quinta-feira, 8 de setembro de 2011
USE –União Santamariense de Estudantes
Nos anos 70 quando estudávamos em Santa Maria,no colégio Maria Rocha,moramos numa “toca” inacabada, de um projeto de casa de estudante,na rua do Acampamento bem perto do colégio Centenário.Éramos em 10: Flávio,Eu,Nelson Kist(São Pedro)Djanir Cassol(Jaguari)Inácio Becker(Tapera) e Paulo Tischer(Selbach)Ivanir Secco,Valdir Zampieri ,Luiz CarlosMarasca(Giruá)e o Zeux
O Flávio era de Caçapava,milico preguiçoso e dorminhoco que invariavelmente “queimava” a hora de ir pro quartel,isso qando não queimava o colchão da cama,pois ia dormir fumando..Ele quase todos os dias chegava atrasado e pedia que eu o chamasse na manhã seguinte.Sempre,como de costume,acordava cedito mateava um pouco e o chamei:-Flávio tá na hora! Ah! Tá,já vou,disse-me ele .E novamente “queimou” a hora,chegando atrasado. Lá pelas 10 horas ele disse.:-“ Mãs bah,tchê,tu não me acordaste?” Pois,olha vivente,te chamei algumas vezes,disseste que já ias levantar.-“Mãs,bah guri,eu não podia faltar mais!” Amanhã,tu me acordas? Bem cedo.Vê se não esquece.”
-É pra acordar mesmo?De qualquer jeito ?-Sim,disse-me ele :-“Tens que me chamar!”
Na manhã seguinte.-Flávio,ô Flávio !,chamei-Já vou...! Respondeu ele.Na segunda chamada,peguei a cama pela borda e levantei ,derrubando-o no chão: - Também,não precisava exagerar,né tchê !,Disse-me ele. Depois dessa carinhosa maneira de acordar,ele nunca mais pediu que o chamasse.
Ali tinha o “Seu” -"F"Schmied- metido a Don Juan que, às escondidas namorava a Terezinha,empregada da Dona Dalva,mãe do Flávio.A Dona Dalva deixou o marido, Sr.Mário Monteiro, lá em Caçapava prá vir cuidar do “Flavinho”Ela cozinhava pra nós que morávamos ali,até que um dia houve uma revolução e mudamos(*) .Ah! tinha também a irmã temporana do Flávio,que falava até pelos cotovelos e gostava de chamar as gurias do Centenário de bando de Caturritas,parece que isso,era uma projeção de si mesma,talvez ciúmes dessas que nos despertavam atenção.Até o Aniversário do Zeux nós fizemos ali no bar da Sulbra,em frente ao Centenário.
E invariavelmente às 11 horas, íamos tomar chimarrão na cobertura e ver as alunas do centenário passar...
Bem,mas voltando ao “Seu” Schmied(não era esse o nome dele, eu o traduzi pra não implicar em outras tantas casualidades...juridicas) ele engravidou a Terezinha,ou suspeitávamos disso,que veio a ser confirmado mais tarde, e cantarolávamos:uma musiquinha sucesso da época:”Seu delegado ,digo com sinceridade,eu não sou cabra pra enjeitar parada assim,se digo isso é por sei que é verdade.Não mato cobra pra dizer que é muito ruim.Olhe ,eu não tenho nada,nada com Albertinha..Desde de menina ele fazia as”coisas” nas esquinas e vivia botando a culpa em mim.......... “Vôvô dizia que a mulher da perna fina.Só duas coisa acontece não "vareia" Se da pra boa já se vê desde menina Ou então cresce pra falar da vida alheia Esse negócio de dizer que sou culpado De umas coisa que num sei de onde é que vem. Por isso tudo, digo Seu delegado: Deixa nascer pra a gente ver como é que vem
Deixa nascer pra gente ver a cara que ele tem!”
