sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

De Cristo e do Cristianismo

Na vida vemos, no reverso dos queixumes, das perdas e lamentos o que sobrevive :o amor como a suprema revelação e sublimação das verdadeiras energias encerradas nesse corpo efêmero :elo divino que nos liga, um aos outros, a partir do caldo primordial,fruto da mesma árvore da vida,independente das cadeias impostas pela civilização, nas suas cores e matizes, pela moral e costumes que também se esvaem dia após dia;das ideologias carregadas dos ranços e infestadas de parasitas que sugam os que neles acreditam;das religiões com dogmas mergulhados na consciências dos aflitos que em vão choram, antes de serem imoladas, por suas tolas e finitas crenças, que findam com eles.Restando a única e verdadeira virtude e sublimação da vida:o amor,a face do verdadeiro Deus.
Tivemos um colóquio com alguém que parece ter perdido a crença,a fé e procura arrastar de forma sistemática e inexorável tudo que fez parte da sua formação para o mesmo funil,onde filtra de forma impiedosa as base da civilização ,nos moldes como a conhecemos.Ele se referia ou duvidava da existência do Christós ,quando na realidade o que deve prevalecer além do culto da personalidade que não fenece,é o culto a idéia:o cristianismo que transcende, não unicamente o espaço tempo, mas muito mais o efeito de evolução, que alterou por completo a marcha da civilização até então .Embora os gregos tivessem tido expoentes em filosofia e razões de sobra para nos deixarmos influenciar pelas suas escolas, tantos anos já passados,ou os assírios,caldeus ou chineses,etc.etc.Todos eles andavam de braços dados com a supremacia da força ou por luzes equivocadas .Marco Aurélio filosofava a noite e durante o dia era um brutal e cruel com seus inimigos.
Portanto todos,indubitavelmente ,na busca pelo poder trucidavam,matavam,expropriavam, escravizavam.ELE sem ter nenhum desses interesses ou prerrogativas importantes, buscava inspiração em algo que transcendesse a noite dos tempo,fosse um fóton de luz perene, inextinguível,onde todos podemos buscar dessa luz,quando a nossa perde o brilho ou se se apaga.Ali poderemos nos avivar sempre,é um fogo sagrado que não apagará jamais. e está além das meras expectativas de glória que fenece quando fechamos os olhos ou na manhã seguinte,sob novo Sol(dominum) numa constantinização irrevogável da fé(?) ou das buscas que não existem lá fora,senão dentro de cada um.E quais os valores que podem desafiar a ferrugem do tempo?O que pode ou pôde transcender 3 mil anos de história e não ser preterido e manter a civilização em eterna busca,embasada nesse valor?Os seus seguidores,ainda passíveis de corrupção ou seduzidos pela pecúnia e poder, se deixaram enganar e enganaram.Corromperam roubaram,mataram em nome de uma fé que nunca tiveram,continuaram a defender os mesmos valores que foram combatidos por ELE. Mas,os alicerces,nos moldes que Ele defendeu, estão e estarão mantidos para sempre,pois não corrompe e é incorruptível,não morre nem mata,não escraviza nem é escravizado.O amor ,essência da doutrina do verdadeiro cristianismo ainda será compreendida e praticada por toda a civilização, é o único bem não volátil e mal compreendido por religiosos:sejam os adoradores da Lua ,que querem converter a todos com o seu credo e arrastar a civilização de volta ao barbarismo ou os adoradores do Sol,que em sua eterna luta,nessa dualidade histórica,corrompe o que toca num frenético apego a valores transitórios da matéria, tão falíveis quantos eles mesmos nessas suas crenças .
Portanto,quando comemoramos o nascimento do Cristo,comemoramos muito mais a renovação nesse valor de civilização baseado no Amor. Comemoramos muito mais o Cristianismo em si mesmo, do que o próprio Cristo,para não resvalar no culto da personalidade.
JATeixeira

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