quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Psicanálise do Cotidiano





“Os lábios da sabedoria estão fechados, exceto aos ouvidos do entendimento”.

Facebook... na vida real(?)

 "Para as pessoas da minha geração que não ​​compreendem realmente porque existe
o Face book, WhatsApp e etc.

Atualmente, estou tentando fazer amigos fora do Facebook, 
enquanto utilizo os mesmos princípios.

Portanto, todo dia eu ando pela rua e digo aos pedestres o que eu comi, como me sinto,o que fiz na noite anterior e o que farei amanhã.
​​A seguir, eu lhes dou fotos de minha família, do meu cachorro e fotos minhas cuidando do jardim e passando o tempo na piscina... etc.
Também ouço as suas conversas e lhes digo que os amo.
E isto funciona!
Eu já tenho 3 pessoas me seguindo: dois policiais e um psiquiatra!"


Recebemos do MTCF Sêneca ,via email,essa historinha do cotidiano que poderia simplesmente ser uma raio de humor nessas manhãs sombrias e cinzentas ,não por conta do inverno que já se foi,e sim e muito mais pelas incertezas vermelhas do ódio peçonhento e embolorado que se perpetra contra um povo pacífico,ou covarde,que a tudo assiste impassível,nessas selvas tupiniquins.  Mas, voltando a história  que se não se revelasse de fato uma esquizofrenia, num surto apoplético, em que poderia redundar tal ato da vida que imita a histeria coletiva e virtual ? Que,  como uma mazela  se abate sobre a civilização, nesses seus estertores bizantínicos, procurando achar a panacéia para todos os seus males na fuga ,no excesso de medicação ou ainda  na promessa vaga e medíocre mais próxima:uma hora é o twiter,em outra é o facebook já em outra é a febre do fanatismo  religioso de uma ISIS, que explode ruínas  do passado da civilização onde jamais estarão inseridos ,esses delírios estão entre os muitos que ainda virão antes da derrocada;E quantos milagreiros estão de plantão para achar a cura pra insônia,desamor,solidão,poligamia e tantas e tantas  mais, janelas da alma doente e incurável, em todas as facetas desse cubo de milhares de esboços de vértice e  faces ou caricaturas  disforme geradas no vício das noites insones, embalados  por modelos caóticos que tutelam e servem de guia ora espiritual ora de “modelos de imitação simiesca”,cujo comportamento tropeça nessa trama sórdida que se arma contra o esteio da família, última sanidade, que é invadida pelo grotesco,vulgar e doentio glamour televisivo,nessa marcha cambaleante de civilização que perdeu o rumo, e debalde se debate contra os muro invisíveis desses traumas desconcertantes em que todos,de uma forma ou outra,somos vítimas. 


Cada civilização tem a hidra de Lerna que merece e mal se corta uma cabeça ,brota muitas outras em seu lugar e cada uma delas que como a Medusa hipnotiza  e transforma a esses em um devoto escravo que é apenas mais um seguidor nessa cadeia que se amplia dia após dia,atraído como moscas pela necrose da civilização.
É fácil vermos o que se desenha e nos espera nesse horizonte,basta olhar para s civilizações que nos precederam:Sodoma e Gomorra de que nos fala a bíblia ou da Babilônia ,Creta,Roma Atenas,etc.etc.Todas atingiram um apogeu de civilização e são como o Colosso de pés de barro que nos contam os historiadores e visionários.Eles,as cabeça pensantes de todas as épocas,sentem-se  inatingíveis e   têm horror do cheiro do povo.Se encastelam em seus feudos,em suas limusines blindadas que pensam ser inexpugnáveis,até que se inventa a pólvora que derruba os muros a quilômetros distante dali e passam a ver que  nenhuma “Lingne Maginot” os protege,que nenhuma fortaleza  é páreo para aviação inimiga.
O que fazer então?Abdicar da nossa sanidade e se deixar corromper por essa ardilosa campanha contra a civilização? Se o fenômeno não é novo,por que não nos tornamos resistente ou imunes a eles?
A briga não é nova e sempre se repetirá ad infinitum.A briga não é  do novo contra o velho ou whatsApp contra o telefone de manivela .Não é do livro ou da cultura contra essa ou aquela forma de perceber e aplicar sobre si mesmos as inovações.A contenda não é entre civilização e atraso.O eterno conflito é entre o material e o espiritual.Entre o Ter e o Ser.E por enquanto e como sempre tem sido o Ter que arrebata e conquista muito mais ,embora todos saibamos que não levaremos nada do que temos,os limites da conquista e da posse são insaciáveis e afeta a todos indistintamente.Até aqueles que pregam contra o materialismo sucumbem diante do radiante mundo do Ter que gera poder e cobiça ,ódio e perseguição.



Portanto,é preciso se ater as velhas máximas que jamais serão proscritas,onde podemos acreditar que o homem são está,por assim dizer,incólume a ferrugem desse tempo que carcome,vilipendia ou degrada;está acima de tudo na justa proporção que se estabelece entre o amor e a virtude: valores  que nos conduzirão  pela mão,  por essas estranhas aléias que se  desenham nesse horizonte frio e sombrio da civilização ,e como Gilgamés  não naufragaremos nessas turvas e lodosas águas  que envolve e contamina o momento presente, como nos outros momentos que findaram.


JATeixeira

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