De fato,já estávamos em Porto Alegre,no ano seguinte e soubemos que tinha nascido um cópia dele.E ela,a Tereezinha, andava tão enfaixada ,para não denunciar a gravidez ,que a criança veio natimorto,mas dizem as más línguas que pela “pelagem do animal era cria dele”
O Inácio era de Tapera,mas dizia que era de Carazinho.Na esquina próxima da nossa “toca” tinha um supermercado e a tarde nós íamos lá .Um comprava o pão,”um cacete de meio” traduzindo do gauchês era um pão francês de ½ kg,o outro comprava o leite e o Inácio comprava a manteiga.Nós passávamos quase todo o tablete de 200g no pão,um exagero, e sempre sobrava,não conseguíamos usar tanta manteiga ,por mais que quiséssemos.Então dizíamos: Inácio,joga fora o que sobrou.Ele dizia: dá pra cá; e comia assim puro ,como quem come doce.Ele não se dava bem com o Paulo achava que esse era muito colono,parece que o comportamento e trejeitos passavam por osmose e ambos eram vindos da mesma colônia.
O Paulo,tipo do alemão bonachão e amigo,mas mão fechada,tá pra ver! Era lá do interior de Selbach,quando vinha de casa sempre trazia um grande tablete de figo,de mais ou menos uns 3kg:”coisa bem boa!”.A melhor figada que já comi. Ele sempre a conservava na mala chaveada e protegida da nossa gula.Ledo engano.Eu o Zeux estudávamos a noite e os demais durante o dia.Quando ele saía pra escola,o Zeux encontrou uma chave e nós “violentávamos” aquela mala e nos empanturrávamos com aquela figada.
O Paulo estudava na escola agrícola da UFSM e lá eles tinham um disciplina de apicultura e ele exibia aquele equipamento:botas,chapéu , luvas amarelas.Ele tinha uma grande coberta de penas de ganso.Nós pegávamos aquela coberta de penas e colocávamos dentro daquele pijama, colocávamos as botas ,chapéu e luvas e debruçávamos sobre um livro, como se ele estivesse adormecido estudando.A Dona Dalva entrava ali e ao deparar com a cena,chamava>” Paulo,Ô Paulo!Acorda Paulo.Estuda Paulo. Como esse guri dorme,tá sempre dormindo!
Continuamos outro dia...
O Flávio era de Caçapava,milico preguiçoso e dorminhoco que invariavelmente “queimava” a hora de ir pro quartel,isso qando não queimava o colchão da cama,pois ia dormir fumando..Ele quase todos os dias chegava atrasado e pedia que eu o chamasse na manhã seguinte.Sempre,como de costume,acordava cedito mateava um pouco e o chamei:-Flávio tá na hora! Ah! Tá,já vou,disse-me ele .E novamente “queimou” a hora,chegando atrasado. Lá pelas 10 horas ele disse.:-“ Mãs bah,tchê,tu não me acordaste?” Pois,olha vivente,te chamei algumas vezes,disseste que já ias levantar.-“Mãs,bah guri,eu não podia faltar mais!” Amanhã,tu me acordas? Bem cedo.Vê se não esquece.”
-É pra acordar mesmo?De qualquer jeito ?-Sim,disse-me ele :-“Tens que me chamar!”
Na manhã seguinte.-Flávio,ô Flávio !,chamei-Já vou...! Respondeu ele.Na segunda chamada,peguei a cama pela borda e levantei ,derrubando-o no chão: - Também,não precisava exagerar,né tchê !,Disse-me ele. Depois dessa carinhosa maneira de acordar,ele nunca mais pediu que o chamasse.
