias que correm no mesmo sentido ou direção ,mesmo que em uma tênue linha paralela ,as idéias seguem sem jamais conflitar e por isso mesmo elas crescem... E a arte que brota ,pode ser pura e sem influência nefastas dos momentos: politicamente isso,politicamente aquilo.


Lendo ou melhor relendo um recorte de jornal de uma segunda-feira(10 de março de 2008-Jornal SC)vi um texto interessante e com quem comungo plenamente, do Sr. TENFEN,Maicon que indaga :Isso é arte ? E tece comentários bem humorados e pleno de eufemismo a cerca de sua visita a uma galeria de arte(?!) onde tudo é possível à pretensa arte livre e moderna ,ou onde os medíocres “se acham” e pensam ser tudo possível e permitido em nome dessa arte ,que pensam representar.Ali naquele espaço ,tais artistas(?) se sentem iguais a Monet,Van Gogh,e tanto outros ,que se for citar todos, tudo que vou escrever vai ser um mero apêndice .Alguns gostam de PP,que até virou nome de carro. Eu não gosto .Aquela cidade ali pintada, vítima de um bombardeiro, que nunca foi alemão mas, do seu Generalíssimo matando comunistas,como também o bombardeiro de navio brasileiro,à mesma época, por alemães,foi uma encenação.Tal tela não fosse a motivação política ,embora falsa, contra os vencidos estaria no museu dos esquecidos.Mas tal protesto dado as condições ,seria dito ativismo hoje ,tornou-o uma estrela e qualquer excremento que saísse de seus pincéis seria considerado arte . Ele é visto como Toulouse-Lautrec,Auguste Renoir, etc.

Na minha miopia artística, aquilo não é arte mas uma caricatura disforme e grosseira de uma mente perturbado.Já vi muita arte dos internos. Traços fortes,cores vivas ,assuntos surpreendentes.Mas são mentes perturbadas e com tal tem que ser tratados . No entanto os ícone não podem ser atacados, são santos.Ele,PP, tornou-se, como tantos da mesma estirpe, um ícone. A iconografia é longa.

A história diz: se alguém mata um, ele é um homicida e tem que julgado como o tal, porém se mata muitos,recebe uma medalha, é um herói, como Stalin. Devemos dar-lhe uma estátua .Mas eu, também simplório em arte e como o sapateiro de Apeles “Ne sutor altra crepidam”não vou além das sandálias, pois certamente com mais conhecimentos os poderia dissecar melhor e expor-lhe as vísceras,me sinto incapaz de traduzir em palavras o que realmente me causa tais disparates; no entanto como observador,sei do que gosto e o que refuto,o que ouço ,o que repudio e a hora de desligar o radio ou a TV .


Lembro de um colega de escola, ginasiano como eu, que escreveu um livro de poesia, àquela época. Hoje, dizem que ele é um cineasta,fico a imaginar o tipo e arte que dirige ou cria, pois não vi nenhuma. Pois bem,no seu livro ele deixou uma página totalmente em branco com ponto preto bem no centro, a outra totalmente preta com um ponto branco bem ao centro.Cada página se repetia tais disparates literários(?) Isso até me lembra a piada da égua pocotó,escrita por um interno: era só pocotó....até o final ! Cada página da sua excrescência, desculpem ,da sua obra-prima era isso :páginas em branco,páginas em preto, páginas com letras distorcidas...etc;etc.Mas eles, como outros tantos, tem os seus admiradores e seguidores .

Quando assisti ao filme Teorema ,de Pier Paolo Passolini, professores ,colegas e eruditos de plantão, teciam os maiores elogios , aquilo era sagrado, era o máximo do máximo:sublime,inatacável. Lembro-me da cena do Pintor jogando tinta azul sobre uma tela para em seguida urinar sobre ela ;a professora de arte e literatura dizia que era o acme ! E expôs ,longa e pausadamente as explicações sobre o desabrochar da liberdade .

Quando escutamos um sabiá cantando ao amanhecer ou ao anoitecer não se faz necessário que algúem nos explique a sua melodia,ela por si só é maviosa e cativante. Entendo que arte em sua manifestação pura e plena é por si só elucidativa,ela comunica ao interlocutor o que quer dizer ,pois se for depender de interpretação ,cada um a interpreta ao seu modo ,distanciando-se até do que o autor quis dizer.
Ainda bem que a minha ignorância é tanta que não me permito ao luxo ou ao dissabor de desperdiçar meus quatro neurônios capengas, nas suas sinapses mais simples em estudar ou acrescentar tais eruditos a minha lista de leitura, estou limitado por duas paralelas, entre colunas e as sigo como o “fiel mais crente ,dentro das generalidades descrentes ,que a substância cósmica evolui” Esperando que em um futuro ,não muito distante,o lixo ,realmente vá para o lixo....Porém quando vejo o que se oportuniza ao RAP, penso que estamos indo em direção contrária... E ainda dentro desse tópico o RAP passou a ser imitado em todo mundo,porque vem do ninho da águia ,mas as origens ,tão antigas quantos os menestréis e trovadores da idade média,já está na saga dos trovadores e cordeleiros das feiras livres do NE do Brasil:São as emboladas,os repentes,os desafios .Mas esses não tiveram chance de crescer...

Mas, como os estudantes citado pelo Sr Tenfen,que refutaram o lixo do artista exposto, podemos ver que nem tudo estar perdido .É preciso ensinar aos jovens a arte de pensar e eles por si só, descobrirão o caminho a seguir. À minha época de ginasiano, nos limitávamos a repetir, como gagos naquele tatibitate, o que os professores diziam; hoje vemos que muitos estudantes podem ainda nem ter um Norte definido para seguir, mas certamente a direção que estão apontando pra eles ,não é aquela que eles querem ir...!

JATeixeira

A obra de arte(?) acima é da Finlândia
Finnish artist Mimosa Pale feels the world is too man-parts-centric. We’d agree. However, we’re not sure what to think about a form of protest that includes thrice weekly cruising the streets of Helsinki. inviting its inhabitants to take a ride by slipping inside her giant disembodied vagina mounted on top of her bike taxi. It’ll invite discussion for sure, and yes, that is one of the expressed objectives for this mobile art and protest piece. But what does “Oh my god, there goes the giant vagina bike taxi again” do to help the distaff-first movement anyway?

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