Ali tinha o “Seu” -"F"Schmied- metido a Don Juan que, às escondidas namorava a Terezinha,empregada da Dona Dalva,mãe do Flávio.A Dona Dalva deixou o marido, Sr.Mário Monteiro, lá em Caçapava prá vir cuidar do “Flavinho”Ela cozinhava pra nós que morávamos ali,até que um dia houve uma revolução e mudamos(*) .Ah! tinha também a irmã temporana do Flávio,que falava até pelos cotovelos e gostava de chamar as gurias do Centenário de bando de Caturritas,parece que isso,era uma projeção de si mesma,talvez ciúmes dessas que nos despertavam atenção.Até o Aniversário do Zeux nós fizemos ali no bar da Sulbra,em frente ao Centenário.
E invariavelmente às 11 horas, íamos tomar chimarrão na cobertura e ver as alunas do centenário passar...
Bem,mas voltando ao “Seu” Schmied(não era esse o nome dele, eu o traduzi pra não implicar em outras tantas casualidades...juridicas) ele engravidou a Terezinha,ou suspeitávamos disso,que veio a ser confirmado mais tarde, e cantarolávamos:uma musiquinha sucesso da época:”Seu delegado ,digo com sinceridade,eu não sou cabra pra enjeitar parada assim,se digo isso é por sei que é verdade.Não mato cobra pra dizer que é muito ruim.Olhe ,eu não tenho nada,nada com Albertinha..Desde de menina ele fazia as”coisas” nas esquinas e vivia botando a culpa em mim.......... “Vôvô dizia que a mulher da perna fina.Só duas coisa acontece não "vareia" Se da pra boa já se vê desde menina Ou então cresce pra falar da vida alheia Esse negócio de dizer que sou culpado De umas coisa que num sei de onde é que vem. Por isso tudo, digo Seu delegado: Deixa nascer pra a gente ver como é que vem
Deixa nascer pra gente ver a cara que ele tem!”
De fato,já estávamos em Porto Alegre,no ano seguinte e soubemos que tinha nascido um cópia dele.E ela,a Tereezinha, andava tão enfaixada ,para não denunciar a gravidez ,que a criança veio natimorto,mas dizem as más línguas que pela “pelagem do animal era cria dele”
O Inácio era de Tapera,mas dizia que era de Carazinho.Na esquina próxima da nossa “toca” tinha um supermercado e a tarde nós íamos lá .Um comprava o pão,”um cacete de meio” traduzindo do gauchês era um pão francês de ½ kg,o outro comprava o leite e o Inácio comprava a manteiga.Nós passávamos quase todo o tablete de 200g no pão,um exagero, e sempre sobrava,não conseguíamos usar tanta manteiga ,por mais que quiséssemos.Então dizíamos: Inácio,joga fora o que sobrou.Ele dizia: dá pra cá; e comia assim puro ,como quem come doce.Ele não se dava bem com o Paulo achava que esse era muito colono,parece que o comportamento e trejeitos passavam por osmose e ambos eram vindos da mesma colônia.
O Paulo,tipo do alemão bonachão e amigo,mas mão fechada,tá pra ver! Era lá do interior de Selbach,quando vinha de casa sempre trazia um grande tablete de figo,de mais ou menos uns 3kg:”coisa bem boa!”.A melhor figada que já comi. Ele sempre a conservava na mala chaveada e protegida da nossa gula.Ledo engano.Eu o Zeux estudávamos a noite e os demais durante o dia.Quando ele saía pra escola,o Zeux encontrou uma chave e nós “violentávamos” aquela mala e nos empanturrávamos com aquela figada.
O Paulo estudava na escola agrícola da UFSM e lá eles tinham um disciplina de apicultura e ele exibia aquele equipamento:botas,chapéu , luvas amarelas.Ele tinha uma grande coberta de penas de ganso.Nós pegávamos aquela coberta de penas e colocávamos dentro daquele pijama, colocávamos as botas ,chapéu e luvas e debruçávamos sobre um livro, como se ele estivesse adormecido estudando.A Dona Dalva entrava ali e ao deparar com a cena,chamava>” Paulo,Ô Paulo!Acorda Paulo.Estuda Paulo. Como esse guri dorme,tá sempre dormindo!
Continuamos outro dia...